ANO "A" - DIA: 06.07.2020
14ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”.
19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele.25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIOS:
"A fé é o alicerce necessário para nos salvar"
“Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te salvou’. E a mulher ficou curada a partir daquele instante” (Mateus 9,22).
Encontramos, no Evangelho de hoje, duas pessoas muito incomodadas, até tensas com o que estão vivendo, mas, ao mesmo tempo, cheias de fé no coração.
Veja que mistura de sentimentos: fé e tensão. Muitas vezes, vivemos a nossa fé sobre fortes tensões, são as tensões das circunstâncias da vida.
Um pai de família, um chefe que vê a sua filha de 10 anos, tão menina, tão pequena, praticamente morrendo, e ele, com toda a autoridade que tem, não pode fazer nada. Como aquilo atormenta o seu coração!
Como sei que sofre cada pai, cada mãe, quando vê a aflição dos filhos e não podem fazer nada! O que podiam fazer até já fizeram ou estão fazendo, dando a própria vida para salvar os filhos, mas, muitas vezes, não conseguem. Aquilo que era uma inquietação se torna um tormento.
A fé é o alicerce necessário para salvar, libertar, curar e confortar, mas é preciso cuidar com amor e não descuidar
A minha comunhão com cada pai e cada mãe que sofrem com as diversas realidades com seus filhos, sejam crianças, adolescentes ou jovens. Não é só por causa de problemas emocionais, problemas de conflitos religiosos e espirituais, mas os pais que lutam com as enfermidades dos seus filhos.
Como admiro a mãe e o pai que dão tudo de si, porque o filho nasceu com alguma doença ou enfermidade, ou a doença foi adquirida ao longo da vida. Como referencio esses pais, como realmente não só bato palmas, mas me inclino para reconhecer a grandeza desses corações, tantas vezes aflitos e com medo do filho padecer ou morrer.
Por isso, preciso falar ao coração de cada pai e cada mãe neste momento: não importa qual seja a situação do seu filho, cuide como você já cuida; continue cuidando com todo amor, mas permita que a fé mova o seu coração e impulsione o cuidado que você exerce com seu filho. Tenha sempre as duas coisas, pois elas não podem ser separadas.
Não adianta só ter fé. A fé é o alicerce necessário para salvar, libertar, curar, animar e confortar, mas é preciso cuidar com amor, carinho e não descuidar, porque muitas vidas se perdem por descuido.
Que beleza se sabemos juntar a fé e o cuidado, e o cuidado aqui significa o amor que se reveste em ternura, em gestos e cuidados necessários, que só pai e mãe podem ter.
Por maior que sejam sua ocupação de pai, por maiores que sejam seus trabalhos, não desocupe de cuidar dos seus filhos. E digo mais: a obrigação não é só da mãe. Se você como pai precisa trabalhar fora para dar o pão de cada dia, não deixe de descuidar do coração do seus filhos, arrume tempo, dialogue, escute a sua esposa, sobretudo, escute o coração dos seus filhos, pois a sua fé de pai e mãe salva a vida dos seus filhos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Canção Nova
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