sexta-feira, 4 de julho de 2025

CNBB renova acordo de cooperação técnica com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)


O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Jaime Spengler, assinou, no final da manhã desta quinta-feira, 3 de julho, o segundo acordo de cooperação técnica entre a Conferência Episcopal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A cerimônia contou com integrantes do órgão ligado ao Ministério da Cultura, liderados pelo presidente, Leandro Grass, e com a participação dos bispos que compõem o Conselho Permanente da CNBB.

Esse novo acordo firmando entre a Igreja Católica e o Iphan prevê o tema dos desafios e alternativas para recuperação e manutenção do Patrimônio Cultural da Igreja Católica no Brasil, incluindo a possibilidade de um fundo nacional para preservação prédios históricos, Igrejas e obras de arte.


O primeiro teve o objetivo de realizar ações conjuntas entre as instituições que buscaram a identificação e a produção de diagnóstico sobre o patrimônio cultural; o estabelecimento de diretrizes para intervenções nesse patrimônio cultural e o fomento à sua conservação; a produção de material instrucional para a capacitação de quadros da CNBB e de seus colaboradores com vistas à preservação, conservação e promoção do patrimônio cultural.

Em sua fala, dom Jaime destacou que os bens culturais de posse da Igreja Católica pertencem ao povo brasileiro e sua história, as quais “trazem marcas da fé e da coragem dos nossos antepassados”. Ele disse ainda que o acordo “não nos favorece simplesmente como instituição, mas favorece a nossa cultura e a tradição do nosso povo”.

“Que possamos avançar nesse caminho de cooperação recíproco, e colaborar para que as futuras gerações possam contemplar o que os antepassados, com fé e coragem, construíram”.

Foto: Luiz Lopes Jr/CNBB

O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou o diálogo no processo de construção do acordo e agradeceu o apoio dos bispos, padres e leigos que contribuíram na elaboração do documento. Ele destacou ainda o número de 32% dos bens tombados pelo Iphan fazerem parte do patrimônio cultural católico e os desafios grandes do ponto de vista de sua manutenção e conservação, especialmente com a impossibilidade de comportar essas ações no orçamento público.

Uma saída é a busca de parcerias, especialmente via Lei Rouanet, que pode mobilizar empresas para que aportem recursos, o dinheiro de tributos que deixam de ser recolhidos para serem aplicados na cultura. Leandro ainda recordou a articulação das equipes de bens culturais dos regionais, que podem articular projetos com estados e municípios. “Termos as comissões regionais vai nos ajudar muito nesse grande projeto de preservação”, afirmou.

Para ele, ver a satisfação dos padres quando veem seus espaços sendo restaurados, não têm preço. “Não são só grandes iniciativas públicas, mas a vida do povo, aumenta a autoestima, a alegria”, contou.

Leandro Grass | Foto: Paulo Augusto Cruz/CNBB

Luiz Lopes Jr

Papa sobre explosão em posto de gasolina em Roma: rezo pelos envolvidos no incidente


Em uma postagem em sua conta na rede social X, @Pontifex, Leão XIV assegura orações às pessoas envolvidas na explosão de um posto de gasolina, ocorrida no início da manhã desta sexta-feira (04/07), por volta das 8h, no bairro Prenestino Labicano, zona leste de Roma. Mais de 20 feridos, incluindo 9 socorristas. O presidente de um centro esportivo próximo ao local do incidente: “se tivesse acontecido uma hora mais tarde, teria sido um massacre”.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

O estrondo foi ouvido em grande parte de Roma, pouco depois das 8h15, horário local, em vários bairros da capital, inclusive na região do Vaticano. A nuvem densa e de grande dimensão de fumaça foi visível até mesmo além dos limites do incidente. A violenta explosão em um posto de gasolina na Via dei Gordiani, no bairro Prenestino Labicano, segundo as primeiras informações dos bombeiros, causada pelo desprendimento de uma bomba de um tanque que alimentava o sistema de distribuição, abalou os habitantes da capital na manhã bem cedo desta sexta-feira (04/07).

