No dia 4 de agosto de 2020, um incêndio eclodiu no Armazém 12 no Porto de Beirute, no Líbano. Bairros inteiros foram destruídos, 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas. Passados quatro anos, ainda falta saber exatamente o que aconteceu e julgar os responsáveis, que têm recebido proteção para postergar o processo judicial.
Vatican News
O Papa Francisco teve um encontro emocionante na manhã desta segunda-feira (26/08), no Vaticano, ao receber os familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano, ocorrida quatro anos atrás.
“Rezei muito por vocês e por seus caros, e ainda rezo, unindo as minhas lágrimas às suas. Hoje agradeço a Deus por poder encontra-los e expressar pessoalmente a minha proximidade.”
Francisco consolou os presentes afirmando que o Pai celeste conhece um por um os rostos das vítimas, citando de modo especial uma criança de nome Alexandra.
“Com vocês, peço verdade e justiça, que não chegou: verdade e justiça”, prosseguiu o Pontífice, reconhecendo que a questão é complicada e espinhosa, já que pesam sobre ela poderes e interesses conflituosos. “Mas a verdade e a justiça devem prevalecer sobre tudo”, acrescentou. “Passaram-se quatro anos. O povo libanês, e vocês por primeiro, têm direito a palavras e fatos que demonstrem responsabilidade e transparência.”
A seguir, o Papa fez uma menção à guerra entre Palestina e Israel, da qual o Líbano também paga um preço, e recordou que toda guerra deixa o mundo pior do que antes, pois se trata de uma falência da política e da humanidade.
“Com vocês, imploro do Céu a paz que os homens custam a construir na terra”, afirmou Francisco, acrescentando que o Líbano é e deve permanecer um projeto de paz, o país é em si uma mensagem de paz, como diziam seus predecessores, mas que hoje está martirizado.
Por fim, o Pontífice manifestou seu agradecimento aos membros da Igreja libanesa que estiveram e estão ao lado dos que sofrem. “Vocês não estão sós e não os deixaremos sós, mas permaneceremos solidários através da oração e da caridade concreta”, garantiu.
Francisco se despediu com essas palavras: “Em vocês vejo a dignidade da fé, a nobreza da esperança”. Os cedros, símbolo do país, são um convite a elevar o olhar ao Céu, “em Deus está a nossa esperança, aquela que não desilude”. “Que a Virgem Maria, do seu Santuário de Harissa, sempre proteja vocês e o povo libanês”, concluiu o Papa, concedendo sua bênção apostólica.
Verdade e justiça: Papa se une ao apelo de familiares das vítimas de explosão em Beirute
No dia 4 de agosto de 2020, um incêndio eclodiu no Armazém 12 no Porto de Beirute, no Líbano. Bairros inteiros foram destruídos, 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas. Passados quatro anos, ainda falta saber exatamente o que aconteceu e julgar os responsáveis, que têm recebido proteção para postergar o processo judicial.
Vatican News
O Papa Francisco teve um encontro emocionante na manhã desta segunda-feira (26/08), no Vaticano, ao receber os familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano, ocorrida quatro anos atrás.
“Rezei muito por vocês e por seus caros, e ainda rezo, unindo as minhas lágrimas às suas. Hoje agradeço a Deus por poder encontra-los e expressar pessoalmente a minha proximidade.”
Francisco consolou os presentes afirmando que o Pai celeste conhece um por um os rostos das vítimas, citando de modo especial uma criança de nome Alexandra.
“Com vocês, peço verdade e justiça, que não chegou: verdade e justiça”, prosseguiu o Pontífice, reconhecendo que a questão é complicada e espinhosa, já que pesam sobre ela poderes e interesses conflituosos. “Mas a verdade e a justiça devem prevalecer sobre tudo”, acrescentou. “Passaram-se quatro anos. O povo libanês, e vocês por primeiro, têm direito a palavras e fatos que demonstrem responsabilidade e transparência.”
A seguir, o Papa fez uma menção à guerra entre Palestina e Israel, da qual o Líbano também paga um preço, e recordou que toda guerra deixa o mundo pior do que antes, pois se trata de uma falência da política e da humanidade.
“Com vocês, imploro do Céu a paz que os homens custam a construir na terra”, afirmou Francisco, acrescentando que o Líbano é e deve permanecer um projeto de paz, o país é em si uma mensagem de paz, como diziam seus predecessores, mas que hoje está martirizado.
Por fim, o Pontífice manifestou seu agradecimento aos membros da Igreja libanesa que estiveram e estão ao lado dos que sofrem. “Vocês não estão sós e não os deixaremos sós, mas permaneceremos solidários através da oração e da caridade concreta”, garantiu.
Francisco se despediu com essas palavras: “Em vocês vejo a dignidade da fé, a nobreza da esperança”. Os cedros, símbolo do país, são um convite a elevar o olhar ao Céu, “em Deus está a nossa esperança, aquela que não desilude”. “Que a Virgem Maria, do seu Santuário de Harissa, sempre proteja vocês e o povo libanês”, concluiu o Papa, concedendo sua bênção apostólica.
Fonte: www.vaticannews.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário