quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Conselho Permanente da CNBB discute Campanhas, COP 30, Congresso Eucarístico e informes dos regionais e comissões


Dando sequência aos trabalhos da reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quarta-feira, 5 de novembro, em Brasília, os bispos trataram de temas como as campanhas da Igreja para os próximos anos, os preparativos para a COP 30 e o 19º Congresso Eucarístico Nacional.

Campanhas da Igreja
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul, apresentou as novidades sobre a Campanha para a Evangelização 2025, que traz o tema “Hoje, é preciso que eu fique na tua casa”. Ele destacou que os roteiros de celebração já foram distribuídos aos bispos de todo o país.
Roteiros de celebração da Campanha para a Evangelização

Sobre a Campanha da Fraternidade 2026, padre Jean informou que os seminários regionais já estão em andamento e que todos os subsídios estão disponíveis no site da Edições CNBB.

Outro ponto apresentado foi o projeto “Capacita em Rede”, iniciativa que nasceu da Campanha da Fraternidade e já alcançou os 19 regionais da CNBB, com mais de 20 mil certificados emitidos em cursos de capacitação profissional. A meta é chegar a 32 mil certificados, com alguns regionais buscando novas fontes de financiamento para garantir a continuidade das ações.

Dom Vicente

Preparativos para a COP 30
Dom Vicente Ferreira, presidente da Comissão para a Ecologia Integral e Mineração, apresentou as atualizações da articulação “Igreja Rumo à COP 30”, criada há quase dois anos pela Presidência da CNBB, para pensar ações para a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP).

Ele destacou que a presença da Igreja na COP 30 quer ser “profecia”, contribuindo com o debate global sobre justiça climática.

Entre os números esperados para o evento em Belém (PA) estão 70 mil participantes, 7 mil delegações e 15 mil pessoas na Cúpula dos Povos, incluindo cerca de 3 mil indígenas. A marcha global do dia 15 de novembro deve reunir cerca de 50 mil pessoas.

Dom Vicente destacou ainda o documento “Um chamado por justiça climática e a Casa Comum”, elaborado por representantes do Sul Global e apresentado ao Papa Leão XIV. Enfatizou que a CNBB planeja uma Assembleia pós-COP em março de 2026 para dar continuidade às iniciativas.

Durante o debate, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, reforçou a importância de manter uma articulação permanente após a COP, e dom Vilsom Basso, presidente da Comissão para a Juventude, elogiou o envolvimento da CNBB e da arquidiocese de Belém, que criou quatro polos de reflexão para o evento.

O padre Leandro Megeto, subsecretário-geral da CNBB, informou que a Conferência está coordenando a acolhida da Delegação da Santa Sé, prevista em 10 pessoas. E que a participação de pessoas ligadas à Igreja já conta com o número de 94, incluindo 47 bispos, sendo 8 cardeais. Ele destacou ainda as atividades previstas: a visita ao barco-hospital Papa Francisco em Belém (11/11), o Simpósio da CNBB (12/11) – que será transmitido pelas rádios e TVs católicas – e as missas na Basílica de Nazaré (12/11) e de encerramento (16/11).

Dom João Justino

Congresso Eucarístico Nacional
Encerrando o bloco de informes, o arcebispo de Goiânia e segundo vice-presidente da CNBB, dom João Justino, apresentou as informações sobre o 19º Congresso Eucarístico Nacional, que será realizado de 3 a 7 de setembro de 2027, em Goiânia (GO), sob responsabilidade da arquidiocese local e das dioceses do regional Centro-Oeste.

O tema será “Hóstias vivas, no mundo, para a glória do Pai” e a preparação inclui um concurso para a música do hino e a elaboração do texto-base, atualmente em fase de revisão pelas Comissões de Doutrina e Liturgia. O evento contará ainda com um Simpósio Teológico-Pastoral, cuja programação está sendo definida por 13 comissões.





Comunicados das Comissões e Regionais da CNBB
A manhã também foi marcada por comunicados dos regionais e das Comissões Episcopais. Diversos bispos apresentaram informes sobre atividades pastorais, formações e eventos programados em suas regiões e comissões.

O arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, destacou os trabalhos do regional Norte 1, que realizou recentemente sua Assembleia. Ele explicou que o grupo estudou o texto das novas Diretrizes da Ação Evangelizadora, enviando sugestões à CNBB, e retomou o manual em elaboração sobre prevenção de abusos de menores, com apoio da Comissão de escuta. O regional também avança na formação de seminaristas, com iniciativas nos seminários maior e propedêutico.

Na Comissão para a Ação Missionária, dom Maurício Jardim apresentou informações sobre o Congresso Americano Missionário (CAM-7), que será realizado de 14 a 18 de novembro de 2029, na arquidiocese de Curitiba (PR). Ele recordou que, em 1995, o Brasil sediou o V Congresso Missionário Latino-Americano (COMLA 5), em Belo Horizonte, com o lema “Vinde, vede e anunciai”. Passados trinta anos, o CAM-7 quer renovar o impulso missionário nas Américas. Já estão definidos o local e a data, a comissão central está em formação e foi elaborado um acordo de cooperação entre as Pontifícias Obras Missionárias e a Mitra de Curitiba.





Pela Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, dom Leomar Brustolin apresentou um balanço das atividades de 2025 e as perspectivas para 2026. Foram visitadas 42 dioceses com formações sobre a Iniciação à Vida Cristã. O lançamento do livro “Formação de Catequistas para a IVC” teve 137 exemplares vendidos, e as lives de formação somaram mais de 75 mil visualizações. O Mês da Bíblia registrou a venda de 9 mil exemplares do texto-base, e o manual de catequética ultrapassou 2 mil exemplares, com os eixos comunhão, participação e missão. O 2º Congresso Nacional de Animação Bíblica da Pastoral, realizado em parceria com a PUC Goiás, reuniu 200 participantes, e o Jubileu dos Catequistas celebrou 250 participantes de todo o Brasil.

Entre as perspectivas, dom Leomar citou o lançamento de uma nova coleção de catequese, o acompanhamento dos regionais e a II Romaria Nacional dos Catequistas.

No regional Sul 1, foram realizados o Encontro Estadual de Liturgia (22 a 24 de agosto), a Romaria da Terra e da Água (23 de agosto), o Congresso das Novas Comunidades (5 a 7 de setembro, em Santo Amaro – SP), além de reuniões com profissionais das cúrias diocesanas, eventos da Pastoral da Pessoa Idosa e a Peregrinação dos Seminaristas do Regional.

A Comissão para a Liturgia apresentou a nova edição do Guia Litúrgico-Pastoral, o material de Oração dos Fiéis – Ano A, e informou que foi aberta consulta para aprovação de formulários litúrgicos para o Advento, Natal e Quaresma. Também foram anunciados o 37º Encontro Nacional de Liturgia, que acontecerá de 27 a 30 de outubro, em Itaici (SP), e formações regionais para música litúrgica e pastoral.

O Regional Sul 2 comunicou a 6ª edição da Formação Integral para Presbíteros, em julho, o Encontro Regional de Presbíteros (25 a 29 de agosto), e a Assembleia do Conselho do Sul 2 (17 a 19 de setembro). Também foram realizadas atividades inspiradas na Amoris Laetitia e o 7º Congresso Americano Missionário, em 2029.

A Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, representada por dom Ângelo Ademir Mezzari, destacou a retomada da revista “Marcas no Caminho”, o 15º Fórum de Instituições Vinculadas, e o trabalho sobre formação presbiteral, que deverá atualizar o Documento 110 da CNBB. Entre os destaques, estão a aprovação do regimento do Serviço de Animação Vocacional do Brasil, o texto-base do 20º Encontro Nacional de Presbíteros, o 5º Congresso Vocacional do Brasil (setembro de 2026) e o curso latino-americano OSIB-OSLAM para formadores de seminários.

O Regional Sul 3 relatou os alinhamentos das comissões episcopais de pastoral, definições sobre critérios de escolha de coordenações e prestação de contas de projetos emergenciais.

Na Comissão Episcopal para o Laicato foi informado que as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) continuam as comemorações dos 50 anos dos Encontros Intereclesiais (2025-2026) e já se preparam para o 16º Intereclesial das CEBs, no Espírito Santo. Também estão sendo retomadas as reuniões ampliadas e a segunda temporada do “Dia D das Comunidades”.

