sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria


Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)

Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria. 08/12/25 (Lc 1,26-38).
Texto referencial: O anjo, então, disse-lhe: Não tenhas medo Maria, porque encontrastes graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. (Lc 1,30-31).

Maria nunca pode e nem deve ser distanciada do Filho: Jesus Cristo. Nem a mariologia da cristologia. Somente entende bem a pessoa de Maria e sua missão materna na história da salvação e da Igreja, quem souber vê-la e analisá-la começando pela revelação bíblica. Sugiro ler (Lucas 1,26-38; 1,46-56) (João 19,25-27).

Jesus e somente Ele podia chamá-la de Mãe e certamente somente Ela, podia denominá-lo de Filho, com toda a razão. O Verbo Encarnado poderia ser feito presente na terra, na história, de muitos modos diferentes. Mas escolheu Maria. A Trindade assim o quiz. Por isso, também a Igreja a chama de sua Mãe.

O anjo “arcanjo” saudou angelicamente: “ave cheia de graça – o Senhor está contigo” ela respondeu, então: “Eis aqui serva do Senhor”. Hoje em dia o Senhor quer inculturar-se em nossa história. Ajudamos? Como vai a nossa Evangelização? Como assumimos nossas pastorais? A pergunta é fazê-la…, mas a resposta?? Bem, esta custa mais e as vezes ainda nos pode envergonhar.

“Ave Maria”, Ave Mãe Maria, também hoje teus filhos adotivos te saúdam do mesmo modo e assim esperam fazê-lo também no céu.

Pe. Pasolini: Advento, tempo de espera confiante para a salvação



"A Parusia do Senhor. Uma espera sem hesitação" é o tema da primeira das três meditações de preparação ao Natal na manhã desta sexta-feira, 5 de dezembro, na Sala Paulo VI. Na presença do Papa, o pregador da Casa Pontifícia enfatiza que perceber a falta de paz ou a eficiência que domina a vida "não basta para converter o coração". O que é necessário é a graça de Deus, que nos liberta do pecado e da morte.

Benedetta Capelli – Cidade do Vaticano

"Não andarilhos sem rumo", mas "sentinelas que, na noite do mundo, mantêm humildemente a sua fé" para ver a luz "capaz de iluminar todo homem". Padre Roberto Pasolini, pregador da Casa Pontifícia, acompanha-nos numa viagem em que o tempo do Advento se torna uma oportunidade para sermos "peregrinos rumo a uma pátria", em um caminho marcado pela esperança e que tem com horzionte a salvação.

A primeira de três meditações previstas sobre o tema "Aguardando e apressando a vinda do dia de Deus", centra-se na Parusia do Senhor e introduz em um tempo singular: a conclusão do Jubileu da Esperança. "O Advento", sublinha o capuchinho, "é o tempo em que a Igreja reacende a esperança, contemplando não só a primeira vinda do Senhor, mas sobretudo o seu regresso no fim dos tempos." É o momento em que somos chamados a "aguardar e, ao mesmo tempo, apressar a vinda do Senhor com vigilância serena e diligente".

Santo Padre durante a pregação (@Vatican Media)

Perceber a graça de Deus
"Parusia" é um termo usado quatro vezes pelo evangelista Mateus no capítulo 24 com um duplo significado: "presença" e "vinda". Jesus compara a expectativa de sua vinda aos dias de Noé antes do dilúvio universal. Eram dias em que a vida seguia normalmente e em que Noé sozinho construiu a arca, o instrumento da salvação. Sua história levanta questões essenciais para a compreensão do que o homem moderno precisa reconhecer. Diante de novos e complexos desafios, "a Igreja é chamada a permanecer um sacramento de salvação em uma era de mudanças".

“A paz - enfatiza o Padre Pasolini - permanece uma miragem em muitas regiões até que antigas injustiças e memórias feridas sejam curadas, enquanto na cultura ocidental o senso de transcendência é enfraquecido, esmagado pelo ídolo da eficiência, da riqueza e da tecnologia. O advento da inteligência artificial amplifica a tentação de uma humanidade sem limites e sem transcendência.”


