quarta-feira, 11 de junho de 2025

Muticom 2025 abre chamada de trabalhos acadêmicos sobre comunicação e ecologia integral


O 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2025) está com chamada de trabalhos acadêmicos aberta para o evento, que acontecerá de 25 a 28 de setembro de 2025, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus (AM). O evento é promovido pela Comissão Episcopal para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e traz como tema central “Comunicação e Ecologia Integral: transformação e sustentabilidade justa”.

A programação do Muticom será marcada por debates científicos e produção coletiva de conhecimento, com foco no papel da comunicação diante dos desafios socioambientais contemporâneos.

A proposta metodológica do Muticom se organiza em Rios Temáticos, que são espaços formativos destinados à escuta, ao diálogo e à construção coletiva de saberes. É nesses rios que acontecerão as apresentações presenciais de comunicações acadêmicas, nos dias 26 e 27 de setembro de 2025, em formato de resumo expandido.

Modalidade de submissão e temáticas
Os interessados poderão submeter seus trabalhos na modalidade “Pesquisa que Transforma”, que contempla comunicações acadêmicas, em andamento ou já concluídas, que articulem teoria e prática no campo da comunicação ou em áreas afins. Os trabalhos devem estar vinculados a um dos 12 Rios Temáticos, que abrangem tópicos como: narrativas transmidiáticas, jornalismo ambiental, espiritualidade ecológica, ativismo digital, educomunicação, direito à informação, comunicação popular e saberes tradicionais. A lista completa dos rios e suas respectivas ementas está disponível na chamada oficial.


Normas para submissão
A submissão deverá ser feita por meio de resumo expandido (de 4 a 6 páginas), com texto formatado em fonte Times New Roman 12, espaçamento simples, conforme orientações disponíveis na chamada. Cada autor(a) poderá submeter até dois trabalhos, sendo um individual e outro em coautoria. Estudantes de graduação deverão obrigatoriamente submeter em coautoria com profissional formado.

As submissões devem ser realizadas até o dia 20 de julho de 2025, via formulário disponível online:

Benefícios aos aprovados
Autores(as) com trabalhos aprovados terão isenção da taxa de inscrição e participação garantida no evento. Os resumos integrarão um e-book com ISBN, com lançamento e distribuição digital gratuita após o Muticom.

Sobre o Muticom
O Mutirão Brasileiro de Comunicação é realizado há mais de 50 anos e se consolidou como o principal espaço de articulação, formação e inovação no campo da comunicação eclesial no Brasil. A edição de 2025 será especialmente marcada pelo diálogo entre comunicação e ecologia integral, em memória aos 10 anos da encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco e em sintonia com os apelos do Papa Leão XIV por justiça ecológica, social e comunicacional.

Cronograma da chamada de trabalhos: Lançamento da chamada: 09/06/2025 Prazo final para submissão: 20/07/2025 Divulgação dos trabalhos aprovados: até 25/07/2025 Apresentações presenciais: 26 e 27/09/2025

Informações

Dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail: ricardocalvarenga@gmail.com

A íntegra da chamada, o edital, com normas detalhadas e temáticas dos rios, está disponível no link:


Por Equipe Pedagógica - Muticom


O Papa aos Representantes Pontifícios: sede sempre o olhar de Pedro


Queridos irmãos, que vos console sempre o fato de que o vosso serviço é sub umbra Petri, como encontrareis gravado no anel que recebereis como meu presente. Senti-vos sempre ligados a Pedro, protegidos por Pedro, enviados por Pedro. Somente na obediência e na comunhão efetiva com o Papa, o vosso ministério poderá ser eficaz para a edificação da Igreja, em comunhão com os Bispos locais: disse o Papa aos Representantes Pontifícios recebidos por Leão XIV na manhã desta terça-feira (10), no Vaticano

Raimundo de Lima – Vatican News

Caríssimos, estou dando os primeiros passos neste ministério que o Senhor me confiou. E sinto também por vós o que confiei há alguns dias, falando à Secretaria de Estado, ou seja, gratidão por aqueles que me ajudam a desempenhar o meu serviço no dia a dia. Esta gratidão é ainda maior quando penso – e experimento em primeira mão, ao abordar as diversas questões – que o vosso trabalho muitas vezes me precede! Sim, e isso é especialmente verdadeiro para vós. Porque, quando me deparo com uma situação que diz respeito – por exemplo – à Igreja em um determinado país, posso contar com a documentação, reflexões, os resumos preparados por vós e vossos colaboradores. Foi o que disse o Papa aos Representantes Pontifícios - 98 núncios apostólicos e 5 observadores permanentes - recebidos por Leão XIV na manhã desta terça-feira (10/06) na Sala Clementina, no Vaticano, que no dia anterior também participaram do Jubileu da Santa Sé.