Dom Valdir José de Castro, presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, também destacou a importância dos diversos encontros e iniciativas que fortalecem a presença evangelizadora da Igreja no ambiente digital. Entre eles, mencionou o Encontro dos Missionários Digitais, o encontro dos bispos referenciais para a Comunicação nos regionais da CNBB, a Assembleia Nacional da Pascom, o Encontro das TVs de inspiração católica na América Latina e Caribe, o 14º Muticom, as ações com padres em missão digital e a Assembleia da Rede Católica de Rádio (RNA).

Esses espaços, segundo o bispo, favorecem a partilha de experiências, a formação contínua e o fortalecimento da comunhão entre os agentes que atuam na pastoral da comunicação e na missão digital.

A parte da tarde seguirá com outros informes. 

Por Larissa Carvalho | Fotos: Giany Costa

Leão XIV: promover o diálogo em meio ao barulho da violência e da guerra


“Somente a graça, a misericórdia e a paz do Senhor poderão nos indicar o caminho mais convincente para anunciar Cristo nesses contextos em constante mudança,” afirmou o Papa durante audiência aos membros do Comitê Conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e do Conferência das Igrejas Europeias (CEC).

Thulio Fonseca - Vatican News

Na manhã desta quinta-feira, 06 de novembro, o Papa Leão recebeu em audiência, na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, os membros do Comitê Conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e do Conferência das Igrejas Europeias (CEC), signatários da renovada Charta Oecumenica. O documento, assinado ontem na igreja do Martírio de São Paulo, junto à Abadia das Três Fontes, em Roma, foi originalmente promulgado em 2001 e representou, segundo recordaram os signatários, “uma pedra fundamental da cooperação ecumênica europeia”. O processo de revisão, iniciado em 2022, envolveu um longo e minucioso trabalho conjunto entre as Igrejas cristãs do continente.

Em seu discurso, o Papa acolheu os participantes com as palavras do apóstolo Paulo: “Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor” (1Tm 1,2). O Pontífice destacou que, passados vinte e cinco anos da primeira assinatura da Charta, tornou-se necessário “revisar o contexto do documento, olhar novamente para a situação da Europa e para as preocupações contemporâneas comuns na missão de proclamar o Evangelho”.

Desafios e esperança no caminho ecumênico
Leão XIV observou que, embora existam sinais encorajadores de crescimento cristão em várias regiões da Europa, muitas comunidades se percebem hoje em minoria. O Santo Padre lembrou ainda a diversidade cultural trazida por novas gerações e povos recém-chegados, afirmando que “somente a graça, a misericórdia e a paz do Senhor poderão nos indicar o caminho mais convincente para anunciar Cristo nesses contextos em constante mudança.”

Papa saúda os participantes da audiência (@VATICAN MEDIA)

Referindo-se ao novo texto da Charta Oecumenica, o Papa afirmou que é “um testemunho da disponibilidade das Igrejas da Europa para olhar a nossa história através dos olhos de Cristo”. Com a ajuda do Espírito Santo, acrescentou, “seremos capazes de compreender onde tivemos êxito, onde falhamos e para onde devemos ir para proclamar novamente o Evangelho”:

“Existem muitas vozes novas para ouvir e histórias para acolher através de encontros diários e relações mais estreitas, sem falar na urgência de promover o diálogo, a concórdia e a fraternidade em meio ao barulho da violência e da guerra, cujos ecos se ouvem em todo o continente.”

Caminho sinodal e ecumênico: um mesmo percurso
Leão XIV reiterou que “na Igreja Católica, o caminho sinodal é ecumênico, assim como o caminho ecumênico é sinodal”, citando o Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Segundo o Papa, a nova Charta reforça “o caminho comum empreendido por cristãos de diferentes tradições na Europa, capazes de se escutarem e discernirem juntos, a fim de anunciar o Evangelho com maior eficácia”.

Entre os resultados mais relevantes da revisão, o Santo Padre destacou a capacidade das Igrejas de “ter uma visão comum sobre os desafios contemporâneos e definir prioridades para o futuro do continente, mantendo firme a confiança na importância infinita do Evangelho”.

“Jesus Cristo é nossa esperança”
Ao final, o Papa Leão disse que em sua próxima viagem ao local do Concílio de Niceia pretende “encontrar e rezar com chefes de Igrejas e líderes de Comunhões cristãs, para celebrar juntos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador”.