O posto de gasolina ficou destruído (ANSA)

A postagem do Papa Leão
O próprio Papa Leão XIV, em uma postagem divulgada através da sua conta na rede social X em nove idiomas, @Pontifex, quis expressar proximidade com todas as pessoas envolvidas neste “trágico incidente”:

“Rezo pelas pessoas envolvidas na explosão de um posto de gasolina, ocorrida nesta manhã no bairro Prenestino Labicano, no coração da minha Diocese. Continuo acompanhando com apreensão os desdobramentos deste trágico incidente.”
Mais de 20 feridos

O Papa escolheu, então, o caminho imediato do canal social para manifestar apreensão e, ao mesmo tempo, solidariedade, especialmente aos moradores do bairro Prenestino, abalados pelo tremor das casas e pela fumaça preta que apareceu nas janelas. O pensamento do Pontífice se dirige principalmente aos feridos que, segundo os primeiros balanços, parecem ser 21, entre os quais, 9 policiais, um bombeiro e um socorrista que ficaram queimados na explosão.

De acordo com as primeiras informações, os bombeiros já estavam no local, chamados por causa de um caminhão que havia batido em um cano e provocado um incêndio. Quando chegaram, ocorreu a explosão que atingiu também os paramédicos presentes, além de ter causado danos a alguns prédios próximos. As chamas atingiram um depósito judicial, atrás do posto de gasolina. Alguns pedestres também ficaram feridos. Até o momento, 5 pessoas foram levadas para os Hospitais Umberto I e San Giovanni, com queimaduras leves e ferimentos causados pela explosão de vidros.

O momento da explosão vista de longe (ANSA)

O choque dos moradores
Os bombeiros ainda trabalham no local para proteger a área e determinar as causas da explosão. As autoridades sanitárias estão montando dois postos médicos avançados para prestar assistência aos bombeiros envolvidos nas operações de extinção e a outros feridos. O choque dos moradores permanece, embora alguns deem um suspiro de alívio ao pensar que a tragédia poderia ter tido consequências mais graves.

Tudo aconteceu de manhã cedo, num momento em que ainda não se tinha formado a habitual fila de carros no posto de gasolina (um dos poucos do bairro com GPL) e o parque vizinho, espaço utilizado para correr e passear com os cães, ainda não estava muito cheio. Mas, acima de tudo, havia poucas pessoas no centro esportivo Polisportiva Villa De Sanctis que, no verão, acolhe grupos de crianças para a Colônia de Férias. “Ao primeiro sinal de fumaça, por volta das 7h30, evacuamos as crianças, eram em oito. Os pais chegaram e todas as crianças estão bem”, declarou o presidente Fabio Balzani. “Se tivesse acontecido uma hora mais tarde, teria sido uma tragédia: estariam lá as 60 crianças da colônia de férias, nós, responsáveis, e 120 pessoas com reservas na piscina. O centro esportivo está danificado, parece um campo de batalha”.

A região onde aconteceu a explosão (ANSA)

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EVANGELHO DO DIA (Mt 9,9-13)

ANO "C" - DIA: 04.07.2025
13ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 9 Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10 Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?" 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13 Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Disponibilidade interior"

Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa quero misericórdia e não sacrifício. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9,9-13).
Respondendo ao chamado

Aqui, nós estamos diante do chamado de Mateus. Um pouquinho antes, Jesus diz para Mateus: “Vem e segue-me”. Jesus chama um cobrador de impostos, considerado pecador público. Olha a audácia de Jesus! Diante daqueles que iriam criticá-lo, julgá-lo e até mesmo caluniá-lo!
A misericórdia Divina e o perdão

Mostra que o chamado de Deus não depende do passado da pessoa, mas do amor e da misericórdia de Deus para com cada um de nós. Cada um tem uma história marcada pelo pecado, e Deus se utiliza de tudo isso para demonstrar a Sua misericórdia, o Seu amor e o Seu perdão. E qual foi a resposta de Mateus? Foi uma resposta imediata, ou seja, ele se levantou e seguiu Jesus.

