quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Setor Espaço Litúrgico realiza última live de aprofundamento sobre a importância da arte e da arquitetura sacra da Igreja


Na próxima quinta-feira, 27 de novembro, o Setor Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal para a Liturgia realiza a última live de 2025, um projeto de formação online com a participação dos membros da Equipe de Reflexão e convidados. Essa é a 10ª edição do “Edificar igrejas para celebrar os mistérios da nossa fé”, momento de reflexão, espiritualidade e aprofundamento sobre a importância da arte e da arquitetura sacra como expressões vivas da fé e da liturgia da Igreja. As lives acontecem sempre no mesmo horário, às 16h, pelas redes sociais da CNBB e da Edições CNBB, no Youtube.

Os Estudos 106 e 113 da CNBB deram as bases do projeto em 2024, tratando também da importância da preservação do patrimônio cultural católico e apresentando estudos de caso. As duas primeiras edições de 2025 tiveram como objetivo refletir sobre “a beleza dos espaços litúrgicos” na expectativa do 15º Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra, realizado de 2 a 6 de junho na Cidade da Comunhão, em Goiânia, além de promover uma divulgação mais ampla e motivar os participantes para esse encontro que acontece a cada dois anos desde 1996. As duas últimas contaram com a participação de convidados que estiveram no ENAAS, promovendo partilha e continuidade da reflexão dos conteúdos tratados a partir do tema Espaço Litúrgico e Piedade Popular.

Agora, ainda no contexto do ENAAS, o Setor Espaço Litúrgico encerra o ciclo com uma visita especial diretamente das terras de Cora Coralina, um passeio pelo Mosteiro da Anunciação de Goiás (GO). Quem guiará será o padre Carlos Roberto dos Santos – do clero da diocese de Marilia (SP), apresentando um pouco da história da construção e da experiência da comunidade local que conta com um espaço celebrativo muito interessante.

Padre Carlos é, atualmente, o Responsável internacional da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas, que vive a espiritualidade de São Carlos de Foucauld; mora na Casa da Fraternidade – Mosteiro da Anunciação (Goiás-GO) e contou que “trabalha em um projeto que busca ajudar padres que queiram ressignificar sua existência sacerdotal, fazendo a experiência de um tempo de retiro ou tempo ‘sabático’ para viver em fraternidade e na simplicidade, buscando o essencial na Eucaristia, na adoração e no serviço”.

Quem também participa é a arquiteta e urbanista Fabiana Longhi, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), especialista em Espaço Litúrgico e Arte Sacra pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e especialista em Restauração de Arquitetura pelo Centro Técnico Templo da Arte – Faculdade Einstein (Facei).

“Muita coisa bonita para nossa reflexão sobre a NOBRE SIMPLICIDADE em espaços que convidam e contribuem de forma significativa, em cada detalhe, para a participação da assembleia celebrante na ação litúrgica”, afirma a assessora do Setor Espaço Litúrgico, Raquel Tonini.

Últimas edições
Lembramos ainda que todos os vídeos estão disponíveis no Youtube das Edições CNBB. Abaixo, seguem os links para que, individualmente ou em grupos, todos possam ver ou rever os conteúdos, com a ajuda dos Estudos e outros documentos citados:

Live 5 – 28 novembro 2024: https://www.youtube.com/watch?v=1Ov_Aapln4Y
Live 9 – 25 setembro 2025: https://www.youtube.com/watch?v=j3hVOW4YNIc

Papa Leão XIV inicia sua primeira viagem apostólica


Para chegar à Turquia, primeira etapa de sua viagem que depois incluirá o Líbano, de domingo, 30 de novembro, até terça-feira, 2 de dezembro.

Vatican News

A primeira viagem apostólica do Papa Leão teve início na manhã desta quinta-feira, 27 de novembro. A etapa inicial será a Turquia (Türkiye), com a visita a Iznik, por ocasião do 1700º aniversário do Primeiro Concílio de Niceia; em seguida, o Papa seguirá para o Líbano a partir de domingo, 30 de novembro.