O mistério de um Deus que tem confiança na humanidade
Perceber não basta, é precisoreconhecer “a direção para a qual o Reino de Deus continua a se mover dentro da história”, retornando à capacidade profética do Batismo. Perceber a graça de Deus, “esse dom da salvação universal que a Igreja humildemente celebra e oferece, para que a vida humana seja libertada do fardo do pecado e do medo da morte”. Uma graça à qual os ministros da Igreja não podem se habituar, correndo o risco de se familiarizarem tanto com Deus a ponto de o tomarem como óbvio. Assim, tomamos consciência do mistério de um Deus que “continua diante de sua criação com confiança inabalável, aguardando dias melhores”.

Padre Pasolini na pregação ao Papa e à Cúria Romana (@Vatican Media)

Apagar o mal
O pregador da Casa Pontifícia recorda que, para redescobrir o rosto de Deus que acompanha "sua criação ferida", devemos recorrer à história do dilúvio universal, quando o Senhor vê o mal no coração humano. Esse mal não pode ser vencido pela mudança, pela evolução, porque à humanidade não serve somente realizar-se, mas também de salvar-se. "O mal não deve ser simplesmente perdoado: deve ser apagado, para que a vida possa finalmente florescer em sua verdade e beleza." Apagar, na cultura do cancelamento em que a humanidade de hoje está imersa, não é apenas destruir tudo, eliminar o que parece pesado nos outros. "Todos os dias cancelamos muitas coisas, sem nos sentirmos culpados ou causar qualquer dano. Apagamos - recorda Pasolini - mensagens, arquivos inúteis, erros em documentos, manchas, vestígios, dívidas. De fato, muitos desses gestos são necessários para permitir que nossos relacionamentos amadureçam e tornem o mundo habitável." Apagar significa abrir-nos a Deus, partindo de nossa própria fragilidade, e permitir que Ele nos cure.

A vida floresce quando Deus volta a estar no centro
O Senhor nunca se cansa de encontrar "um homem sábio, alguém que busca a Deus", assim como fez com Noé, que por sua vez sentiu a graça do Senhor. No homem na arca, Deus encontra a possibilidade de apagar e recomeçar. "Somente quando o homem retorna para viver diante da verdadeira face de Deus é que a história pode realmente mudar", enfatiza o monge capuchinho. "A história do dilúvio nos lembra que a vida floresce somente quando reconstruímos os céus, na medida em que colocamos Deus de volta no centro." O dilúvio se torna "uma passagem de recriação através de um momento de descriação". "É uma mudança temporária nas regras do jogo, para salvar o próprio jogo que Deus havia inaugurado com confiança."

Momento da I Pregação de Advento na Sala Paulo VU (@Vatican Media)

Decidir não ferir
O dilúvio é, portanto, "uma renovação paradoxal da vida". Deus não se esquece da humanidade e coloca seu arco nas nuvens como sinal de aliança. O Senhor depõe suas armas com uma solene declaração de não violência. “Pode parecer - acrescenta o padre Pasolini - uma metáfora ousada, quase inadequada para falar de Deus e da forma como a sua graça se manifesta. No entanto, a humanidade, após milênios de história e evolução, ainda está longe de saber como imitá-lo.”

A Terra, de fato, está dilacerada “por conflitos atrozes e intermináveis, que não dão trégua a tantas pessoas fracas e indefesas.” A decisão daqueles que, apesar de terem a capacidade, escolhem voluntariamente não ferir é reconfortante, porque compreendem que só acolhendo os outros é que a aliança “pode ser duradoura, verdadeira e livre.”

O tempo do bem
“Vigiai pois, porque não sabeis o dia em que o seu Senhor virá”: esta é a recomendação final de Jesus. Não saber o dia e a hora deste evento criou muita expectativa no passado, sublinha o pregador, mas hoje as coisas parecem ter invertido. “A espera diminuiu ao ponto de, por vezes, dar lugar a uma subtil resignação quanto ao seu cumprimento.” 