Mateus deixa tudo e responde com prontidão. Exemplo de disponibilidade e conversão verdadeira, ou seja, Jesus não veio para chamar justos, mas pecadores.
Prontidão e conversão

E quando Deus nos chama, nós temos que ter essa resposta imediata de Mateus, ou seja, a conversão mostra a nossa disposição em amar a Deus e buscá-Lo de todo o coração. A graça de Deus transforma a nossa vida quando há abertura de coração.

O que Deus espera de mim e de você? Abertura de coração, disponibilidade interior. Foi o que Mateus viveu naquele momento.

Sabendo da sua condição de pecador, ele não teve dúvidas quando Jesus o chamou, ou seja, Jesus come com os pecadores para demonstrar a cada um de nós. Ele veio para nos salvar!
Uma profissão de fé autêntica

Meus irmãos, minhas irmãs, precisamos fazer uma profissão de fé autêntica e dizer: somos pecadores. E porque somos pecadores, Deus se manifesta em bondade e misericórdia.

Que Deus o alcance neste momento que você está escutando essa homilia, para que você se sinta como Mateus: acolhido, amado e chamado por Deus.

Que Ele o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Padre Ricardo Rodolfo
Sacerdote da C. Canção Nova


Antiga tradição diz que são Tomé ordenou bispos os Reis Magos

Imagem ilustrativa. | Pixabay / Domínio público.

Segundo uma antiga tradição cristã, os Reis Magos citados por são Mateus no segundo capítulo do seu Evangelho, poderiam ter sido ordenados bispos pelo apóstolo são Tomé.

Citado pela Catedral de Colônia (Alemanha), onde estão guardadas as relíquias dos Reis Magos, Dr. Klaus Hardering, formado em história da arte, faz referência a esta história que remonta a antes do século XIV e que ficou expressa em obras de arte antigas.

De fato, na obra conhecida como Cancela dos Reis Magos, exposta na Catedral de Colônia, é possível ver diferentes momentos da vida daqueles que também ficaram conhecidos como os “sábios do oriente”.

"As duas primeiras cenas ilustram dois acontecimentos narrados na Bíblia: a visão da estrela e a adoração dos Reis Magos. As cenas posteriores, que são a consagração episcopal dos Reis Magos pelo apóstolo Tomé e a sua sepultura, são retiradas de lendas surgidas sobre eles em Colônia com data anterior a 1340".

As três últimas cenas da Cancela dos Reis Magos "mostram as diferentes estações que as relíquias" dos homens sábios do Oriente "percorreram na sua longa viagem para Colônia, via Constantinopla e Milão".

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A tradição antiga afirma que, após a morte de Cristo, São Tomé viajou para o Oriente e se encontrou com os Reis Magos, batizou-os e os ordenou bispos. Todos os três acabariam morrendo como mártires.

Santa Helena, mãe do imperador Constantino, encontrou as relíquias dos Reis Magos no início do século IV e as levou para Constantinopla, atual Istambul (Turquia).

Três séculos mais tarde, Santo Eustórgio, bispo de Milão (Itália), viajou a Constantinopla para o imperador aceitar sua nomeação episcopal e recebeu como presente as relíquias dos Reis Magos.


Em 1161, o imperador Frederico I de Hohenstaufen, conhecido como Barbarossa, sitiou Milão e ameaçou matar o seu prefeito. O Arcebispo de Colônia e chanceler do imperador, Rainald von Dassel, negociou as relíquias, guardadas em um convento, pela vida do governante local.

Foi assim que as relíquias foram levadas para Colônia, onde estão até hoje.


Santa Isabel de Portugal


Isabel foi a terceira filha do rei de Aragão (Espanha), Pedro III, nascida em 1271. Foi criada pelo avô, Tiago (ou, Jaime) I, “O Conquistador”, convertido ao cristianismo e levando uma vida voltada para a fé, que a formou santamente. Sua tia-avó foi Santa Isabel da Hungria, e, como ela, era devota de São Francisco de Assis, empenhada em ajudar os pobres e necessitados.