O voo da Ita Airways, com o Pontífice, sua comitiva e numerosos jornalistas a bordo, decolou às 7h58 (hora local) do aeroporto de Roma-Fiumicino. A chegada a Ancara, na Turquia, está prevista para as 12h30 locais, de onde o Papa partirá novamente à noite para chegar a Istambul. No voo papal também está presente a imagem de Maria, Mãe do Bom Conselho, conservada no Santuário a ela dedicado em Genazzano e administrado pelos religiosos da Ordem de Santo Agostinho. O Papa Leão visitou o Santuário em 10 de maio de 2025, poucos dias após sua eleição. Depois de rezar diante da imagem de Nossa Senhora, saudando seus confrades, disse que era seu desejo estar ali nos primeiros dias do novo ministério “que a Igreja — acrescentou — me confiou, para dar continuidade à missão como Sucessor de Pedro”.
Leão XIV a bordo do avião para sua primeira viagem apostólica, com primeira parada na Turquia

O Santo Padre deixou o Vaticano por volta das 7h (horário italiano), deslocando-se de carro até o aeroporto. Leão XVI é o quinto Pontífice a visitar a Turquia; o lema de sua viagem ao país é “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. O Pontífice dá continuidade ao desejo de Francisco, que pretendia voltar à Turquia em maio de 2025, após a visita de 2014, justamente para o 1700º aniversário do Concílio de Niceia. O momento culminante será em Iznik, nos sítios arqueológicos da antiga Basílica de São Neófito, onde o Papa, junto com o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu, rezará com cerca de vinte patriarcas e representantes das Igrejas cristãs diante dos ícones de Cristo e do Concílio, e acenderá uma vela.

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EVANGELHO DO DIA (Lc 21,20-28)

ANO "C" - DIA: 27.11.2025
34ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20 "Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21 Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22 Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. 23 Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24 Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações. e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26 Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27 Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28 Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"A destruição abre o caminho para uma reconstrução divina"

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando vides Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judeia devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se” (Lucas 21,20-28).

A destruição nunca é final. Pode ser o caminho da reconstrução
Meus irmãos e minhas irmãs, na vida espiritual, nós aprendemos uma lição muito básica. Quando se fala de destruição, imediatamente nós falamos de reconstrução.

No profeta Jeremias, por exemplo, nós lemos: “Hoje, estou lhe dando poder sobre as nações, poder para arrancar e derrubar, para destruir e arrasar, para construir e plantar”.

A destruição nunca é o quadro final, porque, às vezes, é preciso destruir alguma coisa, jogar ao chão certas ideias que nós trazemos, conceitos, apegos. É preciso destruir certas coisas para que novas e duradouras surjam.

Deus permite até mesmo certos abalos para construir em nós algo novo. A dor vem quando nós estamos tão apegados a certas coisas, a certas pessoas, que, muitas vezes, a poda parece que nos arranca um pedaço. Muitas vezes, as intervenções de Deus nos causam essa dor.

Por isso é melhor não apegar o coração a nada nem a ninguém, nem mesmo à própria vida. Tudo deve estar nas mãos de Deus. Jesus quer que a conclusão da vida de cada um de nós seja ao seu lado na vida eterna.
Na conclusão desse nosso ano litúrgico, nós vamos reavivar a chama da esperança em cada um de nós

Por isso, deixemos arder novamente, em nossos corações, aquela certeza de que Deus tem o controle de tudo nas suas mãos. Nós estamos nas mãos do Pai do Céu e não devemos ter medo. Nem mesmo quando vemos algo arruinar-se diante dos nossos olhos.

Repito: a destruição é sinal também de uma nova construção. Deus está fazendo coisas novas.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Heleno Ferreira
Sacerdote da C. Canção Nova


Não basta só rezar


Por Padre Chrystian Shankar

O tema desta pregação é: só rezar não basta. A oração é importante, a adoração é importante, a espiritualidade é importante, mas penso que alguém viu que precisa um passo além daquilo que envolve Deus. É preciso ter esse relacionamento vertical, mas é preciso ter também um relacionamento horizontal.

A oração precisa gerar mudança
Não adianta rezar, se não muda.
Não adianta adorar, se não perdoa.
Não adianta missa dominical, se não cuida.

Então, a oração é o primeiro, é a base, mas, depois disso, o casal precisa de muita coisa para manter uma família abençoada, unida e com uma vida duradora.
Cuidado integral: um pedido do bispo

Meu bispo diocesano, um presente que nós ganhamos, Dom Geovane Luís, bispo jovem, chegou para nós há alguns poucos anos e, na última reunião do clero, qual foi o pedido dele:

Padres, cuidem da saúde de vocês. Façam o checkup anual. Você já tem certa idade, olha a sua próstata, faça endoscopia, faça colonoscopia… Porque a Igreja viu que vários sacerdotes têm uma vida espiritual, doam-se para as paróquias e, quando eles sentem dor, a doença já está avançada e eles morrem.

