Aqui estão as provas da vida e da morte de Pedro em Roma. O fato é confirmado por dois escritores do séc II (S. Ireneu) e séc IV (Tertuliano, na obra História Eclesiástica, Ed. Paulus).
Santo Ireneu (?202): (desde o primeiro século, a Igreja de Roma tinha a primazia do ensino).
“Porque é com essa Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda igreja, isto é, que devem concordar os fiéis procedentes de qualquer parte, ela, na qual sempre, em benefício dos que procedem de toda parte, se conservou a tradição que vem dos apóstolos” (Contra as Heresias).
Eusébio de Cesaréia (?340):
“Pedro e Paulo, indo para a Itália, vos transmitiram os mesmos ensinamentos e por fim sofreram o martírio simultaneamente” (História Eclesiástica, II 25,8)
Santo Ireneu apresenta a primeira lista dos doze primeiros Papas da Igreja, até o décimo segundo, até Eleutério, Papa do seu tempo. Todos sucessores de Pedro, em Roma:
“Ora, dado que seria demasiado longo… enumerar as sucessões de todas as Igrejas, tomaremos a máxima igreja, muito antiga e conhecida de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo; mostraremos que a tradição que ela tem, dos mesmos, e a fé que anunciou aos homens, chegaram até nós por sucessões de bispos”…
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“Porque, é com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda a Igreja… na qual sempre se conservou a tradição que vem dos Apóstolos”.
“Depois de ter fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado… Anacleto o sucedeu. Depois, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado. Ele tinha visto os próprios apóstolos, estivera em relação com eles; sua pregação ressoava-lhe aos ouvidos; sua tradição estava presente ainda aos seus olhos. Aliás ele não estava só, havia em sua época muitos homens instruídos pelos apóstolos…
A Clemente sucede Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida… Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aníceto, Sotero… Eleutério em 12° lugar a partir dos Apóstolos”.
“É nesta ordem e sucessão que a tradição dada à Igreja desde os apóstolos, e a pregação da verdade, chegaram até nós. E está aí uma prova muito completa de que é única e sempre a mesma, a fé vivificadora que, na Igreja desde os Apóstolos, se conservou até o dia de hoje e foi transmitida na verdade” (III, 2,2).
O TÚMULO DE PEDRO ENCONTRADO EM ROMA
São Pedro foi martirizado e sepultado em Roma. As escavações realizadas sob a basílica do Vaticano nos últimos decênios, bem como os escritores antigos, confirmam isto. Os arqueólogos descobriam um túmulo cristão sob a basílica vaticana, em meio a túmulos pagãos. Esse túmulo cristão tinha acesso por uma via que devia ser muito frequentada. Foram encontradas junto a esse túmulo numerosas inscrições a carvão (graffiti), fazendo menção ao Apóstolo Pedro. Encontraram ossos de um indivíduo de 60 a 70 anos, que é muito provavelmente de S. Pedro. Quando Pedro morreu, no ano 67, os cristãos ainda não tinham cemitérios próprios, e por isso o enterraram em um cemitério pagão. Foi o imperador romano Constantino, filho de Santa Helena, que convertido ao Cristianismo, construiu a basílica de S. Pedro, no século IV. É importante notar que ele podia ter escolhido, ao lado do local onde a Basílica foi construída, um terreno mais adequado, plano e grande: o chamado “Circo de Nero”. Ao contrário, mandou edificar a Basílica sobre um terreno fortemente inclinado e já ocupado por um cemitério, que era um local respeitado pelos romanos. Se Constantino preferiu o local acidentado e “desrespeitou” o cemitério, construindo sobre ele a Basílica, é porque deve ter tido uma razão forte, exatamente a presença do túmulo de São Pedro ali.
Por todas essas razões os Bispos de Roma são os sucessores de Pedro, com jurisdição sobre toda a Igreja. A Igreja Católica é chamada também de Romana por ter a sua sede, a Santa Sé, em Roma. Esta denominação, embora não seja uma exigência doutrinária, não é gratuita. Firmando a sede da Sua Igreja exatamente no coração do Império Romano, aquele que quis destruir a Igreja, que sacrificou milhares de mártires, com isto Cristo mostrou ao mundo que a Sua Igreja é invencível, e que jamais os poderes do inferno a vencerão. Sua promessa se cumpre. O império romano, talvez o maior império que a humanidade já conheceu, não conseguiu vencer aqueles Doze homens simples da Galileia; ao contrário, foi “engolido” pelo cristianismo. No ano 313 o imperador Constantino, filho de Santa Helena, assinava o Edito de Milão, que acabava com a perseguição contra os cristãos em todo o império. Pouco tempo depois, o imperador Teodósio oficializava o cristianismo como a religião oficial do império.
Fonte: cleofas.com.br
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