O Papa saúda um a um os Representantes Pontifícios presentes na audiência (@VATICAN MEDIA)

O ministério de Pedro é criar relacionamentos, pontes
O Pontífice quis partilhar com os Representantes Pontifícios uma imagem bíblica contida no relato dos Atos dos Apóstolos (3, 1-10) em que Pedro cura um aleijado, episódio que bem descreve o ministério de Pedro. “Pedro, porém, fitando nele os olhos, junto com João, disse-lhe: “Olha para nós!”

O pedido que Pedro faz a este homem nos leva a pensar: “Olha para nós!”. Olhar nos olhos significa construir um relacionamento. O ministério de Pedro é criar relacionamentos, pontes; e um Representante do Papa está, antes de tudo, a serviço deste convite, deste olhar nos olhos. Sede sempre o olhar de Pedro! Sede homens capazes de construir relacionamentos onde é mais difícil. Mas, ao fazer isso, tende a mesma humildade e o mesmo realismo de Pedro, que sabe muito bem que não tem a solução para tudo: "Não tenho ouro nem prata", diz ele; mas também sabe que tem o que conta, isto é, Cristo, o sentido mais profundo de toda existência: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!".

Imagem do anel oferecido pelo Papa aos núncios apostólicos

Só o amor é digno de fé, diante dos crucificados de hoje
Dar Cristo - continuou o Santo Padre - significa dar amor, testemunhar aquela caridade que está pronta para tudo. Conto convosco para que, nos países onde viveis, todos saibam que a Igreja está sempre pronta para tudo por amor, que está sempre do lado dos últimos, dos pobres, e que sempre defenderá o direito sacrossanto de crer em Deus, de crer que esta vida não está à mercê dos poderes deste mundo, mas é atravessada por um significado misterioso. Só o amor é digno de fé, diante da dor dos inocentes, dos crucificados de hoje, que muitos de vós conheceis pessoalmente porque servis povos vítimas de guerra, de violência, de injustiça, ou mesmo daquele falso bem-estar que engana e desilude.

Queridos irmãos, que vos console sempre o fato de que o vosso serviço é sub umbra Petri, como encontrareis gravado no anel que recebereis como meu presente. Senti-vos sempre ligados a Pedro, protegidos por Pedro, enviados por Pedro. Somente na obediência e na comunhão efetiva com o Papa, o vosso ministério poderá ser eficaz para a edificação da Igreja, em comunhão com os Bispos locais.

A inscrição gravada no anel "Sub umbra Petri"

Ser testemunhas corajosas de Cristo, que é nossa esperança
Antes de concluir, Leão XIV exortou-os a ter sempre um olhar bendizente, porque o ministério de Pedro é abençoar, isto é, ser sempre capaz de ver o bem, mesmo o bem escondido, o bem que está em minoria. Exortou-os a se sentirem missionários, enviados pelo Papa para serem instrumentos de comunhão, de unidade, a serviço da dignidade da pessoa humana, promovendo em todos os lugares relacionamentos sinceros e construtivos com as autoridades com as quais serão chamados a cooperar.

Caríssimos, a vossa presença aqui hoje reforça a consciência de que o papel de Pedro é confirmar na fé. Vós sois os primeiros a precisar desta confirmação para vos tornardes seus mensageiros, sinais visíveis em todas as partes do mundo. A Porta Santa, pela qual todos passamos juntos ontem de manhã, nos estimule a ser testemunhas corajosas de Cristo, que é sempre nossa esperança.

O Papa com os Representantes Pontifícios na Sala Clementina (@Vatican Media)

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EVANGELHO DO DIA (Mt 10,7-13)

ANO "C" - DIA: 11.06.2025
10ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Ide ao mundo e ensinai a todas as noções! Eis que eu estou convosco até o fim do mundo!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 "Em vosso caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo'. 8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9 Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10 nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11 Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12 Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"É um convite"

“Ao entrardes numa casa, saudai-a. Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz” (Mateus 10,7-13).
Seja próximo de Cristo

Irmãos e irmãs, no dia de hoje, celebramos a memória do apóstolo São Barnabé, a quem nós pedimos a intercessão neste dia, e que sejamos cuidados também pela presença de um apóstolo que nos ensina a anunciar Jesus e a amá-Lo profundamente.