Um bispo no Brasil, bem jovem, era bispo auxiliar, nem diocese ele teve. Ele assumiu para bispo. Pouco tempo depois, ele faleceu. Não vou dizer o nome, mas os amigos deles diziam: “Nunca cuidou da saúde”.

Então, até para o padre a oração é muito importante, mas só a oração não basta. É preciso um cuidado com o ser integral.

Oração é orar e agir
São as ações que provêm da oração.

Meus irmãos, graças a Deus, no dia 27 de agosto, eu comemoro 20 anos de ordenação de padre! No dia 14 de agosto deste ano, eu comemoro 50 anos de idade. Meio século, hein?! 50 de idade, rosto de 40, corpo de 30. Será que você me entende?

Brincadeira à parte, desses meus 20 anos de padre, tenho 21 anos que lido com famílias e casais.

Quando eu era diácono em Carmo do Cajuru, eu já assumi trabalho com as famílias da nossa diocese. Então, Deus foi me preparando para o que Ele queria de mim: um pregador para as famílias e um pregador para os casais.

Não alguém que aprendeu nos livros, mas lidando com os casais diariamente. Há 20 anos que eu lido com casais.

São Virgílio

Nasceu na primeira década do século oitavo e foi batizado com o nome católico de Virgílio. Sentiu-se atraído pela vida monástica e tornou-se monge na Irlanda. Mas em 743, deixou a ilha para evangelizar o continente e não voltou para sua terra natal. Residiu no Reino dos Francos na época do imperador Pepino, o Breve.

Logo foi cogitado para morar em Salisburgo, no território austríaco. Nesta diocese, foi escolhido para ser bispo. Mas por causa de divergências políticas e doutrinais com Bonifácio, o grande evangelizador da Alemanha, que não aceitou o processo de escolha de Virgílio para o episcopado, o monge iralndês precisou esperar a morte de Bonifácio para poder ocupar a cadeira em Salisburgo. Não era a pessoa de Vírgilio que desagradava Bonifácio, mas o fato da escolha dele ter sido pelos poderes políticos.

Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura. Dominava, como poucos, as ciências matemáticas. Abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus. Revolucionou a diocese de Salisburgo com o seu testemunho e converteu esse rebanho para a Redenção de Cristo. Morreu e foi sepultado na abadia de Salisburgo, em 27 de novembro de 784, na Áustria, em meio à forte comoção dos fiéis, que transformaram essa data na de sua tradicional festa.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão:

A natureza missionária da Igreja é perpetuada no tempo através do testemunho e trabalhos de homens e mulheres que dedicaram sua vida para fazer o nome de Jesus conhecido entre os povos. Assim foi a vida de são Vírgilio, que através de incansável apostolado, espalhou a boa nova de Jesus entre aqueles que ainda não haviam tomado contato com a mensagem libertadora do Cristo.

Oração:

Pai de bondade, pela inspiração de São Vírgilio, aumentai em nós o zelo missionário e infundi em nós o Espírito Santo, para que todas as nossas palavras seja para a glória do vosso nome. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Secretários executivos dos regionais da CNBB participam de encontro na sede da Conferência, em Brasília


A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, acolhe nesta semana o encontro dos secretários executivos dos regionais, momento dedicado ao fortalecimento da comunhão, à integração das ações pastorais e ao alinhamento institucional entre a sede e as Igrejas Particulares de todo o país. Dessa vez a reunião também conta com a presença de colaboradores dos regionais e da sede da CNBB que atuam em diversas frentes.


Durante a abertura, todos tiveram a oportunidade de se apresentar e falar sobre suas expectativas. O padre Leandro Megeto, subsecretário geral da CNBB, acrescentou que o grande desafio é integrar a dinâmica pastoral – sempre marcada pelo impulso do Espírito e pela criatividade – com as exigências administrativas próprias da instituição:

“A pastoral é dinâmica, enquanto a administração exige cuidados e obrigações específicas. O desafio é unir esses dois mundos com leveza e compreensão das realidades tão diversas do nosso país.”

Já o padre Jânison de Sá, subsecretário de pastoral da CNBB, destacou a importância do encontro presencial para fortalecer a convivência e a troca de experiências:

“Precisamos fortalecer esse trabalho em rede. O encontro presencial nos aproxima e nos faz compreender que nosso trabalho é fundamental para o processo de evangelização.”