“Neste Ano Jubilar desejo proclamar a todos os povos da Europa que Jesus Cristo é nossa esperança, pois Ele é ao mesmo tempo o caminho que devemos seguir e o destino último de nossa jornada espiritual.”

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

EVANGELHO DO DIA (Lc 15,1-10)

ANO "C" - DIA: 06.11.2025
31ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2 Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. "Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles". 3 Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4 "Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5 Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6 e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!' 7 Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 8 E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9 Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!' 10 Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"O poder da Palavra de Deus e a misericórdia"

A atração dos pescadores e a crítica dos fariseus
Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da lei criticavam Jesus. Esse homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles. Então Jesus disse: “Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu? E quando a encontra, coloca nos ombros com alegria e, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrai-vos comigo! 
Encontrei a minha ovelha perdida'” (Lucas 15,1-10).
Meus irmãos e minhas irmãs, um detalhe importante é que os mestres da lei e fariseus criticavam Jesus. Mas os publicanos e pecadores, todos eles, queriam escutar o Mestre, pois a escuta de Jesus lhes mudava a vida. A escuta da palavra trazia perdão, misericórdia, dava-lhes um novo sentido na vida.
Quantos pecadores, publicanos, experimentaram uma transformação radical porque escutaram a voz de Jesus!

Há uns meses, eu atendi um homem que estava, há 40 anos, sem se confessar e desacreditado de tudo e de todos, extremamente racional, avesso a uma vida espiritual. Ele veio até a Canção Nova. Ouvindo, durante o acampamento, um dos nossos pregadores, ele foi profundamente tocado pela graça de Deus.

Ele dizia: “Uma palavra, ali, para mim…” Depois, se acabava em choro naquela situação. Ele dizia para mim: “Se não fosse a graça de Deus que me tocou na pregação daquela palavra, eu nunca acreditaria que o Senhor, padre, fosse a pessoa de Cristo para mim nessa hora no sacramento!

Bem, por isso a importância nas nossas liturgias da escuta da Palavra de Deus. Por isso, quando você vier para a Canção Nova ou você for a algum lugar participar de um encontro, não venha atrás dessa ou daquela pessoa, mas venha disposto a ouvir a Palavra de Deus. Venha disposto a acolher a Palavra e experimentar essa força transformadora.

Há mais de 40 anos esse homem estava sem se confessar. Se nós nos déssemos conta do poder da Palavra de Deus! Ela é potente para curar, para libertar, para nos converter, para exorcizar os nossos corações, até mesmo para ressuscitar.

A força criadora da Palavra de Deus
A palavra de Deus tem esse poder, por isso os publicanos e pecadores eram atraídos pela Palavra de Jesus.

Deus criou tudo pela força da palavra, a famosa dabar, ou seja, a Palavra de Deus fazia coincidir palavra, ato e evento. Ou seja, os lábios de Deus se transformavam nas suas mãos.

Quando Deus falava, o poder da Sua palavra criava as coisas.

E Jesus é o verbo do Pai.
Por isso, hoje, o Pai do Céu quer realizar maravilhas em nossa vida pela força da palavra do seu Filho.

Escutemos Jesus!
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Ricardo Rodolfo 
Sacerdote da C. Canção Nova


Seus olhos se abriram no partir do pão

 

Seus olhos se abriram no partir do pão (Lucas 24,13-35)
Pregador: Padre Adriano Zandoná

Hoje, quero convidar você para uma jornada que, talvez, você já esteja fazendo sem perceber: é a caminhada para Emaús, baseada na passagem de Lucas 24,13.

E, nessa história, existem dois discípulos. Um se chama Cléofas. E o outro? O outro não tem nome na Sagrada Escritura. Sabe por quê? Porque o segundo discípulo é você, sou eu, é cada um de nós. Nós somos esses discípulos caminhando, muitas vezes, tristes e desanimados, tentando entender o sentido de tudo.

A cegueira da decepção
Veja bem como estavam aqueles discípulos de Emaús: tristes, desanimados, discutindo pelo caminho. Eles estavam profundamente frustrados e decepcionados. Por quê? Porque eles tinham colocado toda a confiança em Jesus, mas, na compreensão humana deles, Deus tinha falhado.

Eles esperavam um libertador político, alguém que os livrasse dos impostos romanos, mas o plano de Deus era infinitamente maior: libertá-los do pecado.

