sábado, 7 de setembro de 2024

BOGOTÁ SEDIA O II ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE PREVENÇÃO DE ABUSOS NA IGREJA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE


Representantes das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe estão reunidos em Bogotá, Colômbia, de 3 a 7 de setembro para o II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos. O evento tem como objetivo fortalecer as ações de prevenção e combate aos abusos na Igreja, promovendo a troca de experiências e o desenvolvimento de políticas e protocolos eficazes na prevenção e enfretamento de abusos.

O encontro conta com a participação de representantes de diversos países, incluindo o Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou o bispo de Itumbiara (GO) e presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, da integrante do Comitê de Política de Proteção Infantil e Adultos Vulneráveis da CNBB, Osnilda Lima. Além disso, o Brasil também está representado por membros do escritório Brasileiro da Porticus e do Núcleo Lux Mundi.


Fotos: Comunicação Celam

Estratégias e experiências

A realização do encontro em Bogotá destaca a importância da colaboração entre as conferências episcopais da região para enfrentar esse desafio de forma conjunta e eficaz. A troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas são fundamentais para garantir que a Igreja seja um espaço seguro e acolhedor para todos, especialmente para crianças, adolescentes e adultos vulneráveis.

De acordo com o presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, este encontro que trabalha a cultura do cuidado e proteção de crianças e adolescentes busca responder a um pedido do Papa. “É um trabalho muito bonito, feito em rede que permite um maior alcance da cultura do cuidado na América Latina”, disse.

O bispo informou ainda que a Comissão no Brasil tem procurado dar assistência a toda a Igreja n o Brasil. “Nós estamos agora revendo as diretrizes e orientações pastorais feitas em 2019 de acordo com as normais atuais da Igreja. Tendo em conta também as normas dos Justiça no Brasil que contribuirá em muito neste trabalho de proteção e cuidado”, disse. Ele informou também que este trabalho tem estimulados as Igrejas e dioceses a criarem mecanismos adequados de prevenção, cuidado e proteção.

Osnilda Lima ressalta a importância do diálogo e da colaboração entre as conferências episcopais para combater o grave problema dos abusos na Igreja, sejam eles de natureza espiritual, sexual, moral ou psicológica. “É essencial progredirmos na prevenção e na conscientização. Acredito que a direção tomada é irreversível! Tolerância zero, como nos alerta o papa francisco”. Ela reforça que é importante lembrar que qualquer forma de abuso é inaceitável e causa graves danos às vítimas. “A Igreja tem o dever de proteger seus membros e pessoas que frequentam seus espaços e garantir um ambiente seguro para todos”.

A Igreja e a prevenção de abusos

A expectativa é que o encontro impulsione ações concretas na prevenção e combate aos abusos, consolidando o compromisso da Igreja com a proteção dos mais vulneráveis. Para isso, serão abordados temas como: formação: de agentes de pastoral, padres, bispos e religiosos para a prevenção e identificação de abusos; canais de denúncia e escuta: criação e fortalecimento de mecanismos seguros e acessíveis para denúncias e acolhimento das vítimas; assistência às vítimas: oferta de apoio psicológico, espiritual e jurídico às vítimas de abuso; responsabilização dos agressores: aplicação de medidas disciplinares e legais aos responsáveis por abusos e o tema da comunicação: estratégias para abordar o tema de forma transparente e responsável nos meios de comunicação.

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores dom Luis Manuel Alí Herrera apresentou ações e iniciativas, incluindo a criação e implementação de diretrizes, formação e capacitação, criação de centros de escuta, promoção da transparência e da responsabilização, diálogo com as vítimas e cooperação internacional e a proposta de um marco universal para as diretrizes da igreja para a proteção de menores e adultos vulneráveis.

Trabalho da Comissão Pontifícia

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, dom Luis Manuel Alí Herrera, apresentou as ações e iniciativas que a Comissão vem realizando, incluindo a criação e implementação de diretrizes para a proteção de menores e adultos vulneráveis; formação e capacitação de agentes da Igreja, criação de centros de escuta para as vítimas, promoção da transparência e da responsabilização na Igreja, diálogo constante com as vítimas de abuso, cooperação internacional para fortalecer a luta contra os abusos. Além disso, dom Luis falou sobre o marco universal para as diretrizes da Igreja na proteção de menores e adultos vulneráveis que está em processo de construção.Por Osnilda Lima.


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