Com apenas 12 anos foi pedida em casamento por três príncipes, e seu pai escolheu Dom Diniz, herdeiro do trono de Portugal. Já demonstrava então uma personalidade forte, mas doce, e foi reconhecida como uma das mais belas rainhas de Portugal e Espanha, além de muito inteligente e culta. Soube igualmente ser ótima diplomata. Era sobretudo uma mulher de oração e com a vida centrada na Eucaristia.

Teve dois filhos, Constância, futura rainha de Castela (Espanha) e Afonso (IV), futuro rei de Portugal. O esposo lhe era notoriamente infiel, trazendo-lhe grande pesar e humilhação; apesar disso, manteve-se serena e fiel ao seu matrimônio, criando inclusive, com toda a caridade, os filhos ilegítimos do rei.

Exerceu sozinha uma maravilhosa atividade pacificadora entre as cortes portuguesa e espanhola da época, onde as brigas pelo poder se multiplicavam; começou, logo no início do casamento, pela conciliação entre o esposo e o seu irmão que lhe disputava a coroa. Também teve que lidar com o comportamento belicoso do filho. Foi caluniada por um cortesão que a desejava mas não foi correspondido, e sofreu muito até que a sua inocência fosse incontestavelmente provada.

Mas a sua piedade e vida de oração a tudo venceram. Por sua atividade espiritual, acabou por conquistar paz e benefício para o reino, e o reconhecimento de todos. Diariamente assistia à Missa; recitava o Ofício Divino desde os oito anos, acrescentando depois a recitação diária dos Salmos Penitenciais, bem como outras devoções à Virgem Maria e aos santos.

Particularmente destacada era a sua devoção à Nossa Senhora da Conceição, que patrocinou e propagou, de modo que, por meio de Isabel foi celebrada pela primeira vez a Sua festa, em 8 de dezembro de 1320; também Isabel a escolheu como padroeira da nação portuguesa – o que influenciou de forma direta, posteriormente, também a Sua devoção e patronato no Brasil (Nossa Senhora da Conceição Aparecida).

Foi rainha e nobre, igualmente e de modo mais importante, na caridade com os pobres. Protegeu todo tipo de necessitados, principalmente com suas posses e no cuidado dos doentes. Tratava pessoalmente dos leprosos mais repugnantes, medicando suas chagas e lavando suas roupas. E não poucos eram os doentes que saíam de sua presença inteiramente curados. Encaminhava para uma vida digna os órfãos e viúvas; providenciava digna sepultura e mandava celebrar Missas em sufrágio das almas dos abandonados. Quando ela saía no paço real, uma multidão de desvalidos lhe pedia ajuda, e todos eram generosamente atendidos.

Em 1314 refundou o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes. Em 1321 fundou em Santarém o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, que acolhia crianças abandonadas pelos pais. E em 1324, ficando doente seu esposo, o infiel rei Diniz, cuidou também dele, até sua morte no ano seguinte.

Viúva, Isabel abdicou dos seus títulos de nobreza, doou sua fortuna para obras de caridade, depositou sua coroa no altar de São Tiago de Compostela e recebeu o hábito da Ordem Terceira Franciscana no Mosteiro das Clarissas, em Coimbra. Dedicou-se a uma vida de oração, piedade, pobreza, mortificação e cuidado dos pobres e doentes. Em 1336, enferma, saiu do mosteiro para, mais uma vez, encontrar-se com o filho Afonso e conciliar disputas familiares. Faleceu no mesmo ano, em Estremoz, distrito de Évora, Portugal, a quatro de julho, sendo sepultada no seu mosteiro em Coimbra.

Seu corpo permaneceu incorrupto, exalando um bálsamo perfumado, e inúmeros milagres foram obtidos junto a ele. Por isso seus descendentes intercediam pelo aceleramento do processo de canonização; mas, já no século XVII, o então Papa Urbano VIII, por prudência, havia estabelecido que ele mesmo jamais haveria de canonizar alguém, de modo a que o tempo e estudos pormenorizados pudessem garantir a verdade em tais processos.

Apenas por educação e cortesia, aceitou uma imagem de Isabel, enquanto os fiéis rezavam incessantemente a Deus pela canonização. Mas, ficando gravemente doente, e lembrando-se do que se falava das curas intermediadas por Isabel, encomendou-se a ela. No dia seguinte, acordou curado. Tornou-se assim seu devoto e a canonizou (em 1625), sendo esta a única canonização do seu pontificado de 21 anos.

