
ANO A - DIA 01/01/2014 - Oitava da Páscoa (cor branca)
"Os pastores e os anjos"
Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino. Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam. Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. [...] No oitavo dia, quando o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe.
COMENTÁRIOS
"O Verbo assumiu nossa humanidade"
Hoje, ao comemorarmos o início do ano civil, celebramos a solenidade litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus. A expressão “mãe de Deus” é, num primeiro momento, ambígua, pois poderia afirmar a precedência de Maria em relação ao Verbo eterno de Deus. No entanto, o Concílio de Éfeso (431) declara que Maria é a theotókos (mãe de Deus) “segundo a carne”. A cada Ave-Maria, repetimos a afirmação da maternidade divina de Maria ao dizermos: “Santa Maria, mãe de Deus”. Nesse sentido, o dogma da maternidade divina de Maria é um apoio para a afirmação de que o Verbo assumiu a nossa humanidade (cf. Jo 1,14). O texto do evangelho deste dia é parte dos assim chamados relatos da infância (Lc 1–2), dos últimos relatos evangélicos a serem escritos. A menção dos “pastores” destinatários do anúncio dos anjos, que “às pressas” vão à Belém, é um modo de afirmar a universalidade da salvação de Deus e, por isso, que ninguém está excluído dessa graça oferecida no Verbo encarnado, nascido para a vida de todo ser humano. A atitude de Maria, modelo do discípulo, nos põe diante da exigência do seguimento de Jesus Cristo: contemplação e escuta do Mistério de Deus são condições indispensáveis para fazer a vontade de Deus.
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