sexta-feira, 19 de junho de 2020

Libertos pelo poder da Cruz

A festa que celebramos, hoje, é muito antiga na Igreja, pois teve início 300 anos após a morte de Cristo. Naquela época, descobriram, em Jerusalém, durante escavações, um espaço com muitas cruzes. Ali, de maneira especial, encontraram três cruzes iguais. Foram até Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, e ela lhes disse: é a cruz de Jesus. Mas como saber qual era a cruz d’Ele?

Em uma determinada cruz, quando se colocavam os doentes, estes eram curados; então, a Igreja, com toda a convicção, assumiu que aquela era a cruz de Jesus. Santa Helena pediu que a trouxessem para Jerusalém; e, no dia 14, elevaram essa cruz e foi decretada uma festa.

Precisamos ser amantes da Santa Cruz. Mas como podemos olhar para Jesus crucificado, chagado e ferido, e olharmos para a cruz e exaltar a sua glória? Ela é sinal, é instrumento de salvação.

Precisamos olhar para Jesus crucificado, para o madeiro da cruz e darmos glória, assumi-la cada vez mais a cada dia. Cada um tem a sua cruz, e nós temos de carregá-la com alegria, pois é instrumento de salvação.

Paulo, em suas cartas, sempre falou da loucura da cruz, pois não há como falarmos de vitória e glória se não soubermos passar pelo cadinho da humilhação do dia a dia.

Neste mundo imediatista, queremos as coisas para ontem, e vamos perdendo a paciência quando elas não são assim. Precisamos assumir a cruz e ir à frente com ousadia, não ter medo e nos lembrarmos de que, por nós, Ele se entregou. Nós temos a tendência de nos esquecermos muito fácil das coisas, por isso, precisamos, hoje, olhar para ao madeiro da cruz e lembrar que foi por nós que Ele se entregou, olhar para Jesus crucificado e agradecer-lhe: “Obrigado, Jesus, por não se esquecer de mim”.

Nós, que queremos o céu, que somos seguidores de Cristo, precisamos renunciar, tomar nossa cruz de cada dia. Não a rejeitemos. Sem a cruz, o cristianismo não existiria, porque somos seguidores de Cristo. Não há como vivermos sem assumir a cruz, pois ela faz parte da nossa essência, da nossa história.

Hoje, é um dia de exaltarmos a cruz, ter o foco e o olhar voltados para ela, fazermos valer o Sangue derramado nela. Hoje, é um dia de mudança de vida. Não podemos permanecer no pecado. Para combater o inimigo de Deus, precisamos ser homens e mulheres da cruz, que não tenham medo de proclamar o nome de Jesus Cristo Nosso Senhor. 

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Transcrição e adaptação: Paula Dizaró

Autor: Padre Bruno Costa
Sacerdote da Canção Nova

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