sábado, 18 de março de 2023

EVANGELHO DO DIA (Mt 1,16.18-21.24a)

ANO "A" - DIA: 18.03.2023
DIA DE SÃO JOSÉ (BRANCO)

— Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, palavra de Deus!
— Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de vos louvar! (Sl 83(84),5)
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

COMENTÁRIOS:
"Peça a intercessão de São José pelas nossas famílias"

“Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. (…) e sua Mãe disse-Lhe: ‘ Meu Filho, porque agiste assim conosco? Teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura’. Jesus respondeu-lhes: ‘Por que Me procuráveis? Não sabeis que Eu devo estar na casa de meu Pai?’”. (Lucas 2, 41-44; 48-49)

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Essa é a Palavra de Deus proposta pela Igreja, neste sábado, em que celebramos antecipadamente a Solenidade de São José, porque, amanhã, nós temos um domingo quaresmal, então, a Igreja celebra, hoje, a Solenidade de São José.

O Evangelho nos diz que, a cada ano, os pais de Jesus iam à Jerusalém para a festa da Páscoa. Esse “cada ano” denota, justamente, a religiosidade de São José. José era um homem religioso, cumpridor dos seus deveres com Deus. Certamente, ele ia também todos os sábados à sinagoga, porque o judeu também frequentava a sinagoga nos sábados, para aprender da Palavra de Deus. Ele guardava, certamente, as festas judaicas; era um dizimista, porque os judeus tinham o pagamento do dízimo, a oferta para Deus, como forma de retribuição aos benefícios que de Deus recebiam. Certamente, ele acompanhava a sua esposa também nas suas realidades religiosas.
São José nos ensina a colocar a família em primeiríssimo lugar

Maria, certamente, não era viúva de marido vivo, Maria tinha, ao seu lado, São José, que assumiu Ela e o Menino Jesus. José se casou de verdade, José entregou o seu coração à vontade de Deus. Certamente, tinha amigos, mas a família vinha sempre em primeiro lugar — cuidado; muito cuidado, quando o bar vier antes da família, quando o futebol vier antes da família, quando churrasco e a cerveja vierem antes da família. São José nos ensina a colocar a família em primeiríssimo lugar. Depois, o trabalho, São José tinha tempo para o trabalho, São José tinha tempo para sua religiosidade, São José tinha tempo para todas as suas atividades.

O Evangelho também nos diz que, aos doze anos de Jesus, lá estava São José. Doze anos era uma data muito importante para o menino judeu, pois existia uma celebração chamada bar-mitzvá, em que, aos doze anos, o menino já se tornava adulto na fé, ele já tinha de observar a lei de Deus, era a iniciação de Jesus na lei judaica. Jesus se tornava um adulto na fé.

E José foi um pai que acompanhou as etapas de Jesus, o pai precisa estar no batizado do filho, na primeira eucaristia, na crisma, no matrimônio dos filhos, não é só um acompanhador na dimensão intelectual do filho, mas, sobretudo, no aspecto religioso. São José era um pai exemplar no acompanhamento religioso do seu filho.

A Palavra diz que o menino ficou para trás sem que seus pais o notassem, a tradução é “sem que seus pais soubessem”. Certamente, um pai não sabe tudo; aqui está revelado também a fragilidade dos pais, pois não existe uma cartilha para ser pai, é na vida que se aprende e também com os erros. Um pai também vive um drama de não ter todas as respostas para os seus filhos, José também viveu o drama de não ter notado Jesus, a sua falta.

Os pais também têm limites. Quantos pais não podem dar conforto para o filho, bens materiais, porque ganham, talvez, um salário miserável… Quantos pais não sabem o que dizer para os filhos, diante dos dramas da enfermidade, de um vício, das crises, da sexualidade, na identidade… Quantos corações de pais que vivem esse drama, mas São José também ensina que é preciso refugiar-se na vontade de Deus para colher, em Deus, a resposta para as suas realidades.

Peça a intercessão de São José pelas nossas famílias, pelos nossos pais.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Bruno Antônio
Sacerdote da C. Canção Nova



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