quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Comunicação e ecologia integral: Comissão apresenta em live subsídio para o 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação



A Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta em live no Youtube, nesta terça-feira, 16, o subsídio “Comunicação e Ecologia Integral: transformação e sustentabilidade justa”. Este será o material de apoio para o 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), marcado para o período de 25 a 28 de setembro, em Manaus (AM).

A live será conduzida pela assessora da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, Osnilda Lima, com a participação dos professores Moisés Sbardelotto e Aline Amaro, respectivamente coordenador e vice-coordenadora do Grupo de Reflexão em Comunicação da Comissão (Grecom), o doutor em Comunicação Ricardo Alvarenga e o mestre em Comunicação Marcus Tullius.

O subsídio “Comunicação e Ecologia Integral: Transformação e Sustentabilidade Justa” foi elaborado pelo Grecom como apoio ao 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) e pretende ser um convite à reflexão sobre os desafios contemporâneos da comunicação à luz da ecologia integral, apontando caminhos para uma prática comunicacional comprometida com a transformação social e com a construção de uma sustentabilidade justa.

Segundo Osnilda Lima, o tema do Muticom, “Comunicação e Ecologia Integral: transformação e sustentabilidade justa”, desafia a pensar “como nossa comunicação pode ser um espaço de cuidado com a Casa Comum” e o subsídio que será lançado logo mais é “o primeiro grande fruto deste debate, uma ferramenta para nos preparar e aprofundar a discussão em nossas dioceses, paróquias e comunidades”.

Assista, logo mais, às 19h:

Luiz Lopes Jr

O apelo de Leão XIV pelo respeito ao direito humanitário internacional em Gaza


Contemporaneamente à invasão da Cidade de Gaza, ao final da Audiência Geral o Santo Padre renovou seu apelo por um cessar-fogo, pela libertação dos reféns, por uma solução diplomática negociada e pelo pleno respeito ao direito humanitário internacional: "Convido todos a se unirem à minha premente oração, para que em breve possa despontar um amanhecer de paz e justiça".

Vatican News

Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 17, Leão XIV expressou sua "proximidade ao povo palestino em Gaza, que continua a viver no medo e a sobreviver em condições inaceitáveis", forçado a se deslocar, mais uma vez, de suas terras. As palavras do Pontífice foram recebidas com aplausos pelos fiéis na Praça de São Pedro:

Expresso a minha profunda proximidade ao povo palestino em Gaza, que continua a viver no medo e a sobreviver em condições inaceitáveis, obrigado pela força a deslocar-se — mais uma vez — das próprias terras. Diante do Senhor Todo-Poderoso, que ordenou "Não matarás", e à luz de toda a história humana, cada pessoa tem sempre uma dignidade inviolável, a ser respeitada e protegida. Renovo meu apelo por um cessar-fogo, pela libertação dos reféns, por uma solução diplomática negociada e pelo pleno respeito ao direito humanitário internacional. Convido todos a se unirem à minha premente oração, para que em breve possa despontar um amanhecer de paz e justiça.


De acordo com a Sala de Imprensa, "o Papa manifestou a sua preocupação pelo que está acontecendo e garantiu a Padre Gabriel, e a todos os que se dirigem à paróquia, a sua ...

Na noite de ontem, ao deixar Castel Gandolfo para voltar ao Vaticano, o Papa havia confirmado aos jornalistas que o aguardavam diante da Villa Barberini que havia falado por telefone com a comunidade de Gaza, expressando sua preocupação: “Muitos não têm para onde ir e isso é preocupante. Também falei com os nossos lá, com o pároco. Por enquanto, eles querem ficar, ainda resistem, mas é preciso realmente buscar outra solução.”

De fato, durante a noite entre segunda-feira, 15 de setembro, e terça-feira, 16 de setembro, o exército israelense lançou uma invasão massiva da Cidade de Gaza com aviões, drones, mísseis e helicópteros. "Esta operação é apenas o começo", explicaram oficiais militares israelenses. Tanques e forças especiais avançaram diretamente para o centro da cidade, onde se acredita que muitos dos reféns estejam escondidos".