Hoje, prevalece "uma vigilância cansada, tentada pelo desânimo".
O tempo de espera é o tempo de semear o bem e aguardar a vinda de Jesus Cristo. Cuidado com duas grandes tentações que afetam a humanidade e a Igreja: "esquecer a necessidade da salvação e pensar que podemos recuperar o consenso cuidando da aparência externa da nossa imagem e diminuindo a radicalidade do Evangelho". Devemos — enfatiza o capuchinho — retornar "à alegria — e também ao esforço — de seguir, sem domesticar a palavra de Cristo". Somente como "sentinelas nas fronteiras do mundo", como escreveu o monge Thomas Merton, podemos aguardar o retorno de Cristo.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

EVANGELHO DO DIA (Mt 9,27-31)

ANO "A" - DIA: 05.12.2025
1ª SEMANA DO ADVENTO (ROXO)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, E ele há de iluminar os olhos dos seus servos!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 27 partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: "Tem piedade de nós, filho de Davi!" 28 Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: "Vós acreditais que eu posso fazer isso?" Eles responderam: "Sim, Senhor". 29 Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: "Faça-se conforme a vossa fé". 30 E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: "Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo". 31 Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Como a fé em Jesus Cristo nos leva da escuridão à luz"

Como a fé em Jesus Cristo nos leva da escuridão à luz
Naquele tempo, partindo de Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Têm piedade de nós, filho de Davi”. Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então, Jesus lhes perguntou: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. Então, Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé” (Mateus 9,27-31).

Passar ao ato de fé é passar das trevas para a luz. A cura física que nós vimos neste dia, neste Evangelho, é como um pretexto para o ensinamento profundo que Jesus nos passa. Tenha fé em mim, tenha fé em mim!

A fé em Jesus que cura e transforma a vida
Não é o tamanho da fé, irmãos e irmãs, que vai determinar o acontecimento do milagre ou não, não é o tamanho da fé. É a fé em Jesus.
Então, é o próprio Jesus quem realiza, de fato, a graça. Não é o tamanho da fé, é Jesus quem está presente ali.

A fé pode ser grande, pode ser pequena, do tamanho de um grão de mostarda, mas precisa ser fé em Jesus, e isso é inegociável.

Os dois cegos entenderam isso e passaram a enxergar fisicamente, e passaram a olhar o mundo a partir daquele momento, com os olhos da fé, na ótica da fé.

O encontro com Jesus que renova o coração
E quem vê o mundo na ótica da fé vê o mundo com mais beleza, mais bonito. Também observa as belezas e as qualidades de Deus presentes nos irmãos que caminham conosco, as quais já estavam lá, mas não conseguíamos ver porque não olhávamos a partir da ótica da fé.

Esses dois cegos são exemplos para nós neste dia, para que vivamos, queiramos também a cura de toda a cegueira na nossa vida.
Jesus, abre meus olhos para a luz da fé

E assim, sem a cegueira, nós enxergaremos a luz que é Jesus, passaremos das trevas para a luz, passaremos de um certo ateísmo para uma fé verdadeira, um Deus verdadeiro que salva, que nos conduz a grandes realidades de salvação, que nos impulsiona, determina também a mudança da nossa mentalidade, a mudança da nossa existência.

Então, devemos nos perguntar: Eu estou disposto a ser mudado por Jesus? Eu estou disposto a sair da realidade de trevas para a realidade de luz?

Que a graça do Senhor nos conduza, neste dia, para que voltemos a enxergar segundo Deus. Assim seja!

Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Entremos na arena para a luta


Entremos na arena para a luta

Religiosa do Instituto Hesed, Irmã Maria Raquel, pregou sobre o tema: “Entremos na arena para a luta”.

O Senhor deu esta palavra: “Entremos na arena para a luta”, porque todos nós estamos dentro de um combate espiritual. Sempre digo “em Deus não existe por acaso”. Deus te trouxe para essa pregação para que você possa ser formado e instruído a partir da Palavra de Deus e vencer todas as suas batalhas.