Santa Isabel é padroeira de Portugal e reconhecida como “rainha santa da concórdia e da paz”.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Santa Isabel de Portugal, esposa, rainha, mãe, religiosa, serva; cultivou ao longo da vida a oração, conciliação, perdão, caridade, devoção. Por isso foi esposa da oração, rainha da conciliação, mãe do perdão, devota da religiosidade e serva da caridade. Em qualquer papel que se exerça nesta vida, é preciso como ela ter o alimento da Eucaristia, e conceber Nossa Senhora como Aquela que nos aparece para conduzir na inocência do corpo e da alma. Assim seguiremos o seu exemplo de sustentar com o que temos o patrocínio das boas obras, propagar a cura dos males, que é o Cristo, e fundar um edifício sólido de espiritualidade onde possamos nos recolher definitivamente em Deus.

Oração:

Deus Rei do Universo, cuja Majestade enobrece os Vossos filhos e as nações, concedei-nos por intercessão de Santa Isabel de Portugal, como Vós realeza que serve, seguir em espírito este mesmo exemplo, depositando nesta vida uma coroa de obras de caridade diante do Vosso altar, para, como imagem benéfica aos irmãos, mantermos a alma incorrupta, exalando o bonus odor Christi que desejais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Conselho do Fundo Nacional de Solidariedade aprova 45 projetos voltados à Ecologia Integral


A primeira reunião de avaliação de projetos do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) em 2025 foi realizada no dia 30 de junho, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Ao todo, 45 iniciativas foram aprovadas para receber recursos da Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2025, que tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e lema “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31).

Nesta etapa, foram inscritos 231 projetos, dos quais 141 foram pré-analisados e 65 submetidos à análise do Conselho Gestor do Fundo. Os 45 aprovados receberão, juntos, R$ 1.413.408,79 para execução das ações. Outros 17 projetos foram indeferidos por não atenderem aos critérios do edital e 3 aprovados ainda aguardam complementação de informações.


Destaques da análise
O maior número de projetos aprovados está no eixo 3 do edital, que trata da formação para uma ecologia integral, com 24 iniciativas aprovadas. Em seguida, o eixo 2 — economia alternativa e transição energética — teve 18 projetos aprovados, e o eixo 1 — apoio a vítimas de catástrofes e crimes ambientais e ações de restauração ambiental — teve 3 projetos aprovados.

Minas Gerais lidera entre os estados com o maior número de projetos aprovados (15). Também foram contempladas iniciativas dos estados do AM (5), RS (5), TO (3), CE (2), DF (2), PI (2), PR (1), SP (2), ES (1), GO (1), MA (1), MT (1), RJ (1), RO (1), SC (1), SE (1).

Novos prazos para inscrição
A próxima etapa de avaliação do Conselho Gestor será em 25 de agosto. O período de envio de novos projetos vai de 1º de julho a 1º de agosto. A terceira reunião do Conselho está marcada para 22 de setembro, e uma quarta reunião acontecerá em 17 de novembro para análise de remanescentes.

Ecologia integral e transformação social
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, destacou que os projetos aprovados estão alinhados aos objetivos da Campanha da Fraternidade, mesmo diante do desafio que algumas entidades ainda têm de adequar suas propostas ao conceito de ecologia integral.

“Os projetos aprovados são expressivos, bem estruturados e trarão grandes benefícios para a ecologia integral em nosso país”, afirmou.

Entre os projetos mencionados, segundo ele, está o da diocese de Parintins (AM), que instalará sistemas de energia solar em barcos missionários — um exemplo concreto de transição energética. Outros projetos envolvem hortas comunitárias, compostagem e ações de formação ambiental em instituições de ensino superior.

Padre Jean também reforçou o compromisso histórico do FNS com a ação social da Igreja:

“Desde 2015, o Fundo administrado pela CNBB já contemplou centenas, talvez milhares de projetos. Em 2024, todos os estados brasileiros tiveram projetos aprovados”.