Quantas vezes nós não somos assim? Vivemos uma perda, o fim de um relacionamento, a falência de uma empresa… E olhamos para o céu dizendo: “Parece que Deus falhou. Eu estava esperando, e Deus não fez”.

A Palavra diz: “os seus olhos, porém, estavam como que vendados, incapazes de reconhecê-lo”.

Eu vou dizer para você: quando a decepção e a tristeza dominam seu coração, seus olhos ficam impedidos de ver Jesus caminhando ao seu lado. Por quê? Porque você fixa os olhos no seu problema, na sua dor, no seu pecado.

Cuidado, porque, às vezes, o sofrimento o torna egoísta. Você só vê a si mesmo. Mas o importante não é o tamanho do seu pecado ou da sua dor, mas o que Jesus fez na cruz por você.

Levantar a cabeça e fixar os olhos em Jesus
Mesmo eles com os olhos vendados, o que Jesus faz? Ele entra no caminho deles, caminha com eles. E Jesus está caminhando com você hoje!

Para enxergar, você precisa de uma atitude: levantar a cabeça! Você precisa tirar os olhos de si mesmo. Como diz São Paulo: “Buscai as coisas do alto”.

O centro da sua vida não pode ser o seu sofrimento. Talvez você não consiga enxergar a obra-prima que o Artista está fazendo na sua vida. Mas confie! O que Ele está fazendo é perfeito, e, na hora certa, Ele vai lhe mostrar.
Caminhar com Jesus é viver em oração

Ninguém caminha com Ele se não reza. A oração verdadeira opera três maravilhas em nós:

Desapega das criaturas: a oração nos liberta das amarras do mundo, do apego às pessoas, ao dinheiro, à nossa própria imagem, que nos impedem de nos unir a Deus.

Une totalmente a Deus: a oração gera comunhão, unidade de mente, vontade e oração com o Senhor. E como dizia São Padre Pio, “nada o demônio teme mais do que uma alma unida a Deus”.

Transforma progressivamente em Deus: Através da oração, a alma é gradativamente transformada em Deus. O que era seu diminui, e o que é de Cristo cresce em você.

E não se esqueça: a melhor oração que existe é a sua! É a que você faz, não a que você sonha em fazer. É uma relação concreta, de visitar o Santíssimo, de ler a Palavra, de rezar o terço.
Deixando o coração queimar

Enquanto caminhava, Jesus, pacientemente, explicou as Escrituras para eles. E qual foi o resultado? Mais tarde, eles disseram um ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?”.

É isso que a Palavra de Deus faz! Ela queima, ela purifica, ela traz sentido.

Por isso, eu lanço um desafio a você: seja um guardião da Palavra que será semeada no seu coração. Não deixe nada roubar de você essa palavra! Lute contra o “distraidor”, como diziam os padres do deserto, aquele que quer vê-lo “viajando na maionese” enquanto Deus fala com você.


São Leonardo de Noblac


Leonardo nasceu no ano 491 na província da Gália, hoje França. Era afilhado do rei Clodoveu, a quem, ainda jovem, e próximo ao bispo São Remígio, pediu e obteve o privilégio (exclusivo do bispado) de dar liberdade aos prisioneiros que encontrasse. Ingressou mais tarde na vida monástica, tendo sido posteriormente ordenado sacerdote. Como presbítero, em Berry, o exemplo de sua vida de santidade converteu muitos pagãos à fé católica.

Mais tarde buscou o isolamento para meditar e viver sua fé na oração. Encontrou o lugar certo para isso num bosque afastado. Lá havia apenas uma casa tosca e simples que lhe servia de morada. Mas seu sossego durou pouco pois a cada dia crescia o número de pessoas que vinham atrás de seus conselhos, orações e consolo.

Certa vez o rei Clóvis e seus súditos ali foram, participando de uma caçada. A rainha Clotilde, esposa do rei, também estava presente e, grávida, começou os trabalhos de parto. São Leonardo rezou por ela e a ajudou, e tudo correu bem; como recompensa o rei doou parte daquelas terras a Leonardo, que ergueu um altar à Nossa Senhora, construindo-se depois uma capela e finalmente um mosteiro, chamado “de Noblac”, com uma intensa e fervorosa comunidade religiosa.