Quem foram os apóstolos? Os apóstolos foram aqueles que caminharam com Jesus de perto, que O viram encarnado neste mundo, caminharam com Ele, escutaram a palavra d’Ele.

Hoje, nós caminhamos com Jesus, mas vivemos, sobretudo, a realidade espiritual também nas realidades sacramentais; também acolhemos Jesus pela palavra, na palavra. Os apóstolos caminharam com Ele em presença neste mundo. Isso é ser apóstolo.

Também nós somos convidados a uma vida na presença de Jesus e, neste dia, temos São Barnabé como exemplo sobretudo de fidelidade, mas podemos dizer também de generosidade em se doar exclusivamente a Deus, em amar-Lhe profundamente.

Vimos que o texto do Evangelho falava que, quando entramos numa casa, devemos ser instrumentos de bênção quando chegamos. Então, sempre deseje a paz para que ali ela permaneça para aquelas pessoas, e é a paz que permanece na nossa vida também ao entrarmos numa casa e saudá-la.

A missão de evangelizar, irmãos e irmãs, não é apenas uma ação de pregação. Eu prego, eu falo da palavra, mas é o testemunho de vida.

Os apóstolos são testemunhos cotidianos.

São Barnabé, soube sempre e com humildade ser instrumento da graça de Deus; e a vida deste santo nos ensina a ser disponíveis para a obra da salvação, para a obra de Deus.

É um convite, para que nos ofereçamos.
É um convite, para que vivamos a missão.
É um convite, para que sejamos apóstolos.
É um convite, para que sejamos discípulos.
É um convite, para que permaneçamos juntos de Jesus, próximos a Ele.

Proximidade é o grande convite da memória de hoje.
Seja próximo de nosso Senhor e permita que ele mude a sua vida para sempre.

Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Ferreira Heleno
Sacerdote da C. Canção Nova


Alegria ou tristeza pela ausência do Senhor?

Vendo que o Mestre se afastava cada vez mais, os Apóstolos deviam escolher entre dois estados de espírito: alegria ou tristeza.

Foto: Sergio Hollmann

Redação (31/05/2025 20:17, Gaudium Press) Se estivéssemos em Betânia, no lugar dos Apóstolos, no momento em que Jesus subiu aos céus, qual seria nossa reação, alegria ou tristeza? A liturgia desta Solenidade da Ascensão, nos convida a subir um novo degrau na virtude da caridade, contemplando um dos benefícios da ausência física do Senhor.

Postura frente a ausência do Senhor?
“Então, Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu” (Lc 24,50-51).

Vendo que o Mestre se afastava cada vez mais, quantos sentimentos devem ter invadido as almas dos Apóstolos, acelerando as pulsações do coração ou provocando abundantes lágrimas. Certamente lhes ocorreu ao espírito que aquela voz, que tanto lhes ensinara, já não seria mais ouvida; aqueles olhos, que os fortaleciam e os encorajavam, ocultar-se-iam de suas vistas; o calor comunicativo daquele coração não seria mais sentido.

Diante dessa cena, dois estados de espírito poderiam ser assumidos: alegria, ou tristeza.

Comecemos pela tristeza. Durante os três anos de convívio próximo com Nosso Senhor, os Apóstolos constataram como Ele sempre resolvia toda e qualquer situação embaraçosa que surgisse. Se o problema eram os vendilhões no Templo? O Mestre sozinho, com um chicote na mão, os expulsava. Tempestade no mar com perigo de naufrágio? Bastava uma palavra sua para acalmar os ventos. Um cego ou um aleijado lhe pedia a cura? Com um simples gesto Jesus operava um milagre.

Agora, porém, o Mestre já não estava ao lado deles, e a segurança que eles sentiam com sua presença se dissipava.

Poderia, então, ter acontecido de algum Apóstolo se entristecer pela ausência desse conforto. Em tal caso, a tristeza teria seu fundamento no egoísmo, sendo consequência de uma vida centrada em função das próprias comodidades e interesses.

Ora, graças a Deus, o que aconteceu foi o contrário, porque os apóstolos “voltaram para Jerusalém com grande alegria” (Lc 24,52). Isso revela que eles se preocupavam mais com o gáudio que Jesus teria ao voltar para junto do Pai do que com suas próprias conveniências. Eles amavam tanto o Mestre que não se importavam com as vicissitudes que os assaltariam, pois, o que interessava para eles era o bem de Jesus. “Se o Mestre está bem, nós também estamos”, pensariam eles.