Contexto institucional
As atividades começaram com a apresentação do secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, que resgatou elementos históricos e institucionais da Conferência. Ele lembrou que a CNBB foi fundada em 1952, durante o pontificado do Papa Pio XII, com contribuição de monsenhor Giovanni Battista Montini – que mais tarde se tornaria o Papa Paulo VI – e de dom Helder Câmara. À época, a sede funcionava no Palácio São Joaquim, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.

Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB

Dom Ricardo destacou que outras conferências episcopais já existiam antes da criação da CNBB, como as da Alemanha, Suíça, França, Canadá e Itália, e reforçou o papel dos bispos na condução das dioceses e na comunhão doutrinal e pastoral no âmbito da Conferência.

“Somos a sexta conferência do mundo em história e expressão”, afirmou, ressaltando que hoje a CNBB é a maior conferência episcopal do mundo em número de membros. Atualmente, são 492 bispos – 320 titulares e 172 eméritos – distribuídos em 280 circunscrições eclesiásticas.




Números da Igreja no Brasil
Entre os dados apresentados, dom Ricardo destacou a amplitude e a vitalidade da presença católica no Brasil, país que reúne mais de 200 milhões de habitantes, dos quais 56,7% se declaram católicos, segundo as últimas estatísticas da Igreja.

O secretário-geral também apresentou um panorama do clero e da vida consagrada no país. No campo vocacional, a Igreja conta com mais de 15 mil padres diocesanos e mais de 6 mil religiosos, totalizando mais de 22 mil presbíteros em atuação. Somam-se a eles 2.073 membros de institutos seculares, cerca de 8 mil seminaristas e mais de 4 mil irmãos religiosos.

A estrutura eclesial também se destaca pela amplitude: são mais de 12 mil paróquias espalhadas pelo território nacional, além de 280 catedrais, 71 basílicas e dois santuários reconhecidos como nacionais – o de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, e o de São José de Anchieta, no Espírito Santo. Esses números, segundo o secretário-geral, refletem a vitalidade e a responsabilidade da missão evangelizadora da Igreja no Brasil, além da importância da articulação entre a sede da CNBB e os regionais.

Dom Ricardo também citou dioceses atualmente vacantes, entre elas: Guajará-Mirim (RO), União da Vitória (PR), Rubiataba-Mozarlândia (GO), Sorocaba (SP), Teixeira de Freitas / Caravelas (BA) e a Eparquia Armênia.

Na parte da manhã, a assessoria jurídica da CNBB também teve um momento, para esclarecer questões relativas ao uso de imagens e direitos autoriais de fotografias.







Atividades da tarde
Na parte da tarde, os secretários executivos farão uma visita ao prédio da Edições CNBB, onde poderão conhecer melhor os processos editoriais e os projetos em andamento. Em seguida, haverá uma apresentação da Assessoria de Comunicação (Ascom) sobre a Campanha para a Evangelização 2025, incluindo sua identidade visual e os enfoques pastorais planejados para este ciclo.

As atividades do encontro seguem até quinta-feira, 27 de novembro, com novos momentos de partilha, apresentações setoriais e encaminhamentos comuns que buscam fortalecer a unidade e a missão evangelizadora da Igreja no Brasil.

Por Larissa Carvalho | Fotos: Giany Costa

Catequese do Papa: recuperar a confiança na vida para gerar vida


Na Audiência Geral desta quarta-feira, 26/11, Leão XIV convidou os fiéis a redescobrirem a esperança que nasce da Ressurreição e a renovarem a coragem de viver e de gerar vida em um mundo marcado pela desconfiança e pelo medo.

Thulio Fonseca – Vatican News

A Praça São Pedro acolheu milhares de peregrinos na manhã desta quarta-feira, 26 de novembro, para a Audiência Geral com o Papa Leão XIV. Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre o tema do Jubileu 2025 – “Jesus Cristo, nossa esperança”, o Pontífice refletiu hoje sobre a força iluminadora da Ressurreição diante dos desafios atuais, propondo como tema: “Esperar na vida para gerar vida”.

Logo no início, o Papa recordou que a Páscoa de Cristo “ilumina o mistério da vida” e permite contemplá-la com esperança, mesmo quando esta parece árdua ou marcada por sofrimento. A existência humana – afirmou – é recebida como dom: não a escolhemos, mas somos chamados a acolhê-la, nutrindo-a continuamente com cuidado, proteção e vitalidade.

Esse dom suscita, desde sempre, as grandes perguntas do coração humano: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o sentido desta viagem? Perguntas que revelam que viver “evoca um significado, uma direção, uma esperança”.

