quarta-feira, 9 de abril de 2025

Beata Lindalva Justo de Oliveira, brasileira, martirizada aos 40 anos


Origem
Nascida em 20 de outubro de 1953, no povoado Sítio da Areia, no Rio Grande do Norte, no município de Açu. Lindalva foi a sexta filha de uma família formada por 14 irmãos e, ainda jovem, recebeu dos pais os ensinamentos da doutrina e da fé cristã. Com o pai, João Justo da Fé, Lindalva estudava as Sagradas Escrituras e participava da Santa Missa. Com a mãe, Maria Lúcia da Fé, aprendeu a cuidar de crianças, ajudar os pobres e realizar as tarefas da casa, sem deixar de lado os estudos. Lindalva foi batizada em 7 de janeiro de 1954 e recebeu a Primeira Eucaristia aos 12 anos.

Juventude
Ao finalizar o Ensino Fundamental, Lindalva trabalhou como babá e, em 1971, mudou-se para Natal, no Rio Grande do Norte, para morar com a família de um de seus irmãos. Na adolescência, Lindalva participava de atividades na Igreja, mas ainda não havia decidido pela Vida Religiosa, que foi despertada quando ela ainda morava em Natal, por meio do convite de uma amiga chamada Conceição. “A primeira apresentação dela às Filhas da Caridade aconteceu em um domingo pela manhã, quando ela foi apresentada à Irmã Djanira. Ela passou a ficar muito entusiasmada em participar dos encontros, passava lá em casa e íamos juntas para a Missa, depois, íamos visitar o abrigo Jovino Barreto”, disse sua amiga.

Vida religiosa
Irmã Lindalva foi admitida à Congregação no dia 16 de julho de 1989, em uma Missa celebrada por Dom Hélder Câmara. Um mês depois, ela escreveu uma carta para a amiga Conceição com as seguintes palavras: “Eu estou muito feliz, é como se eu tivesse sempre morado aqui; O meu destino está nas mãos de Deus, mas desejo de todo coração servir sempre com humildade, no amor de Cristo”. Após concluir a segunda etapa do postulado, ingressou no noviciado. A conclusão do Noviciado foi em 26 de janeiro de 1991.
Beata Lindalva Justo de Oliveira e o Movimento Voluntárias da Caridade

Missão
Como de costume, ao término deste período, as Irmãs são enviadas para missão: Irmã Lindalva foi enviada para o abrigo Dom Pedro II, em Salvador, na Bahia, onde assumiu o ofício de coordenadora do pavilhão de idosos. No Dom Pedro II, a Irmã cuidava dos idosos com muito amor, dedicação e alegria, sempre cantando e rezando o Terço com eles. Suas ações de caridade não se restringiam apenas ao abrigo, ela também participou do Movimento Voluntárias da Caridade, do núcleo da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, onde visitava idosos e doentes nas periferias.

Uma resposta ao assédio
Em janeiro de 1993, Augusto da Silva Peixoto começou a receber ajuda alimentícia onde a irmã trabalhava e logo apaixonou-se. Ela sempre deixou claro que não poderia corresponder aos sentimentos dele. Mesmo assim, os assédios prosseguiram. “Prefiro que meu sangue se derrame, do que ir embora”, respondeu Irmã Lindalva, quando lhe perguntaram por que não deixava o abrigo. A Irmã procurou a diretora do setor social e pediu que chamasse atenção do homem, mas, sem contar sobre suas indiretas indecentes, apenas sobre seus comportamentos inadequados em relação às regras do abrigo, acreditando que isso seria suficiente para fazê-lo parar. Mas, ao contrário do que era esperado, só fez aumentar o ressentimento dele, por não ser correspondido.

Martírio
O martírio aconteceu no dia 9 de abril de 1993. Era Sexta-feira Santa, e a Irmã havia participado da Via-Sacra, que teve início às 4h30. Em seguida, voltou ao abrigo para servir café aos idosos. Quando estava atrás do balcão onde ficavam os alimentos, foi surpreendida com um toque nas costas. Ao virar, recebeu uma facada mortal na clavícula esquerda. Mesmo caída, continuou tendo o seu corpo perfurado por Augusto. Foram 44 perfurações. O assassino permaneceu no local esperando que a polícia chegasse e, em depoimento, declarou que havia cometido o crime porque a Irmã Lindalva nunca cedeu aos seus desejos.
Processo de Beatificação e Devoção