O segredo da alegria
Aqui se encontra um dos segredos para estar sempre alegre: sair de si e preocupar-se com os outros. Antes de tudo, preocupar-se com Deus, mas para que o amor a Deus seja autêntico, é preciso que ele se traduza no amor ao próximo. É de conhecimento geral que o pensamento excessivo em si mesmo acarreta uma série de problemas, como dificuldades no relacionamento com parentes e amigos, danos à saúde física e mental e, sobretudo, um distanciamento da união com Deus.

Por outro lado, aquele que pensa mais no bem alheio do que no próprio enternece o coração dAquele que disse “amai-vos como Eu vos amei” (cf. Jo 13,34), e coloca Deus em uma posição que, por assim dizer, O obriga a cuidar de um modo especial daqueles que se preocupam mais com o próximo do que consigo mesmos.

Felizes são aqueles que sabem confiar na Providência, pois se aquele que dá um copo de água a um profeta receberá uma recompensa de profeta,[1] o que dizer daquele que faz tudo o que está ao seu alcance para o bem material e espiritual dos filhos de Deus?

Por Rodrigo Siqueira

São Barnabé

Barnabé nasceu na ilha de Chipre no século I. Era filho de pais judeus e seu nome significa "filho da consolação", não fez parte dos primeiros doze Apóstolos escolhidos por Jesus, mas acompanhou os Apóstolos naqueles primeiros dias. Vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos Apóstolos. Era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé.

Ele era da tribo de Levi. Estudou com o mestre Gamaliel, de quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Tinha o maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos.

Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo depois de sua conversão, ingressou nos círculos judaico-cristãos. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade denominada de cristã.

Barnabé estava em Chipre quando foi apedrejado no ano 61. Outra tradição diz que Barnabé teria sido consagrado o primeiro Bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Barnabé apresenta-se como Apóstolo cheio de fé e do Espírito Santo, sempre disposto à luta contra as dificuldades que se lhe opunham. A vida foi-lhe continuado martírio, razão por que os Apóstolos afirmavam que ele sacrificara a vida por amor do nome de Jesus Cristo. Que nós possamos assumir com fidelidade e paciência os desafios que a vida de fé nos coloca a cada dia.

Oração:

Santo Apóstolo Barnabé, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho: que ela nos levem à santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

terça-feira, 10 de junho de 2025

CNBB acolhe relíquias de Santa Teresinha, Santa Zélia e São Luís Martin em celebração especial


A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, recebeu uma celebração especial na manhã desta segunda-feira, 9 de junho, para acolher as relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus e de seus pais, os santos Zélia e Luís Martin. O evento faz parte da peregrinação que levará as relíquias até Joaçaba (SC), como parte das comemorações do jubileu de 50 anos da criação da diocese local.

A cerimônia de acolhida ocorreu na Capela Nossa Senhora Aparecida e contou com a presença de dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, e dom Mário Marquez, bispo de Joaçaba. A visita das relíquias a Brasília integra um roteiro que também inclui passagens por Florianópolis e culminará no dia 12 de junho com a introdução solene das relíquias no Santuário Catedral Santa Teresinha, padroeira da diocese e da Catedral.


Durante a celebração, dom Ricardo destacou a importância da Sagrada Família como modelo de santidade e inspiração para as famílias cristãs. “Deus quis nascer numa família… A beleza da maternidade de Maria inspira todas as mulheres, e inspirou Santa Zélia. A beleza de Deus Pai, que nos deu seu Filho, inspira os homens, como fez com São Luís. E quando o amor frutifica, vem os frutos, como Santa Teresinha – essa grande missionária que não saiu do Carmelo, mas se tornou missionária do mundo inteiro”, afirmou.

Dom Ricardo também ressaltou o valor da Igreja como comunidade familiar:

“Família é o lugar sagrado, Igreja doméstica. Que a família seja um lugar onde cuidamos uns dos outros. A CNBB é uma família daqueles que servem à Igreja”.

Dom Mário Marquez, bispo de Joaçaba, e dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB

Dom Mário Marquez, bispo de Joaçaba, explicou que a peregrinação das relíquias está inserida nas celebrações do ano jubilar da diocese, que teve início em 2023, com foco na elevação da catedral ao status de santuário.