Ele comparou a Coleta da Solidariedade ao “óbolo da viúva”: “É a moedinha colocada no interior, na capital, que se junta à de tantos outros e transforma vidas”.

Novo membro do Conselho
A reunião marcou também a acolhida do novo ecônomo da CNBB, padre Felipe Lima, da arquidiocese do Rio de Janeiro. Participando pela primeira vez do encontro do Conselho Gestor, padre Felipe comparou a atuação do Fundo à multiplicação dos pães:

“O pouco de muitos faz com que os projetos deem frutos. A reunião me deixou feliz por ver o desejo de transformação social e cultural que pulsa em tantas comunidades do Brasil”.

Ele ainda destacou a importância das próximas etapas de inscrição:
“Ainda teremos outras reuniões neste ano para analisar novos projetos. A generosidade das comunidades precisa se converter em ações concretas que alcancem os corações que anseiam por transformação”.
Saiba mais

Projetos podem ser apresentados por qualquer entidade com CNPJ ativo — paróquias, dioceses, organizações da sociedade civil — desde que estejam em sintonia com os valores do Evangelho e o conceito de ecologia integral proposto pelo Papa Francisco. Todas as informações e o edital completo estão disponíveis no site do Fundo Nacional de Solidariedade (aqui).

Veja as fotos da reunião (aqui).



Em 9 de julho, a primeira missa pela proteção da Criação celebrada pelo Papa


Foram apresentadas, na Sala de Imprensa da Santa Sé, as leituras bíblicas da celebração eucarística "pela custódia da Criação". Elas serão feitas na quarta-feira por Leão XIV, em Castel Gandolfo, no Borgo Laudato si'. Cardeal Czerny: "Somos administradores daquilo que Deus nos confiou". Dom Viola: "A Terra nos precede e nos foi dada".

Isabella Piro – Vatican News

Na próxima quarta-feira, 9 de julho, Leão XIV presidirá uma missa privada em Castel Gandolfo, no Borgo Laudato si’, e usará pela primeira vez o novo formulário de orações para a missa "pela proteção da Criação", apresentado nesta quinta-feira, 3 de julho, na Sala de Imprensa da Santa Sé. O encontro com os jornalistas contou com a presença do cardeal jesuíta Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, e do arcebispo franciscano dom Vittorio Francesco Viola, secretário do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Um trabalho iniciado durante o Pontificado de Francisco
O formulário, que segundo os palestrantes tinha sido iniciado durante o Pontificado de Francisco, graças também a colaborações entre os dicastérios, será adicionado às Missas “pro variis necessitatibus vel ad diversa” do Missal Romano, que já contém 49 Missas e Orações para diferentes necessidades e ocasiões: 20 dizem respeito à Igreja, 17 a necessidades civis e 12 a diversas circunstâncias.

Dois aniversários importantes
Os novos textos, explicou o cardeal Czerny, se encaixam no contexto de dois aniversários importantes: a “Mensagem revolucionária para o Dia Mundial da Paz”, assinada por São João Paulo II há trinta e cinco anos, em 1990, e intitulada “Paz com Deus Criador, paz com toda a Criação”; e o décimo aniversário da Encíclica Laudato si’ sobre o cuidado da Casa comum, assinada pelo Papa Francisco em 2015 e que se refere a uma “ecologia integral” e não “superficial ou aparente”.

A criação sempre presente na liturgia católica
Há, no entanto, uma ênfase a ser feita, acrescentou o cardeal, ou seja, que “a criação não é um tema que se acrescenta, mas está sempre presente na liturgia católica”. Porque “a Eucaristia une o céu e a terra, abraça e penetra toda a criação. E quando é celebrada, todo o cosmos dá graças a Deus”. O novo formulário, portanto, pretende ser “um apoio litúrgico, espiritual e comunitário para o cuidado que todos devemos ter com a natureza, nossa Casa comum”.

