ANO "A" - DIA: 09.10.2023
27ª SEMANA DO TEMPO COMUM (VERDE)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13,34)
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?”
26Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!”
28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”
30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto.
31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
33Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”.
E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIOS:
"Dedique amor e atenção às necessidades do próximo"
“Naquele tempo, um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: ‘Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?’ Jesus lhe disse: ‘Que está escrito na Lei? Como lês?’ Ele então respondeu: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!’ Jesus lhe disse: ‘Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás’”. (Lucas 10,25-28)
Novamente, somos convidados pela Liturgia desse dia a refletirmos sobre o maior de todos os mandamentos, que é o amor a Deus de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos são o fundamento de toda a nossa vida espiritual, de todos os demais mandamentos.
Cumpri-los nos tornará herdeiros do Reino dos Céus. Se nós vivermos mesmo, com profundidade, esses dois mandamentos, já somos possuidores do Reino dos Céus. Parece simples, mas é um simples que ainda temos dificuldade para executar, para colocarmos em prática.
Sabemos o que deve ser feito, assim como o mestre da Lei que ali perguntava a Jesus somente para testá-Lo, porque Ele já sabia dessa Palavra. Porém, mesmo sabendo o que deve ser feito, temos uma capacidade enorme de dificultar, de ocultar e não fazer aquilo que o Senhor nos ensina, que é exercer o amor para com Deus e para com o próximo.
Tanto é que o doutor da Lei, continuando a sua estratégia em parecer uma pessoa desentendida, pergunta a Jesus sobre quem é o próximo. E aí Jesus, com toda a paciência, com essa parábola do bom samaritano, começa a explicar a ele quem é o próximo.
Peçamos essa graça de amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos
O samaritano, embora fosse uma pessoa desprezada por todos, considerado alguém impuro, alguém que não podia conviver com os judeus, foi o único que teve a iniciativa de ajudar alguém que estava necessitado, foi o único que se compadeceu com aquela pessoa que foi assaltada. Portanto, o samaritano foi o único que cumpriu com o mandamento, porque ele enxergou no necessitado, naquele homem, o seu próximo, independente de quem ele era.
Muitas vezes, não é por falta de conhecimento da vontade de Deus nem é por falta de oportunidade em realizar, em executar o amor para com o próximo; na maioria das vezes, é por falta de iniciativa mesmo, é por falta de comprometimento com a vida dos nossos irmãos, é por falta de caráter que não vivemos aquilo que o Senhor nos ensina, aquilo que já sabemos que deve ser feito.
Muitas vezes, escondemo-nos, fingimos que não estamos vendo, fazemos vista grossa às situações de necessidade do nosso próximo, vamos dando desculpas e vivendo no comodismo. Sabemos o que deve ser feito, mas não fazemos por comodismo, por falta de caráter e falta de comprometimento com a Lei de Deus.
Como disse: parece ser fácil, porém, muitas vezes, preferimos tornar a situação complicada e não a realizar. Peçamos a graça de Deus de realizar aquilo que nós já sabemos, aquilo que o nosso coração já nos aponta, aquilo que nós sabemos que deve ser feito. Peçamos essa graça de amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos!
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da C. Canção Nova
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