Jesus instituiu a Eucaristia na última Ceia, que era a ceia judaica da Páscoa. Esta ceia começava servindo-se ervas amargas e pães ázimos, sem fermento. As ervas amargas simbolizavam os tempos duros de escravidão do povo judeu no Egito, e os pães ázimos simbolizavam que a saída foi às pressas, sem que as mulheres tivessem tempo de colocar o fermento nos pães. Antes e depois tomava-se uma taça de vinho.
Então, o filho mais novo perguntava ao pai o sentido dessas coisas estranhas, e o pai lhes explicava como Deus milagrosamente os libertara dos egípcios, passando das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade. Terminava com a recitação da primeira parte do Hallel (Salmos 112 e 113, 1-8).
Em seguida fazia-se a ceia. O pai de família tomava um dos pães ázimos, partia-o e distribuía-o. Depois se comia o cordeiro. No final, o pai tomava novo cálice de vinho e proferia a ação de graças após a refeição. Todos bebiam do mesmo cálice; era o “cálice da bênção”, do qual fala S. Paulo em 1Cor 10,16. Em seguida cantava-se a segunda parte do Hallel (Sl 113,9; 117,29 e 135).
Foi neste contexto que Jesus celebrou e instituiu a Eucaristia como narram os evangelistas (Mt 26,26-29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 15-20; 1Cor 11, 23-26).
Jesus terminou dizendo aos Apóstolos: “fazei isto em memória de mim” (1Cor 11, 24). Através dessa passagem de S. Paulo aos Coríntios, do ano 56, sabemos que a Eucaristia era celebrada em uma refeição comum, nas casas, levando cada um a sua refeição. Por causa dos abusos, como mostra S. Paulo, logo houve a separação da ceia comum da Eucaristia, que passou a ser celebrada nas primeiras horas do domingo, quando Cristo ressuscitou.
No ano 56 S. Paulo deixava claro aos coríntios que quem participasse indignamente da Eucaristia, se tornaria réu “do corpo e do sangue do Senhor” (1 Cor 11, 23-26). E as graves consequências desse pecado, indicadas pelo Apóstolo, mostram que a Eucaristia não é mero símbolo, mas presença real de Jesus na hóstia consagrada.
“Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão com o corpo e Cristo?” (1Cor 10,16-21).
Plínio o jovem, Governador da Bitínia na Ásia Menor, em 111, atestava:
“Os cristãos estão habituados a se reunirem em determinado dia, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles têm como Deus. De tarde, reúnem-se de novo em uma ceia comum em favor dos mais pobres, chamada ágape” (Epistola a Trajano 10,96).
Depois dos escritos dos Evangelhos, a mais antiga descrição da celebração da Eucaristia é a de S. Justino, em sua Apologia, do ano 150, escrita ao imperador romano Antonino. Vejamos o seu relato:
“Terminadas as orações, damos mutuamente o ósculo da paz. Apresenta-se, então, a quem preside aos irmãos, pão e um vaso de água e vinho, e ele tomando-os dá louvores e glória ao Pai do universo pelo nome de seu Filho e pelo Espírito Santo, e pronuncia uma longa ação de graças em razão dos dons que dele nos vêm. Quando o presidente termina as orações e a ação de graças, o povo presente aclama dizendo: Amém… Uma vez dadas as graças e feita a aclamação pelo povo, os que entre nós se chamam diáconos oferecem a cada um dos assistentes parte do pão, do vinho, da água, sobre os quais se disse a ação de graças, e levam-na aos ausentes.
Este alimento se chama entre nós Eucaristia, não sendo lícito participar dele senão ao que crê ser verdadeiro o que foi ensinado por nós e já se tiver lavado no banho [batismo] da remissão dos pecados e da regeneração, professando o que Cristo nos ensinou.
Porque não tomamos estas coisas como pão e bebida comuns, mas da mesma forma que Jesus Cristo, nosso Senhor, se fez carne e sangue por nossa salvação, assim também se nos ensinou que por virtude da oração do Verbo, o alimento sobre o qual foi dita a ação de graças – alimento de que, por transformação, se nutrem nosso sangue e nossas carnes – é a carne e o sangue daquele mesmo Jesus encarnado. E foi assim que os Apóstolos, nas Memórias por eles escritas, chamadas Evangelhos, nos transmitiram ter-lhe sido ordenado fazer, quando Jesus, tomando o pão e dando graças, disse: “Fazei isto em memória de mim, isto é o meu corpo”. E igualmente, tomando o cálice e dando graças, disse: “Este é o meu sangue”, o qual somente a eles deu a participar…
No dia que se chama do Sol [domingo] celebra-se uma reunião dos que moram nas cidades e nos campos e ali se leem, quanto o tempo permite, as Memórias dos Apóstolos ou os escritos dos profetas.