Chamados ao respeito e à responsabilidade
Trata-se, reiterou o cardeal Czerny, de “um grande ato de fé, esperança e caridade”, um convite a “responder com cuidado e amor, num crescente sentido de admiração, respeito e responsabilidade”. De fato, somos todos “chamados a ser administradores fiéis daquilo que Deus nos confiou em nossas escolhas diárias e nas políticas públicas, bem como na oração, no culto e na nossa forma de viver no mundo”, concluiu o cardeal.

Todos os domingos se celebra “uma nova criação”
O arcebispo Viola, em seu discurso, também lembrou que “a liturgia celebra o mistério da criação em cada momento do ano litúrgico”: por exemplo, na Vigília Pascal, a primeira leitura é a história da criação (Gn 1,1-2,2); na celebração de cada sacramento, como o batismo, reza-se a oração de bênção da água; na Liturgia das Horas, “o tema da criação está muito presente”. “Na experiência cristã, o domingo é, antes de tudo, uma festa pascal, totalmente iluminada pela glória de Cristo ressuscitado. É a celebração da ‘nova criação’”.

Promover a consciência sobre a proteção da criação
Tudo isso, explicou o secretário do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, “promove o crescimento da consciência sobre a importância da proteção da criação, cujo significado profundo se revela no Mistério Pascal que a celebração torna presente”. Porque hoje, “também graças ao ensinamento do Papa Francisco, estamos mais conscientes de que nos encontramos numa situação de grave crise ecológica e ambiental”.

As Rogações e as Quatro Têmporas
Uma importância particular à criação, acrescentou o prelado, é dada pelas Rogações e pelas Quatro Têmporas, ou seja, as quatro séries de três dias de jejum e abstinência, instituídas pela Igreja e celebradas no início das quatro estações do ano. De agora em diante, serão "regulamentadas pelas Conferências Episcopais, tanto em relação ao tempo quanto à forma de celebrá-las", para que se adaptem "às diferentes situações locais e às necessidades dos fiéis".

“Nós não somos Deus”
No discurso de dom Viola, o chamado à responsabilidade foi claro: “Nós não somos Deus. A Terra nos precede e nos foi dada”, explicou. “Hoje, devemos rejeitar com veemência a ideia de que, do fato de termos sido criados à imagem de Deus e do mandato de subjugar a Terra, se possa deduzir um domínio absoluto sobre as outras criaturas.” De fato, guardar “significa proteger, cuidar, preservar, conservar, zelar. Isso implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza. Cada comunidade pode tirar da bondade da Terra o que necessita para sua própria sobrevivência, mas também tem o dever de protegê-la e garantir a continuidade de sua fertilidade para as gerações futuras.”

O pecado se manifesta nas guerras e atentados contra a natureza
Hoje, porém, “a harmonia entre o Criador, a humanidade e toda a criação foi destruída porque pretendemos tomar o lugar de Deus, recusando reconhecer-nos como criaturas limitadas”, tanto que “o pecado se manifesta com toda a sua força destruidora nas guerras, nas várias formas de violência e maus-tratos, no abandono dos mais frágeis, nos ataques contra a natureza”. Pelo contrário, concluiu dom Viola, “a harmonia com todas as criaturas só pode nascer de uma experiência de reconciliação que torne possível a comunhão com Deus e com os irmãos”.

O que diz o Decreto
No Decreto do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos – aprovado por Leão XIV e datado de 8 de junho, Solenidade de Pentecostes – enfatiza-se que “o mistério da criação”, “sinal da benevolência” do Senhor, “como um tesouro precioso, deve ser amado, protegido e, ao mesmo tempo, promovido, bem como transmitido de geração em geração”. Em vez disso, “neste tempo, parece evidente que a obra da criação está seriamente ameaçada pelo uso irresponsável e pelo abuso ​​dos bens que Deus confiou aos nossos cuidados”. Portanto, por esta razão foi elaborado um formulário específico.

Formulário e leituras bíblicas
Em seguida, são dadas algumas indicações: por exemplo, para a oração da coleta, se invocará o Senhor... para que “guardemos com amor a obra de Tuas mãos”; enquanto após a comunhão, se rezará para que “enquanto esperamos novos céus e uma nova terra, aprendamos a viver em harmonia com todas as criaturas”.

