sábado, 20 de julho de 2019

Deus não faz o milagre pela metade

Isto é obra do Senhor, um milagre aos nossos olhos 

Vamos começar uma jornada testemunhal sobre os milagres que Deus fez em minha vida e na vida da minha família! Espero que, ao conhecer a nossa história, isso seja bom para você. Desejo de todo o coração que você tenha um encontro pessoal com o Senhor, assim como minha família teve.


Conheci a minha esposa aqui na Canção Nova.

Somos de locais diferentes: ela, de Londrina – PR; eu, de Brasília – DF. Viemos na mesma época para a comunidade. Trilhamos um belo caminho de amizade, partilha e transparência. Nos fizemos acompanhar pela comunidade. Sentimos Deus nos conduzindo um para o outro, abençoando as nossas escolhas, confirmando o nosso mútuo sentimento que, com o passar dos anos, culminou no nosso casamento em novembro de 2007.

O primeiro grande milagre 

Esperamos um tempo que julgamos adequado para ter nossos filhos. Um tempo necessário para nos adaptar em uma vida a dois. Então, no meio de 2008, iniciamos nosso “projeto bebê”. Sabíamos que poderíamos ter certa dificuldade, pois nos exames pré-nupciais foi diagnosticado baixa fertilidade em mim. Por mais esforços que fizemos, meu processo não era mais reversível. No entanto, em outubro, nosso pequeno já estava em gestação. Mas que grande alegria! Um milagre aos nossos olhos!

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Minha esposa ri até hoje da minha expressão de surpresa ao receber o resultado do exame de sangue. Eu acho que não soube reagir à notícia. Fiquei petrificado! Uma mistura de alegria, surpresa, medos… Engraçado ficar sem reação, mesmo sabendo que era isso que estávamos buscando. Uma vida! Co-criação com Deus! Uma misturinha nossa!

Lá estava eu, sem saber o que esboçar. Minha esposa estava emocionada e não esperava a minha estagnação! Depois de alguns instantes assim, retomei o controle da minha confusão interior e percebi a decepção que minha esposa estava tendo da minha falta de posicionamento. Soltei o sorriso e a festa que estava já sendo sonhada por nós, levantei-me e dei-lhe um abraço, agora, também, emocionado!


Depois de espalharmos a notícia entre nossas famílias e irmãos de comunidade, mais do que depressa nos dirigimos aos cuidados médicos necessários que essa condição exige. Fomos muito bem assistidos. Buscamos fazer exatamente o que nos era pedido, afinal, já se iniciava nossas responsabilidades com aquele “serzinho” que crescia e se desenvolvia no seio de minha esposa.
A presença de Deus em tudo 

Depois do quinto mês de gestação, minha esposa teve um inesperado aumento de peso. Achando igualmente estranho, a obstetra pediu vários exames que não acusaram nada. Minha esposa passou a ser suspeita de que estaria comendo demais. Mas, nós sabíamos que não era isso. E, como estava tudo normal, ficou por isso mesmo.

Fomos alertados que, pela vigésima sexta ou vigésima sétima semana, poderia haver algum desconforto passageiro e esperado no seu processo gestacional. Pois bem, na vigésima sexta semana, minha esposa começou a sentir uma pressão na nuca, um mal-estar estranho que ela não sabia explicar. Pensamos: “deve ser o tal mal-estar de que a médica nos falou…”. Nos tranquilizamos e esperamos passar, como com tantos outros passaram.

No dia 21 de abril de 2009, antes de dormir, nos pusemos a rezar já no leito para dormir. Ali agradecemos a Deus pelo tempo vivido, pelo dom da vida, pela serenidade de todo o processo gestacional até ali e, de modo especial, rezamos pelo futuro.

Colocamo-nos nas mãos de Deus mais uma vez. Renovamos ali a nossa entrega a Ele e pedimos que Sua Mão poderosa continuasse a repousar sobre nós e nos livrasse de todo mal.

Ainda lembro-me que nosso pequeno menino movia-se, vigorosamente, na barriga de minha esposa, como que exultando de alegria pela presença de Deus, que sempre nos ouve e nos sentíamos próximo a d’Ele. Com o coração tranquilo, fomos repousar.
A grande prova

Na madrugada, acordei com minha esposa a andar pela casa. Fui-lhe ao encontro e ela dizia que estava com dor de cabeça, dores na barriga, sentia um mal-estar estranho. Depois de algumas horas, ainda com esses sintomas, ligamos para a médica que recomendou um remédio e que nos esperava logo cedo em seu consultório.

Após medicá-la ali na sala de casa, deitei-me e cochilei. Ela ainda ia e vinha, de quando em quando, do quarto para a sala sem encontrar repouso. Às cinco e pouco da manhã acordo com ela vindo do quarto para a sala. Perguntei como estava. Ela, ligando a televisão e sentando, disse-me que algo estranho estava acontecendo. Alguma coisa escurecia sua visão. Ela mostrou-me a TV e disse não ser capaz de ler as letras que corriam na tela. Logo, ela entrou em processo de convulsão.

Apavorado, bati nas portas de meus vizinhos que vieram acudir-me! Chamamos a ambulância e nos dirigimos velozmente ao hospital que era numa cidade vizinha.

Uma irmã médica da comunidade, Doutora Márcia Mayumi, nos acompanhou e até ali nada me disse. Já havia ligado para a obstetra que chegou junto conosco ao hospital.

Depois de tomar controle da situação e de medicá-la, a encaminhou para a UTI e só me disse: “Sua esposa teve eclâmpsia e está em estado gravíssimo! Vou me concentrar em salvar a vida dela. Do bebê eu não garanto!”. E ela se foi e eu fiquei ali, sem entender. Aquele estado petrificante tomou-me novamente. “Eclâmpsia”. O que é isso?
Agora faço uma pausa na narrativa para a gente meditar um pouco

Veja que, de acordo com todo o relato, tudo parecia “idealmente perfeito!”. Fazíamos tudo certinho, procurando ser fiéis a Deus e aos homens em cada passo. De repente, cai um balde de água gelada em nós e, “sem merecer”, entramos num processo de dor e sofrimento tão profundo que atingia até os nossos ossos!

Exatamente assim começam várias de nossas crises de fé. Nos nossos dias, quantos de nós não aceitamos a dor e o sofrimento por achar que não merecemos… Parece que fazemos com Deus uma espécie de contrato: “Eu vou procurar ser fiel e o Senhor atende meus pedidos, ok?”. Parece feio dizer essas coisas, no entanto, (internamente) sem o nosso consentimento, falamos exatamente isso pra Deus. Esperamos exatamente isso d’Ele. Pautamos nosso proceder exatamente com esse fim!

Hoje, eu paro por aqui. E te convido a meditar por um tempo nessa realidade. Sem medo procure em si, no seu trato com Deus, no jeito de como você O vê, se você se identifica com o que disse acima. Quer uma ajuda? Pense o que você espera das pessoas a partir do modo de como você se relaciona com elas, e veja se com Deus você não faz o mesmo.

Continuamos semana que vem com a narrativa da nossa história.

Deus te abençoe!

Roger de Carvalho
Missionário da Canção Nova

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