Os mortos já são mais de cem, enquanto 370 mil palestinos estão em fuga. Em meio a um cenário apocalíptico, o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, anunciou aos moradores da Cidade de Gaza a abertura de uma "rota de trânsito temporária" para o sul da Faixa de Gaza, diante do avanço do exército israelense. Em uma publicação no X, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmou em árabe que o trânsito pela Rua Salah al-Din será possível a partir das 12h de hoje até as 12h de sexta-feira, 19 de setembro. Até o momento, os moradores da Cidade de Gaza deixaram a cidade pela estrada costeira, enquanto a Rua Salah al-Din é uma artéria interna da Faixa.

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EVANGELHO DO DIA (Lc 7,31-35)

ANO "C" - DIA: 17.09.2025
24ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 31 "Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32 São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: 'Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!' 33 Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: 'Ele está com um demônio!' 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: 'Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!' 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"O perigo de querer agradar a todos"

O preço da aprovação: a perda da identidade
Naquele tempo, disse Jesus: “Com quem hei de comparar os homens dessa geração? Com quem eles se parecem? São como crianças, que se sentam nas praças e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes, fizemos lamentações e não chorastes'” (Lucas 7,31-35).

O diagnóstico: a insensibilidade de quem não pode ser agradado
Irmãos e irmãs, Jesus compara aquela geração que o rejeitava, e que rejeitava também João Batista, a crianças insensíveis. Vimos isso no Evangelho, que não se deixam mover nem pela austeridade de João, nem pela misericórdia de Jesus. O que isso revela para nós em nossa reflexão deste dia?

Isso revela a cegueira espiritual em primeiro lugar; depois, a dureza de coração diante do chamado à conversão. A sabedoria de Deus se revela de dois modos complementares, e onde vemos essa realidade nas figuras de João Batista e de Jesus? A penitência em João e a compaixão em Jesus, mas, mesmo assim, os dois foram rejeitados pelos fariseus.

O perigo de agradar a todos: viver de máscaras
De fato, não se pode agradar a todos, devemos pensar essa realidade. E esse fato do Evangelho de hoje é uma prova disso.

Irmãos e irmãs, quem quer agradar a todos perde aquilo que o distingue de todos os outros, perde a própria identidade.

O antídoto: a liberdade de ser autêntico em Cristo
Então, não podemos, é difícil, não dá para agradar a todos. Quem perde a própria identidade vive de máscaras, vive mascarado, falsificando a própria identidade, para agradar um ou outro. Mas nós devemos ser autênticos, como João Batista e Jesus foram autênticos.

Um com a austeridade da penitência e outro com a compaixão. Mas sempre na autenticidade.

Para a vida de espiritualidade, nós precisamos da liberdade interior. O trato com Deus também, que é a verdadeira liberdade daqueles que são novas criaturas em Cristo. É a nossa realidade, porque foi para a liberdade que Cristo nos chamou. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou.

Sobre você, desça e permaneça a bênção de Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Edilson Oliveira
Sacerdote da C. Canção Nova


Como ler a Bíblia?

Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.

Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo.

Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história,…); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.

A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (= hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do século XIV a.C. ao século I d.C. E por causa disto é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.
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Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro. É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.

Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais, ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.

Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.

A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.


O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.

Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca envelhece, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos. Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.

O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).

“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).

“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (DV,13).


Santo Agostinho ensinava que:
“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo” (Sl 103,4,1).

Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus.

As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.

Retirado do livro: “Escola da Fé – Vol. II – A Sagrada Escritura”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Santa Hildegarda de Bingen

Santa Hildegarda von Bingen nasceu em 1098, na Alemanha, em uma família nobre. Desde criança, foi levada ao Mosteiro de Disibodenberg, onde recebeu formação religiosa sob a orientação de Jutta von Sponheim. Nesse ambiente monástico, Hildegarda cresceu em espiritualidade e conhecimento, preparando-se para uma vida de entrega a Deus.

Muito cedo, destacou-se por sua inteligência e múltiplos talentos. Foi escritora, médica, pintora, musicista, dramaturga e, sobretudo, mística. Suas visões a tornaram conhecida como a “sibila do Reno” (sibila = profetisa) e, com a permissão de seus superiores, passou a ditar obras como o “Liber Scivias”, que ainda hoje inspira fiéis e estudiosos.

Suas composições musicais, reunidas em “Symphonia celestium revelationum”, continuam sendo executadas em concertos em todo o mundo. Além disso, escreveu peças teatrais e dirigia encenações com as monjas, unindo fé, arte e reflexão. Tornou-se abadessa e fundou comunidades monásticas, como os mosteiros de Bingen e Eibingen, que marcaram sua missão.

Hildegarda também se dedicou às ciências da natureza. Foi pioneira no estudo das propriedades medicinais das plantas e na produção de remédios naturais. Seu trabalho é considerado precursor da homeopatia. No campo da alimentação, inovou ao incluir o lúpulo na cerveja, reconhecendo seus efeitos conservantes e medicinais.

Apesar de falecida em 1179, sua santidade foi reconhecida oficialmente apenas em 1584, pelo Papa Gregório XIII. Em 2012, o Papa Bento XVI a proclamou Doutora da Igreja, título concedido a santos cujos ensinamentos têm grande relevância para toda a Igreja.

A vida de Hildegarda continua a inspirar gerações. Em 2009, sua história foi retratada no filme Vision, da diretora Margarethe von Trotta, com a atriz Barbara Sukowa no papel principal. Sua memória é celebrada no dia 17 de setembro, e sua obra permanece viva como testemunho de fé, inteligência e dedicação a Deus.

Reflexão:

A espiritualidade de Santa Hildegarda nos recorda que a fé não se separa da vida, mas ilumina todas as dimensões do existir. Em sua obra e em suas visões, ela nos mostra como a criação reflete a presença de Deus e como a ciência, a arte e a mística podem caminhar juntas em harmonia com a fé. Sua vida testemunha que o cristão é chamado a integrar conhecimento e espiritualidade em favor da vida. Seu exemplo nos convida a viver com coragem, discernimento e confiança na ação do Espírito Santo. Hildegarda soube transformar seus dons em serviço, colocando-os a serviço da comunidade e da Igreja. Ela nos ensina que cada um, com os talentos que recebeu, pode colaborar com a obra de Deus no mundo e participar do cuidado da criação e da promoção do bem comum.

Oração:

Oração a Santa Hildegarda Santa Hildegarda, a senhora realizou inúmeros feitos nesta Terra e tudo o que você fez, foi por amor e obediência ao Nosso Senhor, Jesus Cristo. Sou imensamente grato(a) pelo teu exemplo, pois ele me anima, fortifica a minha alma e traz esperanças ao meu coração. Através de teu exemplo, nobre Santa Hildegarda, eu tomo consciência que, assim como você fez, eu também sou capaz de vencer os obstáculos que aparecem em minha vida com discernimento, sabedoria e coragem. Confiante na Presença de Amor Infinito de Deus em minha vida e em meu coração, eu sei que quando eu permito, o Senhor guia meus passos, minha inteligência e minhas ações segundo a Sua Vontade e assim, a Vitória em minha vida é uma certeza, pois com Deus, somos sempre vitoriosos(as). Hoje, diante de ti, eu venho aqui pedir a tua intercessão para (dizer a intenção) pois sei que você é capaz de ajudar-me neste pedido que te rogo agora. Querida Santa Hildegarda, ajude-me a vencer minhas fraquezas e vícios, ajuda-me a fortalecer minha força de vontade e sobretudo, ajude-me a seguir com integridade e coragem, na missão de vida que Deus me confiou. Assim como você trouxe a visão para uma criança cega, ao lavar seus olhos com a água do rio Reno, eu te imploro: lave também meus olhos com a sagrada água vinda dos Céus e cure-os de todo o mal (físico ou espiritual) que possa afastar-me do caminho de Deus. Que eu tenha olhos de ver! Santa Hildegarda, eu te agradeço profundamente as dádivas que tem trazido em minha vida e também estas que te pedi aqui com o coração aberto e sincero. Muito obrigado(a) Santa Hildegarda de Bingen, por sua presença em minha vida. Amém!

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Pastoral Familiar realiza 49ª Assembleia e XVII Congresso Nacional em João Pessoa (PB)


A Pastoral Familiar realizou sua 49ª Assembleia Nacional, entre os dias 10 e 12 de setembro, em João Pessoa (PB). O encontro precedeu o XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, realizado no final de semana, entre os dias 12 e 14.

