A viagem
missionária de conhecimento da Amazônia dos Bispos Católicos Brasileiros
teve como objetivo: divulgar as atividades desenvolvidas pelas Forças
Armadas Brasileiras, Dioceses e Prelazias na Amazônia Ocidental. Um
conhecimento mútuo entre as autoridades eclesiásticas e as Forças
Armadas Brasileiras presentes na Amazônia.
É necessário
conhecer melhor a Amazônia brasileira, tão rica e significativa para as
presentes e futuras gerações deste nosso amado Brasil.
Todos os
Arce/Bispos viajaram na condição de convidados do Ministério da Defesa,
na pessoa do Exmo. Sr. Ministro da Defesa, Celso Amorim, hóspedes do
Exército Brasileiro e das Dioceses locais. Foram: Dom Osvino José Both -
Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil - Brasília-DF, Dom José
Francisco Falcão de Barros - Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do
Brasil - Brasília-DF, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena - Bispo de
Guarabira-PB, Dom Itamar Vian - Arcebispo de Feira de Santana-BA, Dom
Genival Saraiva de França - Bispo de Palmares-PE, Dom Friedrich Heimler -
Bispo de Cruz Alta-RS, Dom José Clemente Weber - Bispo de Santo
Ângelo-RS, Dom Juarez Souza da Silva - Bispo de Oeiras-PI, Dom Philip
Dikmans - Bispo de Miracema-TO, Dom Vartan Waldir Boghossian - Bispo de
Rito Armênio - São Paulo-SP, Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de
Uberaba-MG e Dom Manoel João Francisco - Bispo de Chapecó-SC.
Além dos
Arce/Bispos, a comitiva de apoio: CelInf RI Paulo Sérgio Ribeiro,
TenCelAv Marcos Vinício Dupont, SC Airton de Araújo Sena, SC Brenda
Joyce Mendes Lima (Jornalista), SO-ES (FN) e José Carlos da Silva
(Fotógrafo). A viagem foiorganizada pelo Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas do MD (EMCFA), contou com o apoio logístico das três
instituições militares: hospedagem a cargo do Exército e Dioceses,
transporte por conta da Força Aérea, além do Navio Patrulha Fluvial
Pedro Teixeira, da Marinha, que ajudou no deslocamento do grupo.
A comitiva
partiu da Base Aérea Brasileira (Brasília-DF, 27/08/2012), passou pela
Serra do Cachimbo(PA), Manaus(AM), Boa Vista-RR (28/08/2012), São
Gabriel da Cachoeira-AM (29/08/2012), Tefé-AM (30/08/2012), Tabatinga-AM
(31/08/2012), Vila Bitencourt-AM (31/08/2012), Porto Velho-RO
(01/09/2012), Manaus-AM (02-04/09/2012), Serra do Cachimbo-PA e
Brasília-DF (04/09/2012). Em cada cidade, celebração de missa com a
participação dos moradores, visitas, palestras, formaturas nas Brigadas
de Infantaria de Selva, conhecimento de atividades missionárias da
Igreja Católica com a população carente e indígena das regiões.
Os Arce/Bispos foram recepcionados pelos comandantes das unidades militares, que, na ocasião, apresentaram a área de jurisdição dos quartéis, suas operações realizadas e ações cívico-sociais (Acisos), iniciativas que levam à região serviços básicos, como atendimento médico-odontológico, promovem a distribuição de medicamentos e realizam benfeitorias às populações ribeirinhas .
O município de
São Gabriel da Cachoeira(AM) convive constantemente com a presença do
Exército. Na cidade, o Hospital Militar da Guarnição, instituição de
saúde da Força, atende mais pacientes civis da população gabrielense do
que os próprios militares e seus dependentes.
O general Paulo
Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante da 16ª Brigada de Infantaria de
Selva, com sede em Tefé, avaliou a viagem missionária como a propagação
“daquilo que o Exército faz tão bem na região amazônica”. Para ele, foi
“um grande ganho para a brigada a divulgação da problemática da atuação
do Exército numa área tão prioritária, bonita e rica que é a nossa
Amazônia”.
O PEF da Vila
Bitencourt, Distrito do município deJapurá(AM), fronteira com a
Colômbia, com 485 habitantes, abriga 60 militares do Pelotão especial de
Fronteira (PEF). Está subordinado ao Comando de Fronteira Solimões, do
8º BIS, quartel do Exército situado em Tabatinga (AM). O acesso até o
local somente pode ser feito por avião ou barco. Pela primeira vez os
Bispos visitaram o distrito. Na visão de Dom Osvino, responsável pela
coordenação da viagem, os Bispos “perceberam até onde as Forças alcançam
em uma comunidade tão distante com militares guardando firmes e fortes a
fronteira brasileira”. Durante os contatos com as famílias dos
militares, formatura, Celebração da Palavra, a potiguar, da cidade de
Parelhas, Lucilene da Silva, de 35 anos, esposa do sargento Francilúcio
Ferreira Soares, residente na Vila há dois anos, relata: “Não temos
padre, mas se tivesse seria bem melhor, porque ajudaria as pessoas a
manterem uma convivência de união e de fraternidade e aqui não
sobreviveríamos sem a ajuda do Exército e da Força Aérea”. Cabe à
Aeronáutica o transporte de suprimentos e medicação para a manutenção
das famílias militares, enviados pelo 8º Batalhão de Infantaria de
Selva.
