quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil


Viva a mãe de Deus e Nossa!

12 de outubro de 1717, Conde de Assumar, governador, em Guaratinguetá.

Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso no porto de Itaguassú, distância bastante, sem tirar peixe algum.

João Alves tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça da mesma Senhora.

A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

“Dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

Verificaram-se alguns sinais milagrosos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá.

O Padre José Alves então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela para satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem.

Depois esta capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte).

Em 1846 foi iniciada a construção de templo maior, que ainda existe em Aparecida do Norte. No ano de 1980 foi abençoada a nova e grande Basílica pelo Papa João Paulo II.

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Em 1884 a Princesa Isabel doou uma coroa a Nossa Senhora Aparecida. Com a doação desta jóia, a princesa pagava uma promessa feita a Maria, em que pedira, em 1868, um herdeiro para o trono. Sete anos após ter feito o pedido, a princesa Isabel deu à luz D. Pedro de Alcântara.

Em 1884 a princesa retornou a Aparecida com a coroa e com os três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Felipe e D. Antônio. A Coroação aconteceu em 1904.

Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Presidente da República Washington Luiz e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares. No manto há as bandeiras do Brasil e do Vaticano.

Entre os milagres que provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subsequentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem.

Relato do Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:

“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intacto o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).

Pio XI proclama Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava o seguinte “Motu proprio”:

“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.

D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.




Nova Basílica – iniciada em 1955 sob pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Nossa Senhora, Padroeira desse bom povo que a seus pés busca socorro espiritual.

O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários… Na verdade, o fenômeno se explica pela longa permanência da estátua dentro da água do rio, mas é inegável que ela apareceu no Brasil bem na época da escravidão dos negros, e é difícil não ver na sua cor uma mensagem aos brancos de que os negros são seus irmãos.

Prof. Felipe Aquino




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