Beatificação
No dia 2 de dezembro de 2007, a Irmã Lindalva foi beatificada em cerimônia presidida pelo então Arcebispo de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo — atualmente Arcebispo Emérito —, no estádio do Barradão. Mais de 25 mil fiéis participaram deste importante momento, além dos irmãos e da mãe da bem-aventurada, na época com 85 anos de vida. Por conta do martírio, não foi necessária a comprovação dos três milagres para que se tornasse beata, por isso, o processo foi considerado um dos mais rápidos da história. Mas, para a canonização, é necessária a comprovação de um milagre que tenha acontecido após a beatificação. No caso da beata Lindalva, já existe um episódio sendo analisado pelo Vaticano. O dia da Beata Lindalva é comemorado em 7 de janeiro, data em que foi batizada.

Oração para a canonização
“Pai Santo, o vosso amor seduziu o coração de Irmã Lindalva que se deixou guiar pelo dever de cuidar do seu pai e, em seguida, pela obediência da fé, escolher a Vida Consagrada. No Carisma Vicentino, dedicação plena aos mais abandonados, sua vida ganhou, também na Sexta-feira Santa, a coroa do martírio. Seu hábito azul de Filha da Caridade, tingido de Sangue, tornou-se Linda Alva no Sangue do Cordeiro. Concedei-nos, vos pedimos, a graça de sua beatificação afim de que ela, na Igreja, inspire a oferta de muitos e seja a testemunha perene da límpida aurora da Páscoa de Jesus, o Filho Amado, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Minha oração
“À nossa Beata, pedimos o dom da castidade e da retidão de coração. Fazei com que amemos a Deus mais que tudo nessa vida e sejamos capazes de entregar toda nossa vida a Ele, por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

Beata Lindalva Justo de Oliveira, rogai por nós!


Relatório do Conselho Pastoral dos Pescadores revela violações alarmantes nas comunidades pesqueiras do Brasil


O Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP) lançou na terça-feira, 1º de abril, a terceira edição do Relatório de Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil. O evento aconteceu na sede do regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Belém (PA), e reuniu pescadores e pescadoras artesanais de diversas regiões do país, além de pesquisadores, organizações parceiras e representantes da Igreja. Estiveram presentes dom José Altevir, presidente do CPP e bispo da Prelazia de Tefé (AM), e dom Paulo Andreolli, bispo auxiliar da arquidiocese de Belém (PA).

O documento reúne dados coletados entre 2022 e 2024 e aponta um cenário de agravamento das ameaças aos povos das águas em todo o país. Foram sistematizadas informações de cerca de 450 comunidades pesqueiras em 16 estados brasileiros, revelando que mais de 32 mil famílias enfrentam situações de violações graves aos seus direitos.

Especulação imobiliária e negligência estatal estão entre os principais agravantes dos conflitos

Segundo o relatório, 71,4% dos casos estão relacionados à especulação imobiliária, que tem promovido a invasão e privatização de territórios tradicionais e ancestrais de comunidades pesqueiras. A negligência do Estado na garantia de direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais aparece como outro fator central para a intensificação dos conflitos. Empresas privadas, agentes privados e o próprio poder público (executivo municipal e estadual) são apontados como principais responsáveis pelo acirramento das dificuldades enfrentadas pela pesca artesanal no Brasil.

Entre os impactos ambientais, destaca-se a diminuição da quantidade de pescado (77,6%) e da diversidade de espécies (69,4%), além de desmatamento e destruição de habitats (75,5%). Já os impactos socioeconômicos mais graves apontados incluem a quebra dos laços comunitários (79,6%), muitas vezes agravada por falsas promessas de grandes empreendimentos, e a descaracterização da cultura tradicional pesqueira (71,4%), que compromete saberes, práticas e modos de vida historicamente construídos pelas comunidades.
Mudanças climáticas já impacta a maioria das comunidades pesqueiras

O relatório também evidencia a percepção generalizada das comunidades quanto aos efeitos das mudanças climáticas: 97,3% afirmam que a crise climática já impacta diretamente seus territórios. Os principais efeitos relatados são o aumento da temperatura (72,9%), alterações nas marés (58,3%) e nos ventos (54,2%), além de enchentes e erosões associadas à diminuição do pescado e à perda de biodiversidade.