A
comitiva visitou o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Santo
Antônio, em Porto Velho(RO), localizada no Rio Madeira. Conheceu o grupo
gerador um, onde as primeiras quatro turbinas já estão gerando energia
para Rondônia e Acre. Foramapresentado os demais grupos geradores,
vertedouros, sistema de transposição de peixes, alojamentos,
restaurantes, cozinha industrial, viveiro, estação de tratamento de
esgoto e a maquete que retrata o empreendimento concluído. Para Dom
Osvino, a "obra mostra a inteligência do homem quando se junta com a
ciência e a tecnologia. O resultado é o que vemos aqui, uma obra
maravilhosa e necessária para o desenvolvimento do país”, afirmou. E Dom
Vartan expressou: “Não imaginava uma obra tão grandiosa como esta”. A
Santo Antônio Energia é a concessionária responsável pela construção,
operação da usina hidrelétrica Santo Antônio, comercialização da energia
a ser gerada. A usina, que iniciou a geração comercial de energia, em
30 de março de 2012, gerará, a partir de 2016, energia suficiente para
abastecer o consumo de, aproximadamente, 40 milhões de pessoas. O
empreendimento tem investimento de R$ 16 bilhões e é referência em
construção de hidrelétricas sustentáveis. Os acionistas da Santo Antônio
Energia são as empresas Eletrobrás Furnas (39%), Odebrecht Energia
(18,6%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e o Caixa FIP Amazônia
Energia (20%). A usina hidrelétrica Santo Antônio é uma das primeiras
grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo
federal, a entrar em operação.
Os 12 Arce/Bispos
da CNBB tiveram a oportunidade de conhecer a realidade da Amazônia
Ocidental. A missão agora é divulgar essa experiência nos canais
católicos de comunicação, bem como as ações desenvolvidas pelas Forças
Armadas com a população carente no Norte do país e a situação atual das
Dioceses e Prelazias locais. Os Arce/Bispos são considerados pelo
Ministério da Defesa como formadores de opinião.
Foi uma viagem
inesquecível. Um conhecimento indescritível da região, que constitui uma
riquíssima porção do território nacional, desconhecida da maioria do
povo brasileiro. A missão na Amazônia é um apelo para todo o Brasil. A
Igreja tem uma força muita grande na defesa dos índios. Se não fosse a
Igreja, eles já teriam sido dizimados. Os índios são empurrados para
fora de suas terras. Atualmente existe o fenômeno urbano que faz as
cidades crescerem desordenadamente. Manaus(AM) é uma imensa capital, mas
também com uma imensa periferia de pobres. Os povos indígenas,
quilombolas, seringueiros, migrantes, ribeirinhos, apesar dos avanços
sociais, sofrem violências, misérias e esperam da Igreja solidariedade e
apoio. Os grandes projetos que avançam a qualquer custo, como:
hidreléticas e o avanço do agronegócio, destroem a floresta e expulsam
as populações tradicionais.
Diante dos inúmeros desafios sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e eclesiais da realidade amazônica, voltei da viagem missionária muito edificado e sensibilizado. Ví uma Igreja viva e atuante. A vida do povo, a simplicidade e a fé nos encantam. Contudo, uma Igreja necessitada de solidariedade. Vemos uma realidade desafiadora e ameaçadora. Foi sugerido um encontro dos 62 Arce/Bispos, participantes das cinco Viagens Missionárias à Amazônia, com a Comissão Episcopal para a Amazônia e os Bispos da Amazônia, em 2013, durante a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, em Aparecida-SP, para encaminhar ações solidárias com as Igrejas Particulares da Amazônia.
Diante dos inúmeros desafios sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e eclesiais da realidade amazônica, voltei da viagem missionária muito edificado e sensibilizado. Ví uma Igreja viva e atuante. A vida do povo, a simplicidade e a fé nos encantam. Contudo, uma Igreja necessitada de solidariedade. Vemos uma realidade desafiadora e ameaçadora. Foi sugerido um encontro dos 62 Arce/Bispos, participantes das cinco Viagens Missionárias à Amazônia, com a Comissão Episcopal para a Amazônia e os Bispos da Amazônia, em 2013, durante a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, em Aparecida-SP, para encaminhar ações solidárias com as Igrejas Particulares da Amazônia.
"Levantaram-se, voltaram e contaram o que tinha acontecido no caminho" (cf. Lc 24,33.35).
A Amazônia é para todos nós um apelo missionário.
Fonte:diocesedeguarabira.blogspot.com.br
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