Ano B - Dia: 24/06/2012 - 12 ª semana do Tempo Comum (cor branca)
Chegou o tempo de Isabel ter a criança, e ela deu à luz um menino. Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela. Quando o menino estava com oito dias, vieram circuncidá-lo e queriam lhe dar o nome do pai, isto é, Zacarias. Mas a sua mãe disse:
- Não. O nome dele vai ser João.
Então disseram:
- Mas você não tem nenhum parente com esse nome!
Aí fizeram sinais ao pai, perguntando que nome ele queria pôr no menino. Zacarias pediu uma tabuinha de escrever e escreveu: "O nome dele é João." E todos ficaram muito admirados. Nesse momento Zacarias pôde falar novamente e começou a louvar a Deus. Os vizinhos ficaram com muito medo, e as notícias dessas coisas se espalharam por toda a região montanhosa da Judéia.Todos os que ouviam essas coisas e pensavam nelas perguntavam:
- O que será que esse menino vai ser?
Pois, de fato, o poder do Senhor estava com ele.
O menino cresceu e ficou forte de espírito. E viveu no deserto até o dia em que apareceu diante do povo de Israel.
Chegou o tempo de Isabel ter a criança, e ela deu à luz um menino. Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela. Quando o menino estava com oito dias, vieram circuncidá-lo e queriam lhe dar o nome do pai, isto é, Zacarias. Mas a sua mãe disse:
- Não. O nome dele vai ser João.
Então disseram:
- Mas você não tem nenhum parente com esse nome!
Aí fizeram sinais ao pai, perguntando que nome ele queria pôr no menino. Zacarias pediu uma tabuinha de escrever e escreveu: "O nome dele é João." E todos ficaram muito admirados. Nesse momento Zacarias pôde falar novamente e começou a louvar a Deus. Os vizinhos ficaram com muito medo, e as notícias dessas coisas se espalharam por toda a região montanhosa da Judéia.Todos os que ouviam essas coisas e pensavam nelas perguntavam:
- O que será que esse menino vai ser?
Pois, de fato, o poder do Senhor estava com ele.
O menino cresceu e ficou forte de espírito. E viveu no deserto até o dia em que apareceu diante do povo de Israel.
Comentário do Evangelho
Missão profética de João e de Jesus
Os evangelhos, na medida em que procuram resgatar e interpretar memórias da vida de Jesus, apresentam semelhanças com as antigas biografias de profetas e de filósofos. O evangelho de Marcos, o mais antigo dentre os canônicos, apresenta a história de Jesus começando com o batismo de João e terminando, após a crucifixão de Jesus, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Um anexo tardio apresentará narrativas de aparições, extraídas dos outros evangelhos. O evangelho de Mateus, escrito cerca de uma década depois de Marcos, amplia a história de Jesus, apresentando, de início, narrativas relativas à concepção, nascimento e infância de Jesus, bem como, na parte final, narrativas de aparições do Ressuscitado, após o encontro do túmulo vazio. Este esquema é também adotado por Lucas.
Contudo, Lucas, de maneira original, começa seu evangelho com os anúncios das concepções de João, feitos a Zacarias, esposo de Isabel, e de Jesus, feito a Maria, apresentando, em seguida, as narrativas do nascimento dos dois. Com esta aproximação dos dois meninos, desde suas origens, Lucas procura acentuar, de maneira convincente, a íntima relação entre as missões proféticas de João e de Jesus. Esta relação é reafirmada pelos quatro evangelistas, no encontro de Jesus com João Batista, com a recepção de seu batismo, seguindo-se o início do ministério de Jesus, cujo anúncio da chegada do Reino e apelo à conversão assemelham-se aos do Batista. No Segundo Testamento, depois do nome de Pedro, o nome de João Batista é o que mais aparece nos textos, ultrapassando muito as demais ocorrências dos nomes dos próprios apóstolos.
Zacarias era sacerdote do Templo de Jerusalém. João, filho único, deveria receber o nome do pai, bem como manter a sua linhagem sacerdotal hereditária. Contudo, conforme o anúncio do anjo, o nome que lhe dão é João. Um nome diferente que já prenuncia a ruptura com o sacerdócio e com o Templo de Jerusalém. João atuará como profeta, nas regiões desérticas da Judeia, longe de Jerusalém. Chamado desde o seio materno para sua missão profética, João foi associado ao servo do livro de Isaías (primeira leitura). Ele abre os horizontes para a missão universal de Jesus, sem fronteiras nacionalistas ou raciais. João se caracteriza pelo seu batismo de conversão (segunda leitura). É a conversão à justiça, pelo que o pecado é superado. Jesus, assumindo em si todos os valores humanos, proclama a conversão à justiça como o caminho para ingresso no Reino de Deus, já presente entre nós. É o mundo novo, revestido de imortalidade e eternidade, no amor e na misericórdia.
Missão profética de João e de Jesus
Os evangelhos, na medida em que procuram resgatar e interpretar memórias da vida de Jesus, apresentam semelhanças com as antigas biografias de profetas e de filósofos. O evangelho de Marcos, o mais antigo dentre os canônicos, apresenta a história de Jesus começando com o batismo de João e terminando, após a crucifixão de Jesus, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Um anexo tardio apresentará narrativas de aparições, extraídas dos outros evangelhos. O evangelho de Mateus, escrito cerca de uma década depois de Marcos, amplia a história de Jesus, apresentando, de início, narrativas relativas à concepção, nascimento e infância de Jesus, bem como, na parte final, narrativas de aparições do Ressuscitado, após o encontro do túmulo vazio. Este esquema é também adotado por Lucas.
Contudo, Lucas, de maneira original, começa seu evangelho com os anúncios das concepções de João, feitos a Zacarias, esposo de Isabel, e de Jesus, feito a Maria, apresentando, em seguida, as narrativas do nascimento dos dois. Com esta aproximação dos dois meninos, desde suas origens, Lucas procura acentuar, de maneira convincente, a íntima relação entre as missões proféticas de João e de Jesus. Esta relação é reafirmada pelos quatro evangelistas, no encontro de Jesus com João Batista, com a recepção de seu batismo, seguindo-se o início do ministério de Jesus, cujo anúncio da chegada do Reino e apelo à conversão assemelham-se aos do Batista. No Segundo Testamento, depois do nome de Pedro, o nome de João Batista é o que mais aparece nos textos, ultrapassando muito as demais ocorrências dos nomes dos próprios apóstolos.
Zacarias era sacerdote do Templo de Jerusalém. João, filho único, deveria receber o nome do pai, bem como manter a sua linhagem sacerdotal hereditária. Contudo, conforme o anúncio do anjo, o nome que lhe dão é João. Um nome diferente que já prenuncia a ruptura com o sacerdócio e com o Templo de Jerusalém. João atuará como profeta, nas regiões desérticas da Judeia, longe de Jerusalém. Chamado desde o seio materno para sua missão profética, João foi associado ao servo do livro de Isaías (primeira leitura). Ele abre os horizontes para a missão universal de Jesus, sem fronteiras nacionalistas ou raciais. João se caracteriza pelo seu batismo de conversão (segunda leitura). É a conversão à justiça, pelo que o pecado é superado. Jesus, assumindo em si todos os valores humanos, proclama a conversão à justiça como o caminho para ingresso no Reino de Deus, já presente entre nós. É o mundo novo, revestido de imortalidade e eternidade, no amor e na misericórdia.
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