Diz a tradição que o monge Leonardo só deixava o mosteiro quando alguma missão o exigia, especialmente quando se tratava de resgatar e converter os pagãos encarcerados. Ele teria sido, inclusive, visto a libertar franceses de cadeias muçulmanas no ano 1000, vários séculos depois da sua morte. O culto de Santo Leonardo de Noblac, uma das devoções mais antigas dos fiéis franceses, propagou-se em todo o mundo cristão e foi reconhecido pela Igreja.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Leonardo de Noblac é dos santos mais populares na Europa central. Diz um estudioso que em sua honra foram erigidas nada menos que seiscentas Igrejas e capelas. De nobre ascendência, dando exemplo igualmente da nobreza do espírito, abraçou a vida solitária e distinguiu-se pela sua santidade e milagres. Manifestava uma virtude toda particular na libertação de cativos e prisioneiros.

Oração:

Ó Senhor Deus, fazei que a exemplo dos santos saibamos apresentar-nos diante de Vós como uma oferenda agradável e pura, agora e na hora de nossa morte. Amém. São Leonardo de Noblac, rogai por nós.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Os barcos-hospitais Papas Francisco e São João XXIII vão à COP30 prestar apoio humanitário e serviços à saude



O Barco-Hospital Papa Francisco e o Barco-Hospital Papa São João XXIII iniciaram a missão com destino a Belém, no Pará, na manhã do domingo, 2/11, para prestar apoio humanitário e serviços de saúde durante a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30, que será realizada na capital paraense de 6 a 20 de novembro. O Barco-Hospital Papa São João XXIII havia chegado na madrugada do mesmo dia no município de Óbidos/PA, vindo de Manaus, capital do Amazonas.

A iniciativa é fruto da parceria entre o governo do Pará e a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, responsável pela gestão das duas embarcações hospitalares. Ao todo são mais de 86 multiprofissionais que estarão atendendo de 7 a 12 de novembro, com início sempre às 6h30. As embarcações ficarão no distrito de Icoaraci para atendimentos como: consultas de várias especialidades; exames de ultrassonografia, mamografia, tomografia, Raio X e de laboratório; cirurgias; odontologia; oftalmologia, entre outros atendimentos.

Modelo de referência de barco-hospital ao mundo
Durante a COP 30 será apresentada a realidade da saúde pública na Amazônia com o seu contexto, as dificuldades, os desafios enfrentados, além de compartilhar a importância de valorizar o serviço voluntário na área da saúde, da medicina à odontologia. “Podemos pontualizar sobre a questão de como fazer saúde pública, sobre a importância de trabalhar o incentivo da parte do voluntariado, da iniciativa privada, como também o financiamento do governo, para que a gente consiga levar da melhor forma possível a condição de saúde pública às comunidades, aos povos aqui da região”, disse o Frei Ezequiel Salvatico, responsável pelo Barco-Hospital Papa Francisco, que continuou:

“A expectativa é que a gente também possa apresentar aos outros países que somos um modelo único, que trabalhamos no sistema do SUS, conciliando esse processo de uma forma dinâmica. Talvez podemos pontualizar sobre esse modelo de referência, que hoje conseguimos chegar até a porta dos ribeirinhos com uma especialidade, até mesmo resolvendo alguns casos de saúde no momento. Nesse sentido, a expectativa é para apresentar também à delegação do Vaticano a realidade que nós temos da Igreja Católica aqui na Amazônia.”

Para o Frei Matias, o sentimento de felicidade por esse momento é único: “estamos animados para participar da COP 30 e para mostrar o nosso trabalho para vários países do mundo, sobre o que os nossos barcos podem oferecer, como cirurgias, equipamentos de oftalmologia, Raio-X, mamografia, ultrassom, exames de laboratório; mostrar ao mundo o que somos capazes de fazer para levar a saúde a quem mais precisa, que é para o nosso povo da Amazônia”, disse o frade, responsável pelo Barco-Hospital São João XXIII.