Consciência de que lutar não é em vão

Dom José Altevir, presidente do CPP

O presidente do CPP, dom José Altevir, destacou a relevância do lançamento da 3ª edição do Caderno de Conflitos Socioambientais para fortalecer a luta das comunidades pesqueiras. Segundo ele, o documento tem grande importância por permitir que as comunidades tenham mais consciência das ameaças que enfrentam e encontrem força para seguir na luta por transformações. “O caderno de conflitos socioambientais traz pra gente a consciência de que lutar não é em vão”, afirmou. O bispo ainda relacionou a publicação com o espírito do Ano Jubilar: “Neste ano da esperança, queremos com este caderno aumentar e fortalecer a esperança da comunidade pesqueira”, concluiu.

Dom Paolo Andreolli e dom José Altevir

Representando a arquidiocese de Belém, dom Paolo Andreolli, bispo auxiliar, destacou a profunda conexão entre Jesus e os pescadores e pescadoras, lembrando que entre os primeiros escolhidos por Cristo estavam justamente aqueles que viviam da pesca artesanal. “Jesus, muito amigo dos pescadores, percebeu neles um esforço e pensou: com eles eu posso fazer grandes coisas. Foram escolhidos para se tornarem pescadores de homens”, afirmou. Ele também convidou os participantes a refletirem sobre a diferença entre o que é lícito e o que é justo, reforçando que “embora algo possa ser legítimo, nem sempre é certo”, e que é necessário buscar continuamente alinhar a legalidade com a vontade de Deus, especialmente diante das injustiças enfrentadas pelas comunidades tradicionais.

Que os pés firmes no chão se aproximem dos pés firmes nas águas

Para Francisco Nonato, secretário executivo do CPP, o relatório também cumpre um papel essencial de sensibilização da sociedade sobre quem são os povos das águas e qual o valor de seus modos de vida. Nonato também reforçou que os pescadores e pescadoras artesanais vêm se organizando para denunciar as violações em seus territórios, mas também para “anunciar outras perspectivas” de vida. Segundo ele, é necessário que a sociedade “com os pés firmes no chão” se aproxime de quem “tem os pés firmes nas águas”, numa troca de saberes que reconheça a pesca artesanal como patrimônio cultural e como parte da soberania alimentar nacional.

Relatório como instrumento de denúncia, resistência e reparação

A agente de pastoral Ornela Fortes, do CPP/Regional Nordeste II e responsável pela sistematização dos dados da terceira edição do relatório, destacou que o documento é fruto direto da presença cotidiana dos agentes nas comunidades. “O relatório é uma parte do trabalho dos agentes pastorais, que estão todos os dias com as comunidades tradicionais pesqueiras, lidando com as demandas — sejam os conflitos socioambientais ou outras questões que surgem no território. Ele é fundamental para documentar, registrar, mas também para denunciar as violações vivenciadas por essas comunidades”, afirmou.


Durante o lançamento, o procurador regional da República Felício Pontes assumiu o compromisso de dar continuidade às denúncias apresentadas no relatório.

Em sua fala, destacou que o trabalho do CPP com a sistematização dos dados facilita a atuação do Ministério Público Federal. “Se essa é uma etapa que termina para o CPP com a edição do relatório, para nós é o início do trabalho. Espero que possamos fazer uma devolutiva rápida e eficaz diante de tantos conflitos sofridos pelas comunidades pesqueiras artesanais no Brasil”, afirmou Pontes.

Segundo Ornela, além de denúncia, o relatório também carrega uma dimensão de anúncio e resistência. “Existe vida, existe resistência, existem outras formas de viver os territórios tradicionais pesqueiros. O relatório traz essa potência também”, ressaltou. Ela celebrou ainda o fato de que o material já foi encaminhado ao MPF, especificamente à Sexta Câmara, por meio do procurador Felício Pontes. “É uma das perspectivas do relatório: que mais denúncias possam surgir, que o Estado tome ciência da realidade de violações e, sobretudo, que venham reparações às comunidades pesqueiras”, concluiu.

Ao final do evento, foram reafirmadas as denúncias contra propostas e empreendimentos que ameaçam diretamente os modos de vida das comunidades pesqueiras, como a PEC 03/2022 — que busca facilitar a privatização das praias —, os projetos de exploração de petróleo na Foz do Amazonas e em toda a Margem Equatorial, além da instalação de usinas eólicas no mar (offshore). Essas iniciativas, apontadas pelos participantes como formas de violação dos direitos territoriais, representam um grave ataque à soberania dos povos das águas e à sua permanência nos territórios tradicionalmente ocupados e protegidos por gerações.