Assim que o leitor termina, o presidente faz uma exortação e convite para imitarmos tais belos exemplos. Erguemo-nos, então, e elevamos em conjunto as nossas preces, após as quais se oferecem pão, vinho e água, como já dissemos. O presidente também, na medida de sua capacidade, faz elevar a Deus suas preces e ações de graças, respondendo todo o povo “Amém”. Segue-se a distribuição a cada um, dos alimentos consagrados pela ação de graças, e seu envio aos doentes, por meio dos diáconos. Os que têm, e querem, dão o que lhes parece, conforme sua livre determinação, sendo a coleta entregue ao presidente, que assim auxilia os órfãos e viúvas, os enfermos, os pobres, os encarcerados, os forasteiros, constituindo-se, numa palavra, o provedor de quantos se acham em necessidade” (Apologias).
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A Didaquè (ou Doutrina dos Doze Apóstolos), do primeiro século, traz este relato:
“Reunidos no dia do Senhor (dominus), parti o pão e daí graças, depois de confessardes vossos pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro. Quem tiver divergência com seu companheiro não deve juntar-se a nós antes de se reconciliar, para que não seja profanado vosso sacrifício, conforme disse o Senhor: Que em todo lugar e tempo me seja oferecido um sacrifício puro, pois sou um rei poderoso, diz o Senhor, e meu nome é admirável entre as nações” (Ml 1, 11) (n. XIV).
“Quanto à Eucaristia, celebrai-a assim:
Primeiro, sobre o cálice: Damos-te graças, Pai nosso, pela santa videira de Davi, teu servo, que nos deste a conhecer por Jesus, teu Servo.
Glória a ti nos séculos!
Depois sobre o pão partido:
Damos-te graças, Pai nosso, pela vida e pela sabedoria que nos deste a conhecer por Jesus, teu Servo.
Glória a ti nos séculos!
Assim como esse pão, outrora disseminado sobre as montanhas, uma vez ajuntado, se tornou uma só massa, seja também reunida tua Igreja, desde as extremidades da terra, em teu reino, pois a ti pertence a glória e o poder, por Jesus Cristo, para sempre.
Que ninguém coma ou beba da vossa Eucaristia se não for batizado em nome do Senhor, pois a este respeito disse ele: “Não deis aos cães o que é santo” (Mt 7,6).
Depois de vos terdes saciado, dai graças assim:
Nós te damos graças, Pai Santo, pelo teu santo nome que puseste em nossos corações, e pelo conhecimento, pela fé e imortalidade que nos deste por meio de Jesus, teu Servo. Glória a ti nos séculos!
Tu, Senhor onipotente, tudo criaste para honra e glória do teu nome; e deste alimento e bebida aos homens, para seu desfrute; a nós porém, deste um alimento e uma bebida espirituais e a vida eterna, por meio do teu Servo.
Assim, antes de tudo, damos-te graças porque és poderoso. Glória a ti nos séculos!
Lembra-te Senhor, de livrar do mal a tua Igreja, e de torná-la perfeita em teu amor. Congrega-a dos quatro ventos, santificada no reino que lhe preparaste, pois a ti pertence o poder e a glória, para sempre!
Hosana ao Deus de Davi!
Se alguém é santo, aproxime-se; se alguém não é, converta-se!
Maranathá. Amém.
Quanto aos profetas, deixai-os render graças o quanto quiserem. (n.10)
Santo Inácio de Antioquia (†107), bispo e mártir, disse sobre a Eucaristia:
“Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres” (Carta aos Efésios).
Santo Ireneu (140-202), deixou este registro sobre a Eucaristia:
“Dado que nós seus membros [de Cristo], nos alimentamos de coisas criadas, (as quais, aliás, ele mesmo nos oferece…), também quis fosse seu sangue o cálice de vinho, extraído da Criação, para com ele robustecer nosso sangue; quis fosse seu corpo o pão, também proveniente da Criação, para com ele robustecer nossos corpos. Se, pois, a mistura do cálice e pão recebem a palavra de Deus tornando-se a Eucaristia do sangue e do corpo de Cristo, pelos quais cresce e se fortifica a substância de nossa carne, como se haverá de negar à carne, assim nutrida com o corpo e sangue de Cristo, e feita membro do seu corpo, a aptidão de receber o dom de Deus, a vida eterna?
Assim como a muda da videira, depositada na terra, depois frutifica, e o grão de trigo, caído no solo e destruído, ressurge multiplicado pela ação do Espírito de Deus que tudo sustém; e em seguida pela arte dos homens se fazem dessas coisas vinho e pão, que pela palavra de Deus se tornam a Eucaristia, corpo e sangue de Cristo; assim também nossos corpos, alimentados com a Eucaristia, ao serem depositados na terra e aí destruídos, vão ressurgir um dia para a glória do Pai, quando a palavra de Deus lhes der a ressurreição. O Pai reveste de imortalidade o que é mortal, dá gratuitamente a incorrupção ao que é corruptível, pois o poder de Deus se manifesta na fragilidade” (Contra as heresias, lv 5, cap. 2, 18,19,20).
