ANO "A" - DIA: 25.11.2017
33ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”.
34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.
37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIOS:
"Busquemos as coisas do Céu"
A vida eterna é participarmos da salvação eterna, para vivermos para sempre com Deus no Céu
“Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento, e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram” (Lucas 20,34-36).
Toda a questão, do Evangelho de hoje, é porque os saduceus não creem na ressurreição, eles negam a ressurreição, e por isso criam essa situação que parece, de início, complexa porque uma mulher se casa com sete irmãos, um atrás do outro e não tem filhos com nenhum deles. A pergunta feita é: “Na vida futura ela será mulher de quem?”.
Olhamos à vida, na dimensão humana em que ela se encontra, e achamos que tudo que vivemos na humanidade será a nossa eternidade. A questão de se casar, de gerar filhos é uma condição da vida presente, é um elemento da vida humana aqui na terra.
A ”vida futura” não tem os mesmos pressupostos da vida terrena. Há muitos questionamentos em relação a eternidade, um desses é se nos conheceremos ou reconheceremos uns aos outros, entretanto, quem vai para a eternidade somos nós e não a outra pessoa, e a pessoa que vai para a eternidade, irá a partir daquilo que ela viveu aqui na terra.
A eternidade começa agora, está no meio de nós. Já participamos da vida futura quando levamos a nossa vida em Deus, ou deixamos de participar dela, quando não a levamos em Deus.
Quando digo “vida futura”, refiro-me a vida eterna, a bem-aventurança eterna. A vida eterna é participarmos da salvação eterna, é para vivermos para sempre com Deus no Céu, como Ele nos convida a viver.
Não podemos transferir os pressupostos da vida humana e terrena, para a vida celestial. Por isso a explicação de Jesus é essencial para compreendermos isso: os homens e as mulheres se dão em casamento aqui na terra. O casamento não é uma coisa eterna, é até que a morte os separe. Não é assim que nós escutamos na bênção matrimonial? Pois, o casamento único, definitivo, pleno e eterno é com Deus, com a eternidade, é com Jesus, o Noivo de toda a “Igreja”, que é cada um de nós.
Mas, se não levamos uma vida interior, uma vida mística, de relação com Deus, não conseguiremos ter comunhão com a eternidade. E vamos olhar à vida, a partir dos pressupostos terrenos, humanos e mundanos, e assim, a reduzimos a uma condição terrena.
Quem vive dos prazeres da vida, não consegue imaginá-la sem eles, isso porque só conhece os prazeres terrenos, não sabe qual é o prazer da eternidade. Quem não procura ter relação com Deus, não sente sabor pelas coisas d’Ele, não cria gosto pelo Céu e nem pelas coisas do Céu.
Muitas vezes, nos deixamos enganar, por uma mentalidade humana e mundana, que prega a reencarnação: o voltar para essa terra e viver, novamente, os prazeres; assim, não voltamos para o ”prazer” celeste e eterno.
Se Deus nos deu a graça de saborearmos as coisas aqui da terra e nos maravilhamos, não sabemos qual é o sabor que nos aguarda as coisas do Céu, o que Deus tem reservado em ”chaves de ouro” para nós.
Busquemos as coisas do Céu, porque é lá que Deus nos espera.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Canção Nova
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