Como a Renovação mudou a vida de Fulvio Bresciani
O Pe. Fulvio Bresciani recebeu ZENIT em
Rímini neste 30 de abril, durante a Convocação Nacional dos Grupos e
Comunidades da Renovação Carismática na Itália.
A perda do pai o afastara de Deus e da
Igreja. Fulvio tornou-se um jovem comunista que "realmente acreditava no
comunismo", sublinha ele. "Eu estava convencido de que o comunismo iria
mesmo mudar o mundo".
Trabalhou duro panfletando pelo
comunismo. Tornou-se secretário da Federação Italiana dos Jovens
Comunistas, em Brescia. Foi promovido ao secretariado nacional do
partido. Estudava como recrutar os jovens. Estava preocupado com os
movimentos católicos, que roubavam membros dos comunistas. Tinha que
entender como os católicos atraiam os jovens. Foi designado para estudar
e espionar a Renovação Carismática. O professor de religião, salesiano,
o convidava para as reuniões. Fulvio foi. Queria aprender os seus
segredos e acabou conquistado.
Ele foi recebido com carinho. Ninguém
lhe perguntou de que lado ele estava. Falaram de Jesus e da revolução
cristã. Testemunharam que poderiam viver em amizade fraterna, livres de
medos e de ideologias.
O que parecia um conjunto de certezas
políticas de aço começou a vacilar. Fulvio ia cada vez menos ao partido e
cada vez mais à Renovação. O partido começou a espioná-lo, mas Fulvio
não tinha nada para esconder: ele ficara fascinado por Cristo.
Fulvio tornou-se motorista, assessor e
amigo de dom Dino Foglio, que estava fundando comunidades da RCC por
toda a Itália. Durante uma reunião, ele pediu que Fulvio contasse a sua
história e depois lançou um apelo para a juventude dar a vida a Cristo.
Mais de trezentos jovens se levantaram e começaram a jornada para se
tornarem sacerdotes e religiosos. Destes, 190 atingiram o objetivo.
Entre eles, uma menina, que entrou nas Irmãzinhas de Jesus de Charles de
Foucauld e agora é a superiora geral. A mensagem da RCC fascina os
jovens. É um carisma que não nasce de um ser humano, e que prepara o
caminho para o Espírito Santo trabalhar.
O carisma do movimento é baseado em três
atrações: a palavra de Deus, a oração e a alegria. Desde o início, a
RCC teve confiança na Igreja e nos bispos e paixão pela palavra prática
dos sacramentos, pela oração constante e alegre, sem impor nada. "A RCC
foi criada por uma ação do Espírito Santo, que está na Igreja, e obedece
à Igreja", diz Fulvio.
Fulvio fez o serviço militar. Na volta,
ia se casar. A data estava marcada. Mas naquele ano, ele compartilhara
com os companheiros soldados todo o bem que recebera. Falava de Jesus,
dava conselhos e procurava Deus. Muitos que o conheceram se converteram.
Formaram família e batizaram os filhos. Fulvio falou com a namorada e
explicou-lhe que Deus queria algo mais para ele. E, ao voltar do serviço
militar, entrou para o seminário.
De acordo com o padre Fulvio, a tarefa
das comunidades da Renovação Carismática Católica não é criar seminários
de acordo com a sua própria espiritualidade. É criar comunidades que
nutram as vocações. O centro da cultura de Pentecostes da RCC se baseia
no sacramento da confirmação, porque, afirma o Pe. Fulvio: "Se o
Espírito está em nós, podemos ser soldados de Cristo a serviço da
Igreja".
Fonte: Zenit
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