Santo Hipólito de Roma (160-235):
“Logo que se tenha tornado bispo, ofereçam-lhe todos o ósculo da paz, saudando-o por ter se tornado digno. Apresentem-lhe os diáconos a oblação e ele, impondo as mãos sobre ela, dando graças com todo o presbiterium, diga:
O Senhor esteja convosco.
Respondam todos:
E com o teu espírito.
– Corações ao alto!
– Já os oferecemos ao Senhor.
– Demos graças ao Senhor.
– É digno e justo.
E prossiga a seguir:
Graças te damos, Deus, pelo teu Filho querido, Jesus Cristo, que nos últimos tempos nos enviastes, Salvador e Redentor, mensageiro da tua vontade, que é o teu Verbo inseparável, por meio do qual fizestes todas as coisas e que, porque foi do teu agrado, enviaste do Céu ao seio de uma Virgem; que, aí encerrado, tomou um corpo e revelou-se teu Filho, nascido do Espírito Santo e da Virgem. Que, cumprindo a tua vontade – e obtendo para ti um povo santo – ergueu as mãos enquanto sofria para salvar do sofrimento os que confiaram em ti. Que, enquanto era entregue à voluntária Paixão para destruir a morte, fazer em pedaços as cadeias do demônio, esmagar os poderes do mal, iluminar os justos, estabelecer a Lei e dar a conhecer a Ressurreição, tomou o pão e deu graças a ti, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu Corpo que por vós será destruído; tomou, igualmente, o cálice, dizendo: Este é o meu Sangue, que por vós será derramado. Quando fizerdes isto, fá-lo-eis em minha memória.
Por isso, nós que nos lembramos de sua morte e Ressurreição, oferecemos-te o pão e o cálice, dando-te graças porque nos considerastes dignos de estar diante de ti e de servir-te.
E te pedimos que envies o Espírito Santo à Oblação da santa Igreja: reunindo em um só rebanho todos os fiéis que recebemos a Eucaristia na plenitude do Espírito Santo para o fortalecimento da nossa fé na verdade, concede que te louvemos e glorifiquemos, pelo teu Filho Jesus Cristo, pelo qual a ti a glória e a honra – ao Pai e ao Filho, com o Espírito Santo na tua santa Igreja, agora e pelos séculos dos séculos. Amém (Tradição Apostólica).
São Cipriano de Cartago (†258) dizia, em tempo de perseguição dos cristãos:
“Os fiéis bebem diariamente do cálice do Senhor, para que possam também eles derramar o seu sangue por Cristo” (Epist. 56, n. 1).
Santo Hilário de Poitiers (316-367):
“Ele mesmo diz: “Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come da minha carne e bebe do meu sangue, fica em mim e eu nele” (Jo 6,56). Quanto à verdade da carne e do sangue, não há lugar para dúvida; é verdadeiramente carne e verdadeiramente sangue, como vemos pela própria declaração do Senhor e por nossa fé em suas palavras. Esta carne, uma vez comida, e este sangue, bebido, fazem que sejamos também nós um em Cristo, e o Cristo em nós. Não é isto verdade? Não o será para os que negam ser Jesus Cristo verdadeiro Deus! Ele está, pois, em nós por sua carne, e nós nele, e ao mesmo tempo o que nós somos está com Ele em Deus.
…Ele está em nós pelo mistério dos sacramentos, como está no Pai pela natureza da sua divindade, e nós nele pela sua natureza corporal. Ensina-se, portanto, que pelo nosso Mediador se consuma a unidade perfeita, pois enquanto nós permanecemos nele, ele permanece no Pai, e, sem deixar de permanecer no Pai, permanece também em nós, e assim nós subimos até à unidade do Pai. Ele está no Pai, fisicamente, segundo a origem de sua eterna natividade, e nós estamos nele, fisicamente, enquanto também está em nós fisicamente” (Sobre a Santíssima Trindade).
São Cirilo de Jerusalém (†386):
“Quanto a mim, recebi do Senhor o que também vos transmiti” etc. (1Cor 11,23). Esta doutrina de São Paulo é bastante para produzir plena certeza sobre os divinos mistérios pelas quais obtendes a dignidade de vos tornardes concorpóreos e consanguíneos de Cristo.
Quando, pois, ele mesmo declarou do pão: “isto é o meu corpo”, quem ousará duvidar?
E quando ele asseverou categoricamente: “isto é o meu sangue”, quem ainda terá dúvida, dizendo que não é?
