
Ano B - DIA 27/06/2015
12ª semana do Tempo Comum (verde)
"Vou curá-lo!"
Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele, suplicando: “Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais”. Ele respondeu: “Vou curá-lo”. O centurião disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado. Pois eu, mesmo sendo subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens; e se ordeno a um: 'Vai", ele vai, e a outro: 'Vem!', ele vem; e se digo ao meu escravo: 'Faze isto!', ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: "Em verdade vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé. Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão lançados fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". Então, Jesus disse ao centurião: “Vai! Conforme acreditaste te seja feito”. E naquela mesma hora, o criado ficou curado. Entrando na casa de Pedro, Jesus viu a sogra deste acamada, com febre. Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo. Ao anoitecer, levaram a Jesus muitos possessos. Ele expulsou os espíritos pela palavra e curou todos os doentes. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele assumiu as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.
Comentários
"A universalidade da salvação trazida por Jesus"
Neste episódio, presente também nos evangelhos de Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), a finalidade é afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra de Jesus, que o cristão deve imitar. Essa fé contrasta com a incredulidade de Israel e a sua dureza de coração. Pela fé, o centurião, que é pagão, pôde experimentar o poder vivificante da palavra de Jesus, que realiza o que ela enuncia, porque comunica o sopro do Espírito que faz viver. O centurião reconhece a autoridade de Jesus ao confessar-se indigno de recebê-lo em sua casa. Aquele pagão não exigia de Jesus nenhum gesto; bastava-lhe a palavra que ele cria não encontrar na distância uma barreira para a sua realização. A palavra dá a vida, do mesmo modo que a Palavra de Deus transformou a desordem do caos na beleza do universo. Uma fé expressa desse modo, o Senhor jamais havia encontrado em todo o Israel. A cura do servo do centurião serve para afirmar a universalidade da salvação de Deus. O Senhor escuta a súplica de todos os povos e não somente de Israel, pois ele não faz distinção de pessoas. Por sua vez, a fé incondicional do centurião deve ser imitada pelos discípulos de Jesus Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: www.paulinas.org.br
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