A bênção aos 86 multiprofissionais que irão atender de 7 a 12 de novembro na COP 30 (© Mauro Nayan Gomes)

Dois milagres
O bispo diocesano de Óbidos/PA, dom Bernardo Johannes, também expressou alegria sobre esse marco histórico:

“Estamos diante de dois milagres: o Barco Papa Francisco, inaugurado em 2019, e o Barco Papa São João XXIII, inaugurado em dezembro de 2024. Esses dois Barcos-Hospitais, tanto no Estado do Amazonas como no Estado do Pará, estão fazendo um trabalho maravilhoso resgatando vidas de muitas pessoas, conseguindo fazer acontecer a saúde nesses dois Estados, sobretudo também na nossa Amazônia.

Agradecemos aos governos estaduais do Pará e do Amazonas pelo apoio que estão dando, sobretudo pela parceria que temos com os dois barcos – e são milhares de pessoas que procuram melhorar a saúde. Nosso coração está cheio de gratidão por todos aqueles que ajudam, os colaboradores e colaboradoras, os médicos e médicas, e os voluntários que se colocam à disposição para ajudar. Assim, estamos com uma grande corrente de caridade, pois a caridade jamais pode parar.”

É importante frisar o papel da Igreja Católica na região amazônica, inclusive através da construção de meios que viabilizem ações parte da educação social, ambiental e de políticas públicas de saúde. A presença dos Barcos-Hospitais Papa Francisco e Papa São João XXIII na COP 30 reforça o compromisso da Igreja Católica e dos parceiros com a promoção da saúde, da dignidade humana e da sustentabilidade na Amazônia, valores que dialogam diretamente com o espírito e os objetivos do maior evento ambiental do planeta.Com informações da SedCom da diocese de Óbidos/PA

Papa na Audiência Geral: o mistério da Ressureição é remédio para as fragilidades humanas




Ao retomar o tema do mistério pascal na catequese desta quarta-feira (05/11), Leão XIV encorajou a "saborear e meditar sobre a alegria que vem depois da dor, de revisitar sob uma nova luz todas as etapas que precederam a Ressurreição". O Papa também enalteceu que "crer na Páscoa através da nossa caminhada diária significa revolucionar as nossas vidas", porque a esperança cristã é um remédio para a nossa fragilidade humana que nos ajuda a sair vitoriosos dos grandes desafios da vida.

Andressa Collet - Vatican News

Mais um dia de Praça São Pedro repleta de peregrinos para ouvir a catequese do Papa Leão XIV na Audiência Geral desta quarta-feira (05/11). Retomando o tema sobre a Ressureição de Cristo para cerca de 40 mil pessoas, o Pontífice afirmou que a Páscoa de Jesus não é um evento passado. "A Igreja nos ensina a comemorar a Ressurreição todos os anos no Domingo de Páscoa e todos os dias na celebração eucarística", reforçou ele.

“O Mistério Pascal é a pedra angular da vida do cristão, em torno da qual giram todos os outros acontecimentos. Podemos dizer, então, sem qualquer pacifismo ou sentimentalismo, que todos os dias são Páscoa.”

E de que forma se vive a Ressurreição de Cristo diariamente, questionou o próprio Pontífice, ao responder com a ajuda de uma "grande filósofa do século XX, Santa Teresa Benedita da Cruz, nascida Edith Stein, que se aprofundou no mistério da pessoa humana": diante da "busca dinâmica e constante da realização", vivida através das mais variadas experiências de dores e alegrias, "a mensagem da Páscoa é a notícia mais bela" capaz de responder à busca de sentido que inquieta o nosso coração e a nossa mente, de saciar a nossa sede de eternidade, explicou o Papa, ao acrescentar:

"Os seres humanos são movidos por um movimento interior, procurando um além que os atrai constantemente. Nenhuma realidade contingente os satisfaz. Almejamos o infinito e o eterno. Isto contrasta com a experiência da morte, antecipada pelo sofrimento, pela perda e pelo fracasso."