Durante a Assembleia, com a participação dos bispos e do assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o casal coordenador da Pastoral Familiar, Alisson e Solange Schila, foi reconduzido ao cargo para mais um mandato de três anos. Junto com eles, o casal Milton e Lourdes Morais foi reconduzido à vice-coordenação nacional.

Coordenação da Pastoral Familiar foi reconduzida. Na foto: Milton e Lourdes. padre Rodolfo Chagas, dom Bruno Versari e Solange e Alisson | Foto: reprodução/Portal Vida e Família

O início do encontro contou com momentos de oração e seguiu com uma palestra sobre os desafios eclesiológicos e oportunidades pastorais na evangelização das famílias, conduzida pelo bispo de Ponta Grossa (PR) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Bruno Elizeu Versari. Em grupos, as coordenações regionais da Pastoral Familiar refletiram sobre o trabalho evangelizador junto às famílias na realidade local.


Congresso Nacional
Com o tema “Família, peregrina da esperança”, e o lema “Um só coração e uma só alma” (At 4,32), o XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar foi promovido pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB e realizado pela arquidiocese da Paraíba. Cerca de dois mil agentes da Pastoral Familiar de todo o Brasil participaram do encontro.


O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, foi um dos conferencistas do evento. Na reflexão, com o tema “A família, peregrina da esperança”, dom Ricardo destacou o papel essencial da família como Igreja doméstica e como presença viva da esperança cristã na sociedade.


O arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, segundo vice-presidente da CNBB, também participou do congresso, com a conferência “Que(ais) esperança(s) para a família numa sociedade fragilizada?”. Ele apresentou os sintomas da fragilidade e fragmentação das famílias, e apontou sinais de esperança que iluminam a missão da Pastoral Familiar.

“Olhando o caminho feito pela Pastoral Familiar no Brasil, obviamente rendemos graças por tantas belezas e riquezas. E como temos percebido, esse caminho é marcado pela esperança que não decepciona. Essa esperança tem um nome e um rosto: Jesus Cristo”, afirmou Dom Paulo.

Inspirado na Sagrada Família de Nazaré, o arcebispo destacou que ela é o modelo por excelência de uma vida marcada pela esperança e pelo amor que sustenta. Recordando palavras do Papa Francisco, reforçou: “A família é uma fábrica de esperança, a coisa mais linda que Deus já fez”.

Com informações e imagens do Portal Vida e Família e arquidiocese da Paraíba


O Papa: consolação é mostrar que a paz é possível. Ouvir o grito dos inocentes


Na Vigília de Oração do Jubileu da Consolação, celebrada na Basílica de São Pedro, Leão XIV recordou aqueles que sofreram "a injustiça e a violência do abuso" por membros da Igreja e disse que "onde existe o mal, aí devemos procurar o conforto e a consolação que o vencem e não lhe dão trégua". Recordou as pessoas esmagadas pelo peso da violência, da fome e da guerra que imploram a paz. Pediu aos responsáveis das nações para ouvirem o grito de tantas crianças inocentes.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Leão XIV presidiu a Vigília de oração do Jubileu da Consolação, na tarde desta segunda-feira (15/09), na Basílica de São Pedro.

Sua homilia iniciou com um trecho do Livro do Profeta Isaías: «Consolai, consolai o meu povo». Segundo o Pontífice, este convite do profeta chega também hoje a nós de modo desafiador.

“Ele nos chama a partilhar a consolação de Deus com muitos irmãos e irmãs que vivem situações de fraqueza, tristeza e dor. Para aqueles que estão em pranto, desespero, doença e luto, ressoa claro e forte o anúncio profético da vontade do Senhor de pôr fim ao sofrimento e transformá-lo em alegria.”

"Esta Palavra compassiva, que se fez carne em Cristo, é o bom samaritano de que nos fala o Evangelho: é Ele que alivia as nossas feridas, é Ele que cuida de nós. Nos momentos de escuridão, mesmo contra todas as evidências, Deus não nos deixa sozinhos; pelo contrário, é precisamente nestas circunstâncias que, mais do que nunca, somos chamados a pôr a nossa esperança na proximidade do Salvador que jamais nos abandona", disse ainda o Papa.

O Papa durante a Vigília de Oração do Jubileu da Consolação (@Vatican Media)

As lágrimas são um grito mudo
"Procuramos quem nos console e muitas vezes não encontramos. Às vezes, torna-se até insuportável a voz daqueles que, com sinceridade, pretendem partilhar a nossa dor. E isto é verdade: há situações em que as palavras não servem e tornam-se quase supérfluas. Nestes momentos, talvez restem apenas as lágrimas do choro, se é que estas não se esgotaram", sublinhou Leão XIV, lembrando o Papa Francisco que recordava as lágrimas de Maria Madalena, desorientada e sozinha, junto ao túmulo vazio de Jesus: «Ela simplesmente chora – dizia ele. Vede, às vezes, na nossa vida, os óculos para ver Jesus são as lágrimas. Há um momento na nossa vida em que só as lágrimas nos preparam para ver Jesus. E qual é a mensagem desta mulher? “Eu vi o Senhor”».

Queridas irmãs e queridos irmãos, as lágrimas são uma linguagem que expressa os sentimentos profundos do coração ferido. As lágrimas são um grito mudo que implora compaixão e conforto. Mas, antes de tudo, são libertação e purificação dos olhos, do sentir, do pensar.

“Não devemos ter vergonha de chorar; é uma forma de expressar a nossa tristeza e a necessidade de um mundo novo; é uma linguagem que fala da nossa humanidade fraca e colocada à prova, mas chamada à alegria.”

Vigília de Oração durante o Jubileu da Consolação (@VATICAN MEDIA)

Onde a dor é profunda, ainda mais forte deve ser a esperança
Citando Santo Agostinho, que se pergunta a propósito da origem do mal, sua raiz, sua semente, o Papa ressaltou que "a passagem das perguntas à fé é aquilo que a Sagrada Escritura nos ensina.

Com efeito, há perguntas que nos debruçam sobre nós mesmos, nos dividem interiormente e nos separam da realidade. Há pensamentos dos quais nada pode nascer. Se nos isolam e nos desesperam, também humilham a inteligência".

“Onde existe o mal, aí devemos procurar o conforto e a consolação que o vencem e não lhe dão trégua. Na Igreja, isso significa que nunca o fazemos sozinhos.”

Apoiar a cabeça num ombro que te consola, que chora contigo e te dá força, é um remédio do qual ninguém pode prescindir, porque é sinal de amor. Onde a dor é profunda, ainda mais forte deve ser a esperança que nasce da comunhão. E esta esperança não engana.

A dor não deve gerar violência
A propósito dos testemunhos ouvidos durante a vigília, Leão XIV ressaltou que eles "transmitem esta certeza: que a dor não deve gerar violência; que a violência não é a última palavra, porque é vencida pelo amor que sabe perdoar .

“A violência sofrida não pode ser apagada, mas o perdão concedido àqueles que a geraram é, na terra, uma antecipação do Reino de Deus, é o fruto da sua ação que põe fim ao mal e estabelece a justiça.”

A redenção é misericórdia e pode tornar melhor o nosso futuro, enquanto ainda aguardamos o regresso do Senhor".

Vigília de Oração do Jubileu da Consolação (@Vatican Media)

Proteger com ternura os mais frágeis
A seguir, o Pontífice recordou aqueles que sofreram "a injustiça e a violência do abuso", e disse que "a Igreja, da qual alguns membros infelizmente vos feriram, hoje ajoelha-se convosco diante da Mãe".

“Que todos possamos aprender dela a proteger com ternura os mais frágeis e pequenos! 

Que aprendamos a ouvir as vossas feridas, a caminhar juntos.”
Que possamos receber de Nossa Senhora das Dores a força para reconhecer que a vida não é definida apenas pelo mal sofrido, mas pelo amor de Deus que nunca nos abandona e que guia toda a Igreja.

Recordando as palavras de São Paulo sobre o consolo na tribulação, o Papa lembrou que "quando recebemos consolação de Deus, tornamo-nos capazes de oferecer consolação também aos outros". "Os segredos do nosso coração não estão escondidos aos olhos de Deus: não devemos impedi-lo de nos consolar, iludindo-nos de que podemos contar apenas com as nossas forças", frisou.

No final da Vigília, cada participante recebeu um pequeno presente: o Agnus Dei. O Papa disse que esta medalha "é um sinal que poderemos levar para nossas casas para lembrar que o mistério de Jesus, da sua morte e ressurreição, é a vitória do bem sobre o mal. Ele é o Cordeiro que nos dá o Espírito Santo Consolador, que nunca nos abandona, que nos conforta nas necessidades e que nos fortalece com a sua graça".

Vigília de Oração do Jubileu da Consolação (@Vatican Media)

Mostrar que a paz é possível
Leão XVI recordou que assim "como existe a dor pessoal, também existe, nos nossos dias, a dor coletiva de populações inteiras que, esmagadas pelo peso da violência, da fome e da guerra, imploram pela paz".

É um grito imenso, que nos compromete a rezar e a agir, para que cesse toda a violência e aqueles que sofrem possam reencontrar a serenidade; e compromete, antes de tudo, Deus, cujo coração estremece de compaixão, a vir até nós no seu Reino. A verdadeira consolação que devemos ser capazes de transmitir é mostrar que a paz é possível e que brota em cada um de nós, se não a sufocarmos. Que os responsáveis das nações escutem de modo particular o grito de tantas crianças inocentes, para lhes garantir um futuro que as proteja e console.

"No meio de tanta prepotência, temos a certeza que Deus não deixará faltar corações e mãos que levem ajuda e consolo, agentes da paz capazes de animar aqueles que estão na dor e na tristeza", concluiu.

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EVANGELHO DO DIA (Lc 7,11-17)

ANO "C" - DIA: 16.09.2025
24ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERMELHO)
MARTÍRIO DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou o seu povo.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor

Naquele tempo, 11 Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13 Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: "Não chores!" 14 Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!" 15 O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo". 17 E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Quando Jesus encontra o nosso luto"

A lição da viúva de Naim
Naquele tempo, Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele, iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela. Ele disse: “Não chores”. Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te”. O que estava morto sentou-se e começou a falar (Lucas 7,11-17).

O “túmulo existencial” da perda
Irmãos e irmãs, neste dia em que celebramos a memória dos Santos Cornélio e Cipriano, nós ouvimos, neste texto de São Lucas, o relato dessa viúva de Naim, que tinha um único filho, mas esse filho morreu.

A mãe vê o filho morto, mas também já se sente num túmulo existencial. Para que viver em meio a tanto sofrimento? Pensava ela. Talvez você pense isso no dia de hoje também, sobretudo se você perdeu algum familiar, algum ente querido.

Meu filho é levado para o sepulcro, mas parece que sou eu. Aquela mulher se sente viajando para o próprio túmulo, não para o túmulo do filho. E Jesus, especialista em decifrar corações, consegue enxergar aquela dor.

O olhar de Jesus que para a procissão da morte
Todos os dias, a nossa peregrinação neste mundo, irmãos e irmãs, igualmente parece dolorosa e sofrida como a procissão desta viúva naquela cidade de Naim. De fato, todos os dias morremos um pouco.

A promessa da ressurreição: seremos levantados para sempre
Muitas coisas podem nos gerar felicidade, felicidades pequenas, temporárias, felicidades que passam. O Evangelho de hoje, no entanto, nos recorda que, um dia, seremos levantados para sempre. Um dia seremos ressuscitados como o filho da viúva do Evangelho.

Jesus o ressuscita para uma vida de felicidade com a mãe, com aquela que estava sofrendo a ausência do filho. Seremos levantados para sempre, levantados de nossos sofrimentos, levantados da morte, seremos levantados para a alegria que nunca passa, para uma união plena e definitiva que nós chamamos de vida eterna, para um encontro definitivo com nosso Senhor.

Alimentando a esperança no dia a dia
Encontro, irmãos e irmãs, que já alimentamos, neste mundo, com uma vida de profunda comunhão e relação com Deus através da oração e de uma vida entregue aos outros.

Oração e vida entregue aos outros alimentam a vida de Deus em nós, a vida divina, a plena comunhão, o desejo de eternidade, o desejo de céu.

Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Edison Oliveira
Sacerdote da C. Canção Nova