quinta-feira, 15 de maio de 2025

Minha paternidade me conduz à salvação

A paternidade é uma bênção, um chamado divino que transforma não apenas a vida da criança, mas também a do pai. Desde o momento em que seguramos nosso pequeno nos braços pela primeira vez, sentimos uma conexão profunda, um amor incondicional que nos ensina sobre a verdadeira essência do amor. Essa experiência tem sido um caminho de autodescoberta e de crescimento espiritual que, sinceramente, tem me conduzido à salvação.

O Amor que Transforma
O amor que sinto por meu filho me transforma a cada dia. Ele me ensina a ser mais amoroso, a compreender melhor as fragilidades humanas e a olhar para o mundo com mais compaixão. Como está escrito na primeira carta de São João: “Mas amamos, porque Deus nos amou primeiro.” (1 Jo 4,19) Esse versículo ressoa profundamente em minha vida, pois é a partir do amor que recebi de Deus que sou capaz de amar minha prole e, por consequência, de me tornar uma pessoa melhor.

Confiança na Divina Providência
A paternidade também me trouxe uma nova perspectiva sobre a confiança na divina providência. Todos os dias, enfrento desafios e incertezas, mas ao olhar para os olhos do meu Pedro, sou lembrado de que Deus está sempre presente. Jesus nos ensina que, se nós, sendo maus, sabemos dar coisas boas aos nossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará coisas boas aos que lhe pedirem (Cf Mt 7,11). Essa promessa me encoraja a confiar que, assim como cuido do meu pequeno, Deus cuida de mim e de minha família.

Exemplos de Fé e Amor
Além disso, a paternidade me fez mais compreensivo. Cada risada, cada lágrima e cada conquista do meu filho são lições que me aproximam do coração de Deus. Somos instruídos a criar nossos pequenos na disciplina e na admoestação do Senhor (Cf Ef 6,4). Essa missão me faz refletir sobre como posso ser um exemplo de fé e amor, guiando minha prole nos caminhos do Senhor.

A transformação que a paternidade traz é um reflexo do amor de Deus por nós. Somos lembrados de que recebemos o espírito de adoção, pelo qual clamamos: “Aba, Pai!” (Cf Rm 8,15) Essa relação íntima com Deus se reflete em nosso papel como pais. Ao educar meus filhos, também sou educado por Ele, aprendendo sobre perdão, paciência e a importância de cultivar um coração amoroso.

Assim, minha paternidade não é apenas uma responsabilidade, mas uma jornada de fé que me leva à salvação. Através do amor e do cuidado que dedico à minha família, sou constantemente moldado à imagem de Cristo. E, em breve com a chegada da minha Maria Luiza, essa experiência se tornará ainda mais rica e significativa. A expectativa de acolhê-la me faz refletir sobre o papel que desempenharei em sua vida, desejando que ela sinta a mesma proteção e carinho que sempre busquei oferecer. Cada dia é uma oportunidade de crescer, de aprender e de me aproximar mais do Pai celestial, que nos ama incondicionalmente.

Que todos os pais possam encontrar nesta jornada de paternidade a verdadeira essência do amor, e que, através dessa experiência, sejam conduzidos ao caminho da salvação.

Denis Dias
Postulante na Comunidade Católica Pantokrator


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