Segundo ele, a solicitação das relíquias foi feita diretamente ao Santuário de Lisieux, na França – cidade natal de Santa Teresinha – e prontamente atendida pelo reitor, padre Emmanuel, que também acompanha a peregrinação.

“A diocese de Joaçaba está se preparando para celebrar, em 2025, os 50 anos da sua criação e instalação. Desde o ano passado, estamos organizando este momento. Ter as relíquias de Santa Teresinha e de seus pais é um presente para o nosso povo, que tem grande devoção à padroeira das missões”, afirmou dom Mário.

A chegada definitiva das relíquias em Joaçaba está marcada para o próximo dia 12 de junho, data em que se comemora oficialmente a criação da diocese. Já a celebração do aniversário de instalação será realizada em 14 de setembro, com programação festiva, romarias e grande participação diocesana.

Neste contexto jubilar, tanto local quanto universal – com a Igreja se preparando também para o Jubileu de 2025, que marca os 2.000 anos da encarnação de Jesus Cristo – a presença das relíquias reforça o sentimento de comunhão e missão entre os fieis.

Santa Teresinha do Menino Jesus, canonizada em 1925, é considerada padroeira das missões, embora tenha vivido reclusa em um convento. Seus pais, Zélia e Luís Martin, foram canonizados juntos em 2015 pelo Papa Francisco, tornando-se os primeiros cônjuges a alcançar os altares como casal.



Por Larissa Carvalho / Fotos: Giany Costa


Leão XIV: servir a Santa Sé com o mesmo amor de Maria a Jesus


Na missa do Jubileu da Santa Sé desta segunda-feira (09/06), o Papa refletiu sobre a fecundidade da Igreja e de Maria que é a mesma, vivida segundo o amor de Jesus que "depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior". Uma fecundidade que "está inseparavelmente ligada à sua santidade", vivida por cada um no seu trabalho diário: "a melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada".

Andressa Collet - Vatican News

O Jubileu da Santa Sé finalmente chegou nesta segunda-feira, 9 de junho, para reunir todos os filhos e irmãos do Papa, como cardeais, bispos, sacerdotes e leigos, num grande encontro pela fé, unidade e crescimento espiritual neste Ano Santo da esperança. A jornada começou na Sala Paulo VI com a meditação de Irmã Maria Gloria Riva, da Ordem das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento, na presença de Leão XIV. Em seguida, o próprio Pontífice carregou a cruz do Jubileu em frente à procissão até a Basílica de São Pedro para passar pela Porta Santa e depois presidir a Santa Missa a cerca de 5 mil pessoas, segundo dados da Sala de Imprensa da Santa Sé.

A meditação na Sala Paulo Vi com a presença do Papa Leão XIV (@Vatican Media)

Na homilia, Leão XIV enalteceu as coincidências recaídas sobre o Jubileu da Santa Sé, após Pentecostes e a meditação da monja italiana, neste dia que é de memória litúrgica de Maria, Mãe da Igreja. "Fonte de luz e de inspiração interior no Espírito Santo" que também brotam da celebração eucarística, quando a Palavra de Deus ajudou a "compreender o mistério da Igreja, e nela o da Santa Sé, à luz dos dois ícones bíblicos escritos pelo Espírito na página dos Atos dos Apóstolos (1, 12-14) e na do Evangelho de João (19, 25-34)".

A fecundidade de Maria e da Igreja está ligada à santidade, afirmou o Papa (@Vatican Media)

A fecundidade de Maria e da Igreja pela Cruz
Comecemos pelo fundamental, que é a narração da morte de Jesus, explicou o Pontífice, e a figura da mãe de Jesus, aos pés da cruz. "A maternidade de Maria, através do mistério da Cruz, deu um salto impensável: a mãe de Jesus tornou-se a nova Eva, porque o Filho a associou à sua morte redentora", afirmou Leão XIV, ao evidenciar o tema da fecundidade:

“A fecundidade da Igreja é a mesma fecundidade de Maria; e realiza-se na existência dos seus membros na medida em que eles revivem, em menor dimensão, o que a Mãe viveu, isto é, amam segundo o amor de Jesus. Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior.”

