domingo, 5 de maio de 2024

EVANGELHO DO DIA (Jo 15,9-17)

ANO "B" - DIA: 05.05.2024
6º DOMINGO DA PÁSCOA (BRANCO)

Naquele tempo, Jesus falou assim aos seus discípulos: «Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.

»Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vos sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros».

COMENTÁRIOS:
«Eu vos chamo amigos»
Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, celebramos o último Domingo antes das solenidades da Ascensão e Pentecostes, que encerram a Páscoa. Se, ao longo destes Domingos, Jesus ressuscitado se manifestou como o Bom Pastor e a videira a quem há que estar unido como os sarmentos, hoje abre-nos de par em par o seu Coração.

Naturalmente, no seu Coração só encontramos amor. O que constitui o mistério mais profundo de Deus é que é Amor. Tudo o que fez desde a criação até a redenção é por amor. Tudo o que espera de nós como resposta à sua acção é amor. Por isso, as suas palavras ressoam hoje: «Permanecei no meu amor» (Jo 15,9). O amor pede reciprocidade, é como um diálogo que nos faz corresponder com um amor crescente ao seu amor primeiro.

Um fruto do amor é a alegria: «Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós» (Jo 15,11). Se nossa vida não reflecte a alegria de acreditar, se nos deixamos afogar pelas contrariedades sem ver que o Senhor também está aí presente e nos consola, é porque não conhecemos Jesus suficientemente.

Deus sempre toma a iniciativa. Dizemo-lo expressamente ao afirmar que «fui eu que vos escolhi» (Jo 15,16). Sentimos a tentação de pensar que escolhemos, mas não fizemos nada mais que responder a um chamamento. Escolheu-nos gratuitamente para sermos amigos: «Já não vos chamo servos, (...); Chamo-vos amigos» (Jo 15,15).

Nos começos, Deus fala com Adão como um amigo fala com seu amigo. Cristo, novo Adão, recuperou-nos não apenas a amizade anterior, mas a intimidade com Deus, já que Deus é Amor.

Tudo se resume nesta palavra: “amar”. Recorda-nos Sto. Agostinho: «O Mestre bom recomenda-nos tão frequentemente a caridade como o único mandamento possível. Sem a caridade todas as outras boas qualidades não servem para nada. A caridade, em efeito, conduz o homem necessariamente a todas as outras virtudes que o fazem bom».

Fonte: evangeli.net

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