Cerca de 40 mil peregrinos participaram da Audiência Geral na Praça São Pedro (@Vatican Media)

A mensagem da Páscoa é de cuidado e cura
O anúncio pascal, ao atestar a vitória do amor sobre o pecado e da vida sobre a morte, é remédio para a nossa fragilidade humana, disse o Papa, alimentando a esperança de sair vitoriosos dos grandes desafios que a vida nos apresenta. O nosso tempo, continuou Leão XIV, "marcado por tantas cruzes, clama pelo alvorecer da esperança pascal" que "não desilude. Crer verdadeiramente na Páscoa através da nossa caminhada diária significa revolucionar as nossas vidas, sermos transformados para transformar o mundo com a força mansa e corajosa da esperança cristã":

"E n’Ele, temos a certeza de poder encontrar sempre a estrela polar para a qual dirigir as nossas vidas aparentemente caóticas, marcadas por acontecimentos que muitas vezes parecem confusos, inaceitáveis ​​e incompreensíveis: o mal, nas suas muitas facetas, o sofrimento, a morte, acontecimentos que afetam todos e cada um de nós. Meditando sobre o mistério da Ressurreição, encontramos a resposta para a nossa sede de sentido. Perante a nossa fragilidade humana, a mensagem da Páscoa torna-se cuidado e cura, alimenta a esperança no meio dos desafios assustadores que a vida nos apresenta diariamente, tanto em nível pessoal como global."

“Na perspectiva da Páscoa, a Via Crucis transfigura-se na Via Lucis. Precisamos saborear e meditar sobre a alegria que vem depois da dor, de revisitar sob uma nova luz todas as etapas que precederam a Ressurreição. A Páscoa não elimina a cruz, mas vence-a no prodigioso duelo que mudou a história da humanidade.”

"Todos os dias são Páscoa" disse o Papa na catequese desta quarta-feira (05/11) (@Vatican Media)


EVANGELHO DO DIA (Lc 14,25-33)

ANO "C" - DIA: 05.11.2025
31ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Felizes sereis vós, se fordes ultrajados, por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 25 grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26 "Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28 Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30 'Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!' 31 Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!"

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Amar a Deus acima de tudo: o verdadeiro sentido do desapego"

A importância do amor que devemos a Deus
Naquele tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, Ele lhes disse: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14,25-33).

Para seguir Jesus, é preciso ter por Ele um amor superior. Não é que nós não possamos ter outras formas de amor neste mundo, mas o amor por Jesus precisa ser superior.

Para chegar a essa afirmação, Jesus usa um verbo que soa bem estranho “que vem a mim, mas não ‘odeia’ o próprio pai e a própria mãe” (a tradução original é essa). A Língua Portuguesa traduziu para a palavra ‘desapegar’, mas quis Jesus chocar os seus ouvintes sobre a importância do amor que nós devemos a Ele.

Vamos entender quem é que caminhava com Jesus, porque o texto diz de uma grande multidão.

O discipulado não se confunde com multidão. Nós somos, muitas vezes, essa multidão que precisa se decidir pelo discipulado de Jesus. Eu quero seguir Jesus de verdade ou eu quero continuar atrás de grandes momentos extraordinários, de sinais maravilhosos?

O discípulo é aquele que ouve a palavra e observa os mandamentos de Deus.
O maior e primeiro mandamento é o amor a Deus

Não pode haver um outro amor absoluto na nossa vida, apenas Deus. Obviamente que nós somos chamados a honrar o nosso pai e a nossa mãe com o nosso afeto, a nossa atenção, o nosso cuidado, o nosso respeito. Porém, os afetos dos genitores nunca poderão estar acima do amor a Deus.

Há muitos pais por aí em que os idosos são abandonados nos asilos ou até mesmo esquecidos dentro de casa, e os filhos nem vão visitá-los. Por isso a eutanásia só serve em país desumano, que trata os seus idosos como uma praga a ser extirpada. Para nós, cristãos, a vida tem que ser respeitada, inclusive, na sua última fase, que é a velhice.

Há pais e mães por aí que se opõem radicalmente à vocação do filho. Quantos filhos despertam a vocação sacerdotal ou uma filha que quer se consagrar, mas os pais se opõem a isso; até mesmo ao casamento dos próprios filhos! Isso é uma ofensa, porque a vocação é algo sublime, ela vem de Deus e não dos pais, não são eles que dão a vocação.

Amor sublime a Deus, superior a todas as coisas
O fato de ter aptidões parecidas com as dos pais não quer dizer que o filho deva seguir a mesma estrada do seu pai ou da sua mãe.

Por isso Jesus teve que ser bem claro, bem firme ao impor um desapego profundo àqueles que querem ser os seus discípulos.

O amor a Jesus precisa ser superior a qualquer coisa e a qualquer pessoa.

Sobre todos vós desça a bênção de Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


Padre Ricardo Rodolfo
Sacerdote da C. Canção Nova