O arcebispo de Tóquio lembra que o Papa Francisco enfatizou a importância da solidariedade para proteger a vida e enfrentar a crise. Observando os conflitos que atingem o planeta, dom Kikuchi diz estar preocupado com o fato que à crise pandêmica se acrescente a crise da guerra. Referindo-se ao conflito na Ucrânia, ele estigmatiza "o ato violento de uma grande potência que tem espezinhado os crescentes esforços da comunidade internacional em sua busca pela paz"
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"Este é um ano em que a paz foi violentamente espezinhada. A dignidade da vida está sendo negligenciada e sua proteção está sendo colocada de lado. Para nossos dez dias de oração pela paz, este ano nos encontramos em meio a uma nova crise pela vida."
É o que afirma o arcebispo de Tóquio e presidente da Conferência Episcopal do Japão, dom Isao Kikuchi, em sua Mensagem intitulada "Dez dias de oração pela paz", que a Igreja nipônica está celebrando de 6 a 15 de agosto, para recordar as duas explosões nucleares em Hiroshima e Nagasaki (6 e 9 de agosto de 1945) e invocar a proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria, na festa da Assunção de Nossa Senhora, dia 15 de agosto.
Francisco: a solidariedade para proteger a vida
O prelado lembra que o Papa Francisco enfatizou a importância da solidariedade para proteger a vida e enfrentar a crise. Observando os conflitos que atingem o planeta, o arcebispo diz estar preocupado com o fato que à crise pandêmica se acrescente a crise da guerra.
Referindo-se ao conflito na Ucrânia, dom Kikuchi estigmatiza "o ato violento de uma grande potência que tem espezinhado os crescentes esforços da comunidade internacional em sua busca pela paz", lembrando "os desejos de tantas pessoas que querem proteger a vida e procurar a paz".
"Durante a pandemia aprendemos com a experiência que apoiar um ao outro e cuidar da vida um do outro é a melhor maneira de proteger a vida. A paz não é simplesmente a ausência de conflito, mas é uma situação onde os vários fatores na sociedade, potencialmente geradores de conflito, são removidos e a vida é vivida em apoio mútuo", observa ele.
Mensagem de Páscoa do Papa Francisco "Urbi et Orbi"
"Agora, o mundo está dominado pela sensação de que a paz pode ser conquistada através da violência. Mas isso só espezinharia a verdadeira paz", observa o texto da Mensagem, que cita a mensagem de Páscoa do Papa Francisco "Urbi et Orbi", pronunciada em 17 de abril, na qual o Pontífice pediu:
"Por favor, por favor, não nos acostumemos com a guerra! Comprometamo-nos todos a implorar a paz, de nossas varandas e em nossas ruas! Paz! Que os líderes das nações escutem o pedido de paz das pessoas."
Defender a vida humana em todas as suas fases
Reiterando com tristeza que a guerra causa uma profunda crise na vida de milhares de pessoas, que são forçadas a deixar suas casas e fugir e enfrentar perigos, o presidente dos bispos japoneses observa:
"O dom da vida dada por Deus deve ser protegido do começo ao fim. Nós que vivemos nesta casa comum somos chamados a promover a eco-justiça, ou seja, a defender a vida humana desde a concepção até a morte, assim como todas as formas de vida na Terra."
Deixemo-nos conquistar pela paz de Cristo!
"Em nossos Dez Dias de Oração pela Paz – conclui o texto, dirigindo-se aos fiéis japoneses - nos é dado tempo para refletir e agir pela paz. Toda guerra traz consigo consequências que afetam toda a família humana: desde a dor e o luto até o drama dos refugiados, passando pela crise econômica e alimentar. Deixemo-nos conquistar pela paz de Cristo! A paz é possível; a paz é um dever; a paz é a principal responsabilidade de todos."
Fonte: www.vaticannews.va
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