segunda-feira, 10 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA (Jo 12,24-26)

ANO "A" - DIA: 10.08.2020
19ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERMELHO)
MARTÍRIO DE SÃO LOURENÇO 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 24“Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto.

25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Renovemos a nossa alma para experimentarmos o novo de Deus"

“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto” (João 12,24).


A Igreja nos dá a graça de celebrarmos, hoje, a festa do diácono e mártir São Lourenço. O Evangelho faz sintonia com aquilo que foi a vida de São Lourenço, diácono e mártir. Ele, nos primórdios da Igreja, teve a graça de, pelo século III, dar a sua vida em favor da Igreja e do Evangelho. Ele ficava especialmente responsável de cuidar dos bens da Igreja e dos pobres, porque os bens da Igreja são as almas, e as almas são alimentadas com os bens espirituais, sobretudo, a Eucaristia e a Palavra de Deus.

Os pobres são outros bens preciosos da Igreja, os pobres que são desprovidos dos seus bens precisam ser cuidados por todos nós, porque o Jesus que está na Eucaristia está na Palavra, está nos pobres. “Eras Tu, Senhor!”. É com esse espírito que o diácono São Lourenço cuidava, com todo amor, das necessidades dos mais pobres e sofridos.

Quando o Evangelho diz que o grão que cai por terra e não morre, mas fica só, continua só um grão de trigo. Se, no entanto, aquele grão que jogamos na terra morrer, ou seja, vai ser fecundado e produzirá frutos em abundância.
A alma que não se renova atrofia e não experimenta o novo de Deus a cada dia

É preciso morrer para si mesmo a cada dia, é preciso morrer para que o outro viva. Para que sejamos vida na vida do outro, precisamos morrer, para que nós mesmos possamos dar valor e sentido à nossa própria vida.

Florescem em nossa vida os antivalores, que não são valores da vida: o egoísmo, o orgulho, a soberba, a inveja… Precisamos morrer para o homem velho que está impregnado em nós para que o homem novo surja.

Não nos conformemos em sermos o que somos, mas, pelo contrário, morramos a cada dia para sermos melhores. Nada de depreciação e desvalorização. Um atleta se dedica para ser cada vez melhor, e como ele morre para si mesmo, na dedicação, no esforço, na luta, no combate, no levantar cedo, em todos os empenhos que faz!

Que empenho devemos fazer com a nossa alma, com o nosso espírito e com o nosso coração para sermos melhores a cada dia? Assim como o atleta que não treina atrofia seus membros, seu corpo, e vai perdendo toda a sua agilidade e habilidade, a alma que não se renova atrofia e não experimenta o novo de Deus a cada dia.

Trabalhemos com empenho para sermos novos e renovados a cada dia na presença de Deus.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Canção Nova

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