Um mundo adoecido pela falta de confiança
O Pontífice diagnosticou uma das grandes feridas do nosso tempo: a falta de confiança na vida. Muitos, observou, já não a percebem como possibilidade e dom, mas como ameaça, algo a ser temido para não se frustrar. Diante dessa postura, o convite de Leão XIV foi claro: recuperar a coragem de viver e de gerar vida, testemunhando que Deus é “Aquele que ama a vida”, como proclama o Livro da Sabedoria:

“Sem esperança, a vida corre o risco de parecer um parêntese entre duas noites eternas, uma breve pausa entre o antes e o depois da nossa passagem pela Terra. Esperar pela vida, pelo contrário, significa antecipar o destino, acreditar com certeza naquilo que ainda não podemos ver ou tocar, confiar e entregarmo-nos ao amor de um Pai que nos criou porque nos amou e quer que sejamos felizes.”

Gerar vida, explicou o Papa, é participar da lei estrutural da criação, que culmina no dom recíproco entre homem e mulher. Mas também significa promover o ser humano em todas as dimensões: apoiar a maternidade e a paternidade, fortalecer economias solidárias, cuidar da criação, praticar a escuta e oferecer presença e auxílio concreto.

Entre Caim e Abel: a liberdade ferida
A catequese recordou ainda que a liberdade humana torna a vida um drama, como narra a história de Caim e Abel. A rivalidade, a inveja e a violência continuam a marcar a humanidade, seja nas guerras, no racismo ou nas modernas formas de escravidão.

“Mas a lógica de Deus é outra”, sublinhou o Santo Padre. Deus permanece fiel ao seu desígnio de amor e continua a sustentar a humanidade, “mesmo quando, seguindo os passos de Caim, ela obedece ao instinto cego da violência nas guerras, nas discriminações, nos racismos, nas múltiplas formas de escravidão, quando ela se desvia pelo caminho da violência”.

A esperança que sustenta mesmo em meio às trevas
Leão XIV concluiu lembrando que a Ressurreição de Cristo é a força que sustenta o discípulo, especialmente quando as trevas do mal obscurecem o coração e a mente:

“Quando a vida parece ter-se extinguido, bloqueada, eis que o Senhor Ressuscitado passa novamente e caminha conosco e por nós. Ele é a nossa esperança.”

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EVANGELHO DO DIA (Lc 21,12-19)

ANO "C" - DIA: 26.11.2025
34ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12 "Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13 Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14 Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15 porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16 Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17 Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18 Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19 É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!"

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"A verdadeira confiança nasce na provação e na perseguição"

A provação é o momento de confiança inabalável
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Antes que essas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos, sereis entregues a sinagogas e postos na prisão, sereis levados diante de reis e governantes por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito e não planejar com antecedência a própria defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater” (Lucas 21,12-19).

Muito bem, meus irmãos e minhas irmãs, confiar em Deus quando tudo está muito bem é fácil. A confiança verdadeira, no entanto, nasce nos momentos de provação.

O texto original diz que “quando puserem as mãos em vocês”. Hoje, existem muitos cristãos cheio de “não me toques”, ou seja, uma repulsa às contradições que algo lhes afete. Parece que não há a mínima possibilidade de a pessoa sofrer algum tipo de dano em alguma situação.

Jesus adverte seus discípulos sobre as contradições
Jesus. contudo, já joga a real com os seus discípulos. O Senhor afirma que eles devem se preparar para as contradições, as quais, inclusive, recairão na vida de cada um deles, ou seja, as perseguições vão tocar a carne dos seus discípulos.

Esse é o momento de você perceber qual é o nível de maturidade interior e espiritual que você tem. A provação é o momento em que exercitamos a nossa confiança inabalável em Deus. Independentemente do que aconteça, nós estamos nas mãos d’Ele.
A provação é na hora de descobrir se nos garantimos apoiando nas nossas próprias forças e capacidades, ou se dependemos unicamente de Deus na condução da nossa vida

Vamos tirar a atenção das nossas lamentações, porque há irmãos nossos, em muitos lugares do mundo, que já estão sofrendo, há muito tempo, a dureza das perseguições. Muitos já foram tocados pela intolerância religiosa, pela maldade de certas tiranias e pagaram, com a própria vida, o preço por amar Jesus e ser discípulos do Senhor.

Acolhamos as provas que a vida nos dá hoje como oportunidade para reforçarmos o nosso amor a Deus. As provações são crescimento para nós.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Heleno Ferreira
Sacerdote da C. Canção Nova