Nós estamos dentro de uma batalha, nós estamos dentro de um combate espiritual a todo instante e nós não podemos combater de qualquer maneira, nós não podemos combater ao nosso modo, mas combater com as armas certas e instruídos por Deus. Todos nós somos soldados de Cristo!

Quais as batalhas que hoje você está travando?
Nós somos destinados à vitória porque o Senhor nos dá essa certeza!

Você, que está enfrentando uma grande batalha, Deus só permite as grandes batalhas para os seus melhores soldados, Ele sabe que, unido a Ele, você vencerá.

Ao longo da nossa vida, nós vamos passando de nível, alguns talvez estejam ainda no nível um, outros já estão no nível mais avançado e o grau de dificuldade vai avançando porque Deus quer nos ver lutando, nós temos uma meta que é chegar no céu. Temos uma meta que é zerar esse jogo. E o que mais nos prejudica é que, muitas vezes, nós ficamos presos em nível, nós nos acomodamos. E Deus não nos quer filhos acomodados.

São Sabas


Sabas nasceu na Capadócia (hoje Turquia), por volta de 440. Teve uma infância difícil e, com a morte do pai, foi morar com um tio. Parece ter havido disputas familiares pela sua herança, o que o levou a procurar abrigo no convento de Flabiana, onde iniciou sua busca de vida monástica. Com 20 anos, aproximadamente, viajou para a Terra Santa, onde conheceu e entrou para o mosteiro de Santo Eutímio. A partir de então teve várias experiências nas diferentes formas de vida consagrada: eremítica, em que cada monge vivia em total solidão, cenobítica, na qual os monges viviam em celas vizinhas mas isoladas, e monástica, com a vida comunitária numa construção maior e sob a obediência a um abade.

Com o tempo, a sua santidade pessoal ganhou fama e muitos jovens quiseram tê-lo como mestre de espiritualidade. Foi assim obrigado a construir um mosteiro cada vez mais vasto, que chegou a abrigar 150 religiosos, numa região árida e deserta da estrada entre Jerusalém e Jericó.

Como ótimo organizador e sábio mestre, Sabas adquiriu grande prestígio. Quando o imperador Anastácio passou a perseguir os católicos no Oriente, ele foi, a pedido do Patriarca de Jerusalém, pedir clemência ao monarca, em Constantinopla. Foi muito bem recebido e conseguiu benevolência. De novo, já com 89 anos de idade, voltou a Constantinopla para pedir a proteção de Justiniano, sucessor de Anastácio, contra os ataques que os samaritanos faziam aos católicos da Palestina. E, novamente, obteve sucesso e foi aclamado como salvador do seu povo em Jerusalém.

Faleceu em 531, aos 93 anos, depois de ter fundado e organizado vários mosteiros, defendido a ortodoxia da fé contra as heresias da época, e ficar conhecido como protetor dos pobres e mestre de ciência e santidade.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A sabedoria de São Sabas começa pela sua fuga às heranças deste mundo, e a busca da verdadeira riqueza escondida em Cristo. Esta riqueza se mostra indiferentemente numa vida de maior solidão, de parcial sociabilidade, ou de vida comunitária, dentro ou fora dos mosteiros: para cada um Deus tem uma vocação, mas todas elas vivenciam o amor a Deus e ao próximo, na oração e no serviço. São Sabas tanto viveu isolado, como argumentou com reis; fez sempre o que Deus lhe pedia para o bem dos irmãos. Nossa vida pode também ter diferentes etapas e características, mas em todas elas o Pai está presente, nos orienta e nos ajuda.