Acesse (aqui) o relatório na íntegra.

Por Henrique Cavalheiro - Assessoria de Comunicação do CPP | Fotos: João


Encontro sobre diálogo inter-religioso em Roma tem representantes da Santa Sé


A capital italiana foi escolhida para sediar a reunião de preparação ao VI Fórum Europeu de Diálogo Comum por acolher o Ano Jubilar. Representantes de diferentes religiões, inclusive da Santa Sé, analisam temáticas ligadas ao diálogo inter-religioso para abordar os desafios mais urgentes da Europa na promoção da paz. O evento é promovido pelo Centro Internacional KAICIID, que atua no debate do tema, e inclusive já foi recebido pelo Papa Francisco em Lisboa, em 2023.

Andressa Collet - Vatican News

A cidade de Roma está sediando uma reunião de preparação ao VI Fórum Europeu de Diálogo Comum (EPDF) que será realizado em Genebra, na Suíça, em novembro deste ano. O encontro na capital italiana intitulado "Horizontes Comuns - Caminhos inter-religiosos para a coesão social e a justiça climática na Europa" começou nesta terça-feira (08/04), no Auditório Autonianum, para explorar os principais desafios vividos entre comunidades e atores religiosos, além de formuladores de políticas, que devem elaborar um programa envolvente e inclusivo, com identificação de palestrantes de impacto, para o evento europeu.

O Centro Internacional Rei Abdullah Bin Abdulaziz para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural (KAICIID), com sede em Portugal desde 2022, é quem organiza as iniciativas. De fato, o Papa Francisco quando esteve em Lisboa em 2023, chegou a receber uma delegação da organização no terceiro dia de viagem apostólica ao país. Ao dirigir algumas palavras ao grupo, falou sobre o valor da fraternidade e do diálogo, e sobre o perigo do fechamento e do proselitismo.

A preparação em Roma ao VI Fórum Europeu de Diálogo Comum

Entre os representantes da Santa Sé na reunião em Roma que termina nesta quarta-feira (09/04) estão o arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, e o cardeal George Jacob Koovakad, prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso, que participaram da introdução da jornada de dois dias de trabalho. O secretário-geral interino do KAICIID, o português António Carlos Carvalho de Almeida Ribeiro, conversou com Joseph Tulloch, do Vatican News, sobre a escolha da capital italiana para sediar o evento em pleno Jubileu da Esperança:

"O evento de hoje é uma reunião de especialistas que prepara a Conferência Europeia para o Diálogo que será realizada em Genebra. É um importante evento porque corresponde à principal atividade do Centro Internacional de KAICIID na Europa que se realiza a cada 2 anos: este ano em Genebra, como disse. Este evento aqui em Roma é de preparação. Escolhemos Roma, entre outras razões, por ser também este ano o Ano Jubilar. E temos muito gosto em ter aqui representantes da Santa Sé e de outras religiões e de comunidades múltiplas que, em conjunto, vão discutir esses temas fundamentais para a nossa sociedade europeia."

O Centro Internacional KAICIID

António de Almeida Ribeiro, que já foi inclusive embaixador de Portugal junto à Santa Sé, é um diplomata comprometido na promoção do diálogo intercultural e inter-religioso que foi nomeado recentemente a secretário-geral interino pelo Conselho de Partes do Centro Internacional KAICIID.

A organização internacional nasceu em 2007 pelo impulso do Papa Bento VI e do rei saudita que dá nome à entidade, na sequência dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O trabalho visa o diálogo inter-religioso e intercultural, tendo como objetivo promover o diálogo e a compreensão entre as diferentes religiões e culturas, encorajar o respeito pela diversidade e prosseguir a justiça e a paz entre as nações e os povos, assim como combater o uso indevido da religião como justificação para a violência e a perseguição. O Centro é composto por um Conselho das Partes constituído por representantes dos Estados-membros fundadores - Arábia Saudita, Áustria, Espanha, bem como a Santa Sé como fundador observador - e um Conselho Diretivo composto por representantes de diversas religiões (incluindo Cristianismo, Budismo, Hinduísmo, Islão, Judaísmo, Jainismo e Sikhismo). A organização atua, assim, como um fórum de debate através da realização de conferências, eventos e ações de formação, encorajando o respeito pela diversidade, justiça e paz.

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EVANGELHO DO DIA (Jo 8,31-42)

ANO "C" - DIA: 09.04.2025
5ª SEMANA DA QUARESMA (ROXO)

— Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor.
— Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31 Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". 33 Responderam eles: "Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: `Vós vos tornareis livres'?" 34 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35 O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37 Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38 Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai". 39 Eles responderam então: "O nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40 Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41 Vós fazeis as obras do vosso pai". Disseram-lhe, então: "Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus". 42 Respondeu-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Livre-arbítrio"

Naquele tempo, Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,31-42)

Livre em Cristo

Amados irmãos e irmãs, quero trazer, nesta homilia, o tema da liberdade. Mas, antes de falar dela, quero trazer também aquilo que Paulo nos fala: “Se Cristo vos libertar, sereis verdadeiramente livres”.

É o que Jesus acabou de nos falar. Aqueles que caminham com Ele serão verdadeiros discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Ou seja, a liberdade é um valor da qual todos nós desejamos usufruir. Mas nem sempre a procuramos onde possamos encontrá-la.

Aqui, eu quero que você tenha atenção

Só seremos livres se aceitarmos Cristo como o Senhor da nossa vida, porque Jesus não veio para nos condenar, mas para nos libertar de todo mal e de todo pecado.

Quando a fé em Jesus Cristo, meus irmãos, se torna vida, podemos experimentar a liberdade cristã. Preste atenção: se eu aceito Cristo, Ele torna a minha vida livre. Não tem outro caminho, meu irmão, não tem outro caminho, minha irmã, que nós devamos seguir. Jesus diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Do contrário, meus irmãos, nós vamos usar mal a liberdade que temos, vamos usá-la na libertinagem, no alcoolismo, na bebedeira, nas drogas, porque nós queremos nos tornar livres.

Não é verdade que aquele que usa droga, aquele que se embebeda, aquele que faz realidades que não condizem com a vontade de Deus, ele busca uma liberdade? Mas eu estou dizendo para você que nós procuramos, muitas vezes, a liberdade onde não podemos encontrá-la.

Eu estou dizendo o caminho para você hoje: quer ser livre? Procure Cristo, pois só Ele pode libertar o seu coração. E essa exigência, meus irmãos, leva-nos a estabelecer novos laços que não nos escravizam. Olha que bonito!

Quando eu não adiro a Cristo como o Senhor da minha vida, eu me torno escravo. Mas quando eu aceito Jesus, eu me torno livre. Por isso nosso coração vai se dilatar a querer fazer a vontade de Deus e a obedecer aos mandamentos d’Ele. Por isso, meus irmãos, eu quero lhe dizer que, se você permanecer na Palavra de Cristo, você se tornará um verdadeiro discípulo, e a verdade o libertará. É isso que João está nos falando neste Evangelho de hoje.

Procure Cristo, aceite-o e você vai se tornar um homem livre em relação ao pecado, vai viver uma vida em Deus e produzir muitos frutos.

Que nosso Senhor nos ajude a permanecer na Sua vontade.

A Compaixão de Jesus


Há algo que todo ser humano precisa, ou precisará algum dia; e esse algo é a compaixão. A compaixão é um sentimento em que, quem o porta, “sofre com alguém”, “se coloca no lugar do outro”. Significa uma comunhão, que gera proximidade entre duas pessoas. E por que ela é necessária? Porque somos seres humanos, falhos, em busca (ou que deveríamos estar em busca) de nos aproximarmos e nos parecermos cada dia mais com Cristo Jesus, o Qual, sim: é Perfeito!

Há várias passagens na Bíblia que falam que Jesus teve compaixão conosco. Em Marcos 6,34, passagem da primeira multiplicação dos pães, lemos: “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas”; em Marcos 8,2, passagem da segunda multiplicação dos pães, lemos: “Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer”; em Mateus 20,34, passagem da cura dos cegos de Jericó, lemos: “Jesus, cheio de compaixão, tocou-lhes os olhos. Instantaneamente recobraram a vista e puseram-se a segui-lo”. Além disso, em muitas passagens, mesmo não sendo citado com palavras que “Jesus teve compaixão”, muitas ações Dele demostravam este sentimento.

A Segunda Multiplicação dos Pães

Aqui, gostaria de chamar atenção para a passagem da segunda multiplicação dos pães. Em Marcos, 8, iniciando no versículo 2, quando Jesus receia em despedir as pessoas, pois elas ainda não haviam comido nada por muito tempo, os discípulos respondem: “Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?” (Mc 8, 4) – sendo que eles já tinham visto Jesus realizar o milagre da multiplicação dos pães uma primeira vez! A passagem prossegue com: “Mas ele perguntou-lhes: ‘Quantos pães tendes? ’ ‘Sete” – responderam. Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo”. (Mc 8, 5-6)

Ou seja, Jesus aqui demonstra compaixão também para com seus discípulos! Mesmo aparentemente sendo subestimado, Jesus expressa compaixão, e amor, sendo a paciência uma expressão deste amor.

Novamente, Ele realiza a multiplicação dos pães e, através da repetição, Jesus recapitula os discípulos, promovendo o crescimento de sua Fé. Assim é a nossa vida: Não só no campo espiritual, mas em diversas áreas de nossa vida, é através da repetição e constância que vamos aprimorando habilidades e adquirindo virtudes, progredindo assim, em um caminho de santidade.

A Humildade que nos “Tira de Nós Mesmos”

Jesus tem paciência conosco porque conhece a nossa realidade, sofre conosco, espera conosco e persevera conosco. No mundo atual, muitas vezes temos dificuldade de nos compadecermos, de nos colocarmos no lugar do outro, nas suas misérias. E, nem sempre, ao nos compadecermos de alguém, significa que este alguém irá mudar. Nem sempre esta pessoa vai mudar na velocidade que gostaríamos, mas ela precisa de alguém compadecido com ela. Os discípulos, possivelmente não foram velozes e inteligentes como Jesus queria e merecia, mas Jesus perseverou com eles, permaneceu ali. Isso é compaixão. Ou seja, a compaixão, muitas vezes, passa pela nossa capacidade de sermos humildes. Precisamos “sair do nosso tempo”, para “entrar no tempo do outro”.

A Nossa Resposta de Fé

Bendito seja Deus, quando conseguimos progredir na Fé, em nossa caminhada de crescimento em santidade! Assim como os cegos de Jericó, que, após recobrarem a vista, “puseram-se a segui-lo”, devemos também fazê-lo, uma vez que somos alcançados pelo amor poderoso e cheio de compaixão do Senhor. Deus sempre está pronto para nos receber, assim como é exemplificado na passagem do Filho Pródigo: “Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, o abraçou e o beijou” (Lucas 15,20). Caso seja esta a sua situação, caro leitor, o Pai te espera! Que possamos receber a graça de “cair em nós mesmos”, e “voltarmos para a casa do Pai”!

A Compaixão é Para Todos Nós

Por fim, caso você se sinta impelido a colocar em prática o sentimento de compaixão, saiba que, em cada momento de sua vida, Deus lhe convida a dar respostas de compaixão! E, diferente das nossas primeiras reações, que, geralmente, tem correlação com nossos instintos carnais, quem executa a compaixão recebe uma Graça Divina! O ambiente onde se está inserido, muda! As reações das pessoas se tornam diferentes, a esperança é propagada, e o Amor de Deus cresce neste mundo!

Que o bom Deus nos abençoe!

Camila Zanetoni Martins
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator

Santo Acácio


Santo Acácio viveu no século V, sendo bispo e confessor em Amida, cidade localizada na margem esquerda do rio Tigre, na Mesopotâmia, atual Diyarbakir na Turquia.

Teodósio II era o Imperador Romano do Oriente, em Constantinopla, que o enviou em 419 como embaixador em Gueartaxaro no Assuristão, pertencente ao reino persa, para convocar um concílio junto às igrejas desta região que haviam abraçado a heresia nestoriana, negadora da divindade de Jesus.

Estando Acácio na Pérsia, em 422, começa a guerra entre Teodósio e os persas. O exército romano fez 7.000 prisioneiros em algumas províncias para além do Rio Tigre, que ficaram em situação miserável e deixados para morrer de fome. Acácio, sabendo disto, vendeu cálices, pátenas e todos os objetos de ouro que pôde reunir, desejando obter dinheiro suficiente para dar de comer aos prisioneiros persas e pagar o preço do seu resgate.

Esse gesto de grande caridade converteu muitos dos cativos ao cristianismo, que, após o batismo, voltaram à Pérsia. O rei persa, então, parou a perseguição aos cristãos; e em 422 Acácio, em nova missão diplomática, conseguiu a paz.

Faleceu por volta de 425, após contribuir para a superação de um cisma e para a unidade das igrejas na Pérsia, e o dia 9 de abril foi dedicado à sua celebração.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A caridade de Santo Acácio não teve contações políticas; e se evitou a fome e conseguiu a liberdade dos cativos, muito mais os alimentou com o Pão da Vida, no Batismo, e na libertação de uma vida no pecado. O auxílio necessário nas carências materiais devem ser reflexo do amor maior, que visa antes de tudo a felicidade infinita da alma. Os persas convertidos não o foram de modo forçado, nem por uma barganha, pois a Verdade se impõe por Si mesma, e Cristo é a Verdade, o Caminho e a Vida. Muitos, mesmo conhecendo Jesus e Suas obras, mesmo vendo por exemplo a ressurreição de Lázaro, não seguiram o Senhor… portanto, a caridade de Santo Acácio, longe de impor uma conversão, apenas despertou aos combatentes cativos o motivo certo pelo qual lutar, e é mérito de cada um deles ter se alistado espontaneamente no exército espiritual da igreja. De fato, “Acácio” significa “o que não tem malícia”, e foi por amor e não por cálculo ou interesse que este santo agiu para o bem material dos soldados. Que seja também esta a nossa motivação, sem desvirtuar a caridade em argumento ou viés político, algo que infelizmente é uma triste realidade dos nossos dias.

Oração:

Senhor Deus, que desejais para nós muito mais do que o pão material e a falsa liberdade mundana, dai-nos a graça de, pela intercessão de Santo Acácio, praticarmos a verdadeira e desinteressada caridade, levando ao próximo o amor pela Eucaristia e pela santa guerra contra o pecado, de modo a obtermos a paz nesta vida e a volta definitiva para a nossa Pátria Celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Em maio, Pastoral Familiar promove 15º Simpósio Nacional das Famílias com o tema “Família, peregrina da esperança”


A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) abriu as inscrições para o 15° Simpósio Nacional das Famílias. O evento será realizado no dia 24 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP) e terá como tema “Família, peregrina da esperança”. No domingo (25), será realizada a Peregrinação Nacional das Famílias.

A programação do Simpósio será concentrada no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida. As atividades iniciam, às 8h, com um momento oracional conduzido por dom Bruno Versari, bispo de Ponta Grossa (PR) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


Na sequência, o cronograma prevê reflexão da Palavra de Deus; exposição sobre o tema central do evento; testemunhos; dinâmica com os participantes; e apresentação do Simpósio Kids. Quatro atrações já estão confirmadas no evento: os padres Chrystian Shankar, Reginaldo Manzotti e Osmar Braido, e a cantora Adriana Arydes.

No domingo (25), às 8h, está programada a Peregrinação Nacional das Famílias. O evento será encerrado com a celebração da Santa Missa, às 8h, no Santuário Nacional.

Mais informações e inscrições, acesse a página de inscrições na Ciaticket.

Por André Luiz Gomes/Portal Vida e Família


Uma revista, laboratório de coexistência entre israelenses e palestinos


A revista, fundada em 2010 por jornalistas israelenses e palestinos, é um exemplo de coexistência entre dois povos que há muito tempo estão em conflito. +972 o título da revista, que leva o nome de um prefixo telefônico comum entre Israel e os territórios palestinos.

Roberto Cetera - Tel Aviv

Israelenses e palestinos têm pelo menos uma coisa em comum: o prefixo telefônico +972. Foi com base nesse raro compartilhamento que um grupo de jovens jornalistas israelenses e palestinos decidiu embarcar em uma nova iniciativa editorial sob a bandeira da coexistência pacífica entre os dois povos e da denúncia da violência associada à ocupação militar, chamando-a de +972.

O testemunho do editorialista Meron Rapoport

Meron Rapoport, israelense, é um dos editorialistas mais conhecidos da revista, juntamente com seu editor Ghousoon Bisharat, palestino com cidadania israelense. "Nos primeiros anos, cobrimos principalmente as experiências que mostravam a possibilidade de coexistência em paz entre os dois povos, mas também o caráter agressivo e violento da ocupação militar israelense na Palestina e dos colonos. Depois, com o tempo, a parte dedicada ao jornalismo investigativo aumentou, o que levou à sua crescente popularidade".

O inglês como idioma para um público internacional mais amplo

A revista on-line +972, escrita em inglês, gerou um componente em hebraico igualmente importante, chamado Local Call, do qual Meron é o responsável. "A Local Call certamente não tem os números da +972, que se tornou um ponto de referência essencial para jornalistas europeus e ocidentais que querem entender mais sobre o conflito israelense-palestino. A Local Call não é simplesmente uma tradução hebraica da +972: ela tem, além de artigos em comum, sua própria especificidade em questões mais inerentes à dinâmica da sociedade israelense. “O idioma inglês, por outro lado, nos permite ter um amplo público internacional e uma boa circulação também nos círculos palestinos; somos provavelmente a mídia editada em Israel lida com mais interesse nos territórios palestinos”, diz ele.

A equipe editorial permanente é composta por pouco mais de 10 jornalistas profissionais, mas a rede de colaboradores é muito ampla, com correspondentes também de várias cidades e capitais estrangeiras. O boom editorial do +972 obviamente coincidiu com o início da guerra em Gaza: "Nosso trabalho", continua Meron, "imediatamente marcou uma diferença em relação aos outros meios de comunicação, tanto pelas reportagens de nossos colaboradores dentro da Faixa (onde é preciso lembrar que Israel não permite a entrada de jornalistas, nota do editor) quanto pelas investigações sobre a conduta do exército israelense na guerra".

As investigações mais importantes e o Oscar para 'No other land'

Duas investigações importantes, por exemplo, foram amplamente repercutidas: a do protocolo 'Hannibal' (o procedimento contestado que permitiria o 'fogo amigo' no caso de risco de tomada de reféns, ed.) e a da plataforma digital 'Lavender' (um aplicativo de inteligência artificial usado pelo exército israelense que é supostamente responsável pelo alto número de vítimas civis em Gaza, ed.). “Essa investigação sobre a IA usado na guerra”, acrescenta Meron, “registrou mais de um milhão de visualizações, às quais devemos acrescentar as muitas citações de outros jornais importantes de reputação internacional, como o ‘Guardian’ e, lembro-me, também o seu jornal”.

Mas a notoriedade do jornal se tornou global quando dois dos principais editores do +972, o palestino Basel Adra e o israelense Yuval Abraham, fizeram o documentário “No other land” (Nenhuma outra terra), sobre a destruição sistemática de casas palestinas na aldeia de Masafer Yatta, que ganhou um Oscar em março passado em Hollywood. “No other land é um documento terrível”, continua Rapoport, "e é uma pena que os israelenses não tenham permissão para assisti-lo. E isso diz muito sobre o nível de liberdade de informação neste país. Muitos israelenses não sabem o que realmente está acontecendo em Gaza e nos territórios ocupados da Cisjordânia, e a Local Call foi criada justamente para compensar esse déficit, assim como eles não sabem do isolamento internacional que Israel construiu em torno de si, porque os jornais israelenses não falam sobre isso".

Compromisso com a paz, a democracia e a justiça social

+972 e Local Call não coletam publicidade e não recebem subsídios de órgãos públicos para se manterem independentes. “O sistema de mídia israelense está sob pressão”, explica Meron Rapoport, "os canais de TV privados são condicionados pelo mercado publicitário, no qual os anunciantes não gostam de ser associados a posições políticas antigovernamentais, o canal público está sob a mira da privatização, e não é diferente a situação dos jornais que não são apreciados pelo governo. O “Hareetz”, o jornal histórico da área progressista e democrática, por exemplo, teve toda a publicidade institucional removida. E, de qualquer forma - talvez isso seja pouco conhecido no Ocidente -, os jornais estão sujeitos à censura militar, o que obviamente também afeta nossas reportagens de Gaza. Todos os nossos artigos ainda podem ser acessados em www.972mag.com. Mas essas dificuldades não diminuem nosso compromisso com a democracia, a paz, a justiça social, a transparência e a liberdade de informação". Os jornalistas do +972 e do Local Call estarão na Itália nos próximos dias, onde participarão, entre outras coisas, do Festival Internacional de Jornalismo em Perugia.