O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, recebeu na manhã desta terça-feira, 6, o secretário da Nunciatura Apostólica na Coreia do Sul, monsenhor Fernando Reis. Do clero da diocese de Jataí (GO), o presbítero está no continente asiático há três anos e há 10 no Serviço do Corpo Diplomático da Santa Sé.
Monsenhor Fernando compartilhou que a visita à Capital Federal nesses dias conta com um momento com o arcebispo, cardeal Paulo Cezar Costa, que foi seu professor, além de amigos que atuam na Igreja e no Ministério das Relações Exteriores, amigos que conheceu em outros países e que agora estão em Brasília.
Desde 2011, monsenhor Fernando está envolvido nas atividades diplomáticas. Naquele ano, foi enviado pelo então bispo diocesano de Jataí, dom Luiz Majella Delgado, para a Academia Diplomática, em Roma, onde passou três anos em formação. Em seguida, esteve a serviço das nunciaturas em Uganda e na Romênia. Desde 2021 atua na Coreia do Sul.
Jornada Mundial da Juventude
Em 2027, a Coreia do Sul receberá a Jornada Mundial da Juventude. Monsenhor Fernando destaca que esse caminho de preparação para o evento que reúne participantes de todo o mundo passa pela Nunciatura Apostólica, uma vez que o evento é concluído com a visita do Papa.
“Boa parte da organização da jornada passa pela Nunciatura, sobretudo a questão de articulação e também porque está envolvida com a jornada a visita apostólica, a visita do Papa. Assim com informações, para recomendar a questão de vistos nos consulados dos respectivos países, muita coisa coisa vai passar pela nunciatura”, sublinha.
Já a maior parte da preparação é feita pela arquidiocese anfitriã, no caso a arquidiocese de Seul. Esse trabalho acontece “em comunhão com todas dioceses da Coreia, todos os bispos, toda a Igreja da Coreia”, destacou Reis.
Perguntado da expectativa para acolher os brasileiros em 2027, monsenhor Fernando não pôde dar certeza de sua presença no país, uma vez que há um ciclo de serviço à Nunciatura Apostólica. “Já tenho três anos e meio na Coreia, creio que não estarei lá como secretário da Nunciatura até 2027, tudo pode acontecer, mas, provavelmente, não. A expectativa continua. Como brasileiro, é grande. A minha expectativa é que muita gente do Brasil possa ir, que muitos grupos de jovens possam ser organizados e que possam participar da JMJ em 2027, em Seul”.
Ele sugeriu animar a juventude do Brasil para marcar presença em Seul com jovens do mundo inteiro, com os jovens coreanos e com o Santo Padre, que estará presente.
A Igreja na Coreia
Segundo monsenhor Fernando, a Igreja na Coreia é uma Igreja viva e dinâmica. São mais 52 milhões de habitantes, dos quais 11.3% são católicos, em torno de 6 milhões de católicos.
“Uma Igreja bem organizada com 16 dioceses, muitos padres, muitas freiras, muitos bispos, muitas comunidades, muitas paróquias. Mas, claro, de 52 milhões, 6 milhões de católicos, tem espaço para crescer o ânimo missionário, anunciar o Evangelho e, certamente a presença mundial dos jovens para a jornada vai também a animar os irmãos na fé na Coreia do Sul para continuar a expansão”.
Fonte: www.cnbb.org.br
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