A fecundidade de Maria e da Igreja, continuou o Pontífice, "está inseparavelmente ligada à sua santidade, ou seja, à sua conformação com Cristo. A Santa Sé é santa como o é a Igreja, no seu núcleo original, na fibra de que é tecida". O Pontífice, assim, enalteceu da importância de contribuir para a fecundidade da Igreja no trabalho diário no Vaticano, assim como fazem os sacerdotes no seu ministério e os pais de família com os filhos na busca pela santidade:

"A Sé Apostólica conserva a santidade das suas raízes enquanto é guardada por elas. Mas não é menos verdade que ela vive também na santidade de cada um dos seus membros. Por isso, a melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada."

Cerca de 5 mil pessoas ouviram a homilia do Papa na Basílica de São Pedro (@Vatican Media)

A maternidade de Maria com a primeira comunidade
Chegamos agora ao segundo ícone, continuou o Papa, "aquele escrito por São Lucas no início dos Atos dos Apóstolos, que representa a mãe de Jesus juntamente com os Apóstolos e os discípulos no Cenáculo (1, 12-14). Mostra-nos a maternidade de Maria com a Igreja nascente", fruto do mistério pascal sobre a primeira comunidade, que permanece atual em todos os tempos e lugares. Maria, recordou Leão XIV, "é a memória viva de Jesus", "polo de atração que harmoniza as diferenças" e que, com a missão materna recebida, está a serviço da comunidade nascente, assim como dos sucessores de Pedro:

"A Santa Sé experimenta de modo muito especial a copresença dos dois polos, o mariano e o petrino. E é o mariano que garante a fecundidade e a santidade do petrino, com a sua maternidade, dom de Cristo e do Espírito. Caríssimos, louvamos a Deus pela sua Palavra, lâmpada que ilumina os nossos passos, também a nossa vida quotidiana ao serviço da Santa Sé. E, iluminados por esta Palavra, renovemos a nossa oração: «[Ó Deus] Concedei que a vossa Igreja, cada dia mais fecunda em seu amor materno, exulte com a santidade dos seus filhos e filhas e atraia todos os povos para o seu convívio numa só família» (Oração Coleta)."

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EVANGELHO DO DIA (Mt 5,13-16)

ANO "C" - DIA: 10.06.2025
10ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai celeste!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 13 "Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15 Ninguém acende uma lâmpada, e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. 16 Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Influenciar a sociedade"

“Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: ‘Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se torna insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, se não para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte'” (Mateus 5,13-16).
Luz do mundo e sal da terra

Irmãos e irmãs, Jesus nos chama a ser luz do mundo e sal da terra, influenciando positivamente a sociedade e todas as pessoas com quem convivemos. Ou seja, nós não podemos nos comportar como filhos das trevas neste mundo, porque nós não somos filhos das trevas, nós somos filhos da luz, e os filhos da luz procuram, neste mundo, a santidade, procuram viver em santidade e dizem, cotidianamente, não ao pecado.

Por hoje eu não vou pecar, por hoje eu não vou mais pecar, porque nós somos filhos da luz, nós somos sal e devemos dar um bom sabor a este mundo. Não devemos salgar, pois salgar é fazer o que é errado, salgar é fazer escolhas que prejudicam a si mesmo e os outros também. Quando você coloca os outros em situação de pecado, você está salgando negativamente, então não está dando sabor ou está sendo insosso neste mundo.

Ser sal e luz significa ser sinal vivo do reino dos céus neste mundo que, muitas vezes, está em trevas e caminha sem sabor.

A luz de Cristo deve brilhar através de nossas ações de santidade, e o sal deve dar sabor e preservação, sendo instrumento de verdade e da graça de Deus. Somos chamados a ser luz e sal do mundo, o que implica uma vida que transborda o amor de Deus.

Então a luz não pode ficar escondida.

Nós não podemos nos calar diante da verdade, diante da santidade. Então, devemos promovê-la cotidianamente, dizendo e, sobretudo, vivendo. A verdadeira luz que deve brilhar através de nós não é a nossa luz própria, mas é a luz do Cristo. É Ele quem nos ilumina, a luz de Jesus se reflete na nossa vida e ilumina os nossos irmãos, uma vez que, primeiramente, nos iluminou.

A nossa missão é dar sabor às realidades deste mundo e iluminar os caminhos escuros deste mundo para que as pessoas aprendam a caminhar com Jesus.

Sejamos, irmãos e irmãs, sal da terra, sejamos luz neste mundo que caminha em trevas, mas nós não somos filhos das trevas, nós somos filhos da luz, e é a luz de Jesus que nos ilumina, é a luz de Jesus que clareia os nossos caminhos para que andemos e peregrinemos sempre com Ele e na presença d’Ele.

Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!