Oração:

Deus de Amor e infinita ternura, cuja Providência conduz a história humana, concedei-nos, pela intercessão de São Sabas, fundar e sempre expandir na alma o edifício da íntima comunhão Convosco, onde possamos conhecer a Vossa vontade e vivê-la em missão de caridade aos irmãos, vencendo a aridez dos desertos desta vida. Pelas mãos de Nossa Senhora, Vossa Mãe. Amém.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Brasil sediará o IV Encontro Latino-Americano e Caribenho de Responsáveis de Prevenção de Abusos



Em Brasília, no 28 de novembro de 2025, teve início o processo de organização do IV Encontro Latino-Americano e Caribenho de Responsáveis de Prevenção de Abusos. A reunião preparatória contou com a presença de representantes do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR).

Durante o encontro, foi confirmado que o Brasil será a sede da quarta edição do evento. As datas foram fixadas para os dias 1º, 2 e 3 de setembro, embora a cidade anfitriã e o local específico ainda estejam em fase de definição.

O encontro é organizado pela Rede de Prevenção de Abusos na Igreja da América Latina e do Caribe, uma iniciativa vinculada ao CELAM, nesta edição em parceria com a CNBB e CRB. O objetivo central é fortalecer as políticas e ações para a proteção de crianças, adolescentes e adultos vulneráveis no contexto eclesial.
Caminhada pela cultura do cuidado

A iniciativa dá continuidade a um trabalho iniciado em novembro de 2023, com a criação da Rede Latino-Americana e Caribenha para a Cultura do Cuidado. Desde então, a Rede tem se consolidado como um espaço vital para o intercâmbio de experiências e o fortalecimento do trabalho conjunto entre as igrejas locais.

As edições anteriores do encontro, realizadas no Chile na Colômbia e República Dominicana, foram marcos importantes para o aprofundamento de temas essenciais e para o crescimento do serviço de proteção em cada país do continente. A edição brasileira promete avançar ainda mais na consolidação de ambientes seguros e na promoção da cultura do cuidado na Igreja.


Por Osnilda Lima

Dia 8 de dezembro: Papa homenageará a Imaculada na Praça de Espanha


Leão XIV, na próxima segunda-feira, se dirigirá à Praça Mignanelli às 16h locais para uma oração aos pés da coluna sobre a qual se ergue a estátua da Virgem Maria.

Vatican News

Tradição e devoção se entrelaçam na homenagem à Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, por ocasião da solenidade que se celebra na segunda-feira, 8 de dezembro. Os cidadãos de Roma e diversas organizações rezarão e deixarão flores à estátua da Virgem na Praça Mignanelli, e também o Papa Leão XIV realizará o tradicional ato de devoção à efígie mariana. No ano passado, em 8 de dezembro de 2024, foi o Papa Francisco quem rezou aos pés de Maria e a confiou o iminente Jubileu, “uma mensagem de esperança para a humanidade provada pelas crises e pelas guerras”. O Papa Leão retorna, portanto, à Imaculada poucas semanas antes da conclusão do Ano Santo.

A chegada do Papa Leão
O Vicariato de Roma, em comunicado, informa que os primeiros a deixar flores à estátua da Imaculada, como tradição, serão os Bombeiros, em homenagem aos 220 colegas que, em 8 de dezembro de 1857, inauguraram a obra. Às 7h, subirão até o topo para depositar sua coroa de flores no braço da Virgem. À tarde, às 16h, chegará o Papa, que será acolhido pelo cardeal vigário Baldo Reina e pelo prefeito Roberto Gualtieri, permanecerá em oração aos pés da coluna de 12 metros de altura, no topo da qual está colocada a estátua de Nossa Senhora, e deixará uma coroa de flores.

O dia contará com uma série de eventos: às 8h30, a banda da Gendarmaria Vaticana executará um hino a Maria; em seguida, participarão a paróquia de Sant’Andrea delle Fratte, a Soberana Ordem de Malta, a Legio Mariae, o Circolo S. Pietro, a Fundação Don Gnocchi, a Unitalsi e diversas instituições escolares. Às 9h, na igreja da Trinità dei Monti, haverá a Missa presidida por monsenhor Francesco Pesce, encarregado diocesano da Pastoral Social e do Trabalho, com os trabalhadores de algumas empresas romanas.