Quanto às leituras bíblicas da celebração, do Antigo Testamento sugere-se o trecho do Livro da Sabedoria (13,1-9), no qual são considerados “vãos” os homens que não reconhecem Deus em suas obras; para o Salmo, cita-se o número 18, “Os céus proclamam a glória de Deus”, e o número 103, “Alegre-se o Senhor em todas as suas criaturas”; enquanto do Novo Testamento indica-se um trecho da Carta de São Paulo Apóstolo aos Colossenses (1,15-20), no qual se diz: “Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis”.

Duas passagens do Evangelho de Mateus
Por fim, há duas passagens do evangelista Mateus: na primeira (6, 24-34), Jesus convida a olhar para as aves do céu, que “não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros”, mas são alimentadas pelo “Pai celestial”, e a observar os “lírios do campo”, que “não trabalham nem fiam”, mas estão vestidos de glória, mais do que os reis. A segunda passagem do Evangelho (8, 23-27) é a do Filho de Deus que “repreendeu os ventos e o mar, e houve grande bonança”.

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EVANGELHO D DIA (Jo 20,24-29)

ANO "C" - DIA: 03.07.2025
13ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERMELHO)
MARTÍRIO DE SÃO TOMÉ-APÓSTOLO

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que creem sem ter visto.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

24 Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!". Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei." 26 Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". 27 Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". 28 Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29 Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!"

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Dá-me uma fé viva"

Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois. Vimos o Senhor, mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei” (João 20,24-29).
Tomé e a busca sincera por uma experiência com o Ressuscitado

Hoje, comemoramos a festa do apóstolo São Tomé, um apóstolo ausente, ou seja, ele não estava nas primeiras aparições de Jesus. E por isso fez todo esse questionamento, querendo tocar, querendo ver. Tomé nos mostra, diante de um ditado popular, que nós somos como ele, ou seja, precisamos ver para crer. Mas isso não é verdade.

Um homem de fé?
Tomé é um homem extremamente de fé, e nós vamos tentar trazer aqui esses pontos. Tomé representa aqueles que têm dificuldade em crer sem ver. É uma experiência comum, humana, e todos nós passamos por isso, mas não quer dizer que nós não temos fé. É algo da nossa natureza, toca a nossa humanidade.

A dúvida de Tomé “se eu não vir, não acreditarei” não é uma negação arrogante de Tomé, mas um desejo sincero de ter uma experiência pessoal com o Ressuscitado.

Um caminho para a fé?
É diferente, meus irmãos, Tomé aqui não está sendo arrogante a ponto de querer sinais para acreditar. É um desejo sincero de ver Jesus, de vê-Lo ressuscitado, glorioso. A dúvida pode ser um caminho para a fé.

Meus irmãos, aqui está o ponto importante deste Evangelho de São Tomé. Para chegar à fé é preciso questionar, é preciso ter dúvida, é preciso até mesmo desafiar a nossa inteligência, porque a fé é um desafio contra a nossa natureza humana, que, com a inteligência, muitas vezes nós não vamos tocar no sobrenatural de Deus.

Então, a dúvida de Tomé leva a uma fé mais madura, ou seja, se for vivida com sinceridade.

Meus irmãos, nós temos que ter essa coragem de não duvidar por duvidar, porque Maria também, quando o anjo foi anunciar a ela que seria a Mãe do Salvador, ela questionou, ela teve dúvida, ela perguntou.

E depois que o anjo esclarece tudo aquilo, Maria diz: “Eis-me aqui, faça sem mim conforme a vossa vontade”, ou seja, Tomé é alguém que quer experimentar Jesus verdadeiramente.

A paciência Divina e a fé madura
Termino dizendo: Jesus respeita o caminho de Tomé, ou seja, mostra que Deus é paciente e se deixa encontrar por quem o busca de coração. Tomé buscou Jesus de todo o coração.

Que Deus nos abençoe e que Ele nos dê uma fé madura, capaz de aprofundar a nossa experiência com Deus; e que Ele nos abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Padre Ricardo Rodolfo
Sacerdote da C. Canção Nova