Outrora, em Caná da Galiléia, por sua vontade, mudara a água em vinho, e não seria também digno de fé, ao mudar o vinho em sangue?…
É, portanto, com toda a segurança que participamos de certo modo do corpo e sangue de Cristo: em figura de pão é deveras o corpo que te é dado, e em figura de vinho o sangue, para que, participando do corpo e sangue de Cristo, te tornes concorpóreo e consanguíneo dele. Passamos a ser assim Cristóforos, isto é, portadores de Cristo, cujo corpo e sangue se difundem por nossos membros. E então, como diz S. Pedro, “participamos da natureza divina” (2Pe 1,4).
Não trates, por isso, como simples pão e vinho a este pão e vinho, pois, são, respectivamente, corpo e sangue de Cristo, consoante a afirmação do Senhor. E ainda que os sentidos não o possam sugerir, a fé no-lo deve confirmar com segurança. Não julgues a coisa pelo paladar. Antes pela fé, enche-te de confiança, não duvidando de que foste julgado digno do corpo e sangue de Cristo.
Ao te aproximares, não o faças com as mãos estendidas nem com os dedos separados. Faze com a esquerda como um trono na qual se assente a direita, que vai conter o Rei. E, no côncavo da palma, recebe o Corpo de Cristo, respondendo: “Amém”. Com segurança, então, depois de santificados teus olhos pelo contato do santo corpo, recebe-o, cuidando para nada perderes… Depois, aguardando a oração, dá graças a Deus que te fez digno de tão grandes mistérios.
Conservai invioláveis estas tradições, guardai-as sem falha” (Catequeses Mistagógicas).
Nota: A Tradição da Igreja mostra que, para os primeiros cristãos, na celebração da Eucaristia torna-se presente a própria oblação de Cristo ao Pai feita no Calvário. É importantíssimo entender que não se trata de uma repetição ou multiplicação do sacrifício do Calvário, pois Jesus se imolou uma vez por todas (Hb 4, 14; 7, 27; 9, 12.25s. 28; 10, 12.14). A Ceia “torna presente” através dos tempos o único sacrifício de Cristo, para que possamos participar dele e sermos salvos. O corpo e o sangue de Jesus estão presentes na Eucaristia não de qualquer modo, mas como “vítima”; pois estão corpo e sangue separados sobre o altar, como no sacrifício das vítimas do Sinai que selou a Antiga Aliança (Ex 24,6-8).
Ouça também: O Sacramento da Eucaristia
Assim diziam os santos Padres:
S. João Crisóstomo, bispo de Constantinopla (†403):
“Sacrificamos todos os dias fazendo memória da morte de Cristo” (In Hebr 17,3).
Teodoreto de Ciro (†460):
“É manifesto que não oferecemos outros sacrifícios senão Cristo, mas fazemos aquela única e salutífera comemoração” (In Hebr. 8,4).
S. Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja:
“Talvez digas: é meu pão de cada dia. Mas este pão é pão antes das palavras sacramentais; desde que sobrevenha a consagração, a partir do pão se faz a carne de Cristo. Passemos então provar esta verdade. Como pode aquilo que é pão ser corpo de Cristo? Com que termos então se faz a consagração e com as palavras de quem? Do Senhor Jesus. Efetivamente tudo o que foi dito antes é dito pelo sacerdote… Quando se chega a produzir o venerável sacramento, o Sacerdote já não usa suas próprias palavras, mas serve-se das palavras de Cristo. É, pois, a palavra de Cristo que produz este sacramento. Qual é esta palavra de Cristo? É aquela pela qual todas as coisas foram feitas. O Senhor deu ordem e se fez o céu. O Senhor deu ordem e se fez a terra. O Senhor deu ordem e se fez os mares. O Senhor deu ordem e todas as criaturas foram geradas. Percebes, pois, quanto é eficaz a palavra de Cristo. Se, pois, existe tamanha força na Palavra do Senhor Jesus, a ponto de começarem as coisas que não existiam, quanto mais eficaz não deve ser para que continuem a existir as que eram, e sejam mudadas em outra coisa?
Assim, pois, para dar-te uma resposta, antes da consagração não era o corpo de Cristo, mas após a consagração, posso afirmar-te que já é o corpo de Cristo.
Não é, pois, sem motivo que tu dizes: Amém, reconhecendo já, em espírito, que recebes o corpo de Cristo. Quando te apresentas para pedi-lo, o sacerdote te diz: “Corpo de Cristo”. E tu responde: Amém, quer dizer, é verdade. Aquilo que a língua confessa, conserve-o o afeto. No entanto, para saberes: é este o sacramento, precedido pela figura” (Os Sacramentos e os Mistérios, Lv 4, 4-6, Ed. Vozes, pag. 50-55).
Prof. Felipe Aquino
Fonte: cleofas.com.br
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