A novena a Maria
A animação da festividade será realizada pelos frades menores conventuais da Basílica dos Santos XII Apóstolos. Na igreja, entre outras atividades, realiza-se a novena mais antiga à Imaculada de Roma: de 29 de novembro a 7 de dezembro, diariamente, às 17h45, ocorre a recitação do Rosário e o canto das ladainhas; depois, às 18h30, a Missa é iniciada pelo canto do “Tota Pulchra”, composto pelo frade menor conventual Alessandro Borroni.

As missas celebradas pelos cardeais
Hoje, 3 de dezembro, a Missa na Basílica dos Santos XII Apóstolos será presidida pelo cardeal Angel Fernandez Artime, pro-prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Na quinta-feira, 4 de dezembro, será a vez do cardeal Claudio Gugerotti, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais; na sexta-feira, 5 de dezembro, presidirá a liturgia o cardeal Rolandas Makrickas, arcipreste da basílica papal de Santa Maria Maior. Finalmente, no sábado, 6 de dezembro, celebrará o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério das Causas dos Santos; domingo, 7 de dezembro, o cardeal Mauro Gambetti, vigário geral de Sua Santidade para a Cidade do Vaticano. Na segunda-feira, 8 de dezembro, a solene celebração eucarística será conduzida pelo cardeal Leonardo Sandri, prefeito emérito do Dicastério para as Igrejas Orientais.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

EVANGELHO DO DIA (Mt 7,21.24-27)

ANO "A" - DIA: 04.12.2025
1ª SEMANA DO ADVENTO (ROXO)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Buscai o Senhor, vosso Deus, invocai-o enquanto está perto!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
-Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21 "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24 Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26 Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!"

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS:
"Quando a Palavra de Deus é nosso verdadeiro alicerce"

Quando a Palavra de Deus é nosso verdadeiro alicerce
“Quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa e a casa caiu. E sua ruína foi completa” (Mt 7,21.24-27).

Irmãos e irmãs, construir a vida na rocha é obedecer à Palavra de Deus, é vivenciar, colocar em prática, na vida, a palavra escutada. Isso é construir sobre a rocha, que é o próprio Cristo.

Quando vem a tempestade, quem age segundo Jesus, segundo os Seus ensinamentos, permanece firme. E essa deveria ser a nossa vocação.
Cristo, o alicerce seguro da nossa vida espiritual

Agora, é muito forte, e até certo ponto trágico, quase uma tragédia, ouvir que a ruína da casa que foi construída sobre a areia foi completa, não sobrou pedra sobre pedra. Esse é um grande alerta para nós.

Todas as condições nos são dadas para que a construção da nossa vida espiritual e a construção do nosso ser no mundo seja o próprio Cristo: escutamos a Palavra, escutamos esta homilia, a palavra de Deus que nos alcança, interpela e convida-nos à conversão, à mudança de vida. É um constante grito: “Construa a sua casa sobre a rocha!”. Às vezes, no entanto, essa não é a realidade que vivenciamos.

Cristo é a rocha, Ele é fundamento, Ele é alicerce. Jesus é alicerce, ele não é rodapé! Mas quantas vezes nós O tratamos como rodapé? Quantas vezes negligenciamos os constantes convites à conversão que escutamos de diversas maneiras, da boca de diversas pessoas? Mas nós procrastinamos, deixamos para depois e continuamos na construção sobre a areia.

A urgência de não adiar a conversão do coração
Devemos ter cuidado, porque o Evangelho diz que a ruína daquela casa foi completa. As condições para a mudança de vida, para a mudança de mentalidade nos são apresentadas. Então, abramos o nosso coração para a ação do Espírito Santo de Deus, que convence o mundo, que nos convence a respeito do pecado, e, ao nos convencer, gera em nós uma mudança interior.

Que a nossa vida esteja construída em Cristo Jesus, que é o verdadeiro alicerce, a rocha, e que o nosso coração se vincule ao coração d’Ele.

Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Edison Oliveira
Sacerdote da C. Canção Nova