O Pacto Contra a Fome lançou hoje, 4 de setembro, uma ampla campanha nacional a favor da redução do desperdício de alimentos que contará com a publicação de um manifesto em jornais de grande circulação, um filme publicitário, a divulgação do Guia “Lugar de comida é no prato” e diversas ações de ativação sobre o tema. A campanha abre o mês em que é celebrado o Dia Internacional da Conscientização sobre Perdas e Desperdício Alimentar (29/09), data estabelecida pelas Nações Unidas, e busca conscientizar a sociedade sobre as consequências do desperdício de alimentos para a segurança alimentar e o meio ambiente.
Pacto Contra a Fome coloca o desperdício de alimentos no centro do debate com o lançamento da campanha “Comida Boa É Na Boca e Não na Boca do Lixo”, que mostra a relação entre a comida que vai para o lixo e a fome. Com ações que vão de comerciais na TV a ativações nas principais cidades do país e o lançamento do Guia “Lugar de comida é no prato”, entidade quer mobilizar sociedade contra o descarte desnecessário de alimentos.
A Campanha Nacional a favor da redução do desperdício de alimentos contará com a publicação de um manifesto em jornais de grande circulação, um filme publicitário, a divulgação do Guia “Lugar de comida é no prato” e diversas ações de ativação sobre o tema. A campanha abre o mês em que é celebrado o Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar (29/09), data estabelecida pelas Nações Unidas, e busca conscientizar a sociedade sobre as consequências do desperdício de alimentos para a segurança alimentar e o meio ambiente.
O assessor do Setor de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Jean Poul Hansen, explica que desde a Campanha da Fraternidade de 2023, cujo tema foi Fraternidade e Fome, a CNBB se fez parceira do Pacto contra a Fome porque também deseja que todos os brasileiros tenham segurança alimentar. A Campanha da Fraternidade de 2023 já apontava, em seu texto-base, que o desperdício de alimentos no Brasil é uma das grandes causas da insegurança alimentar e da fome no país.
“Nós produzimos muito alimento mas igualmente desperdiçamos muito alimento. Se o que é desperdiçado fosse partilhado, nós resolveríamos grande parte da fome, da insegurança alimentar e da miséria no Brasil”, disse padre Jean Poul.
Produtos da campanha
O filme que acompanha a campanha foi feito em parceria com a Africa Creative. “Se a boca que mais come é a boca do lixo e ainda existem milhões de brasileiros com fome, é urgente mobilizar a sociedade em torno de uma mudança de comportamento na relação com os alimentos e o descarte indevido de comida. Como diz a nossa música: comida boa é na boca, na boca que come e não na boca do lixo”, afirma Raphael Vandystadt, VP de relações internacionais, ESG e sustentabilidade da agência Africa Creative.
A música, escrita por Jair Oliveira, da S de Samba, foi especialmente criada para acompanhar a campanha. Já o filme publicitário foi produzido pela Magma.
Além da campanha, o Pacto Contra a Fome publicará um manifesto em veículos de comunicação. Intitulado “Um ano a menos”, o documento pontua a grandiosidade dos números da insegurança alimentar e do desperdício de alimentos no Brasil e a necessidade da atuação coletiva para combater esses males até 2030, data limite estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas).
A campanha prevê ainda uma série de ativações off e online, ações nas ruas, em shoppings centers e centros comerciais, mídias Out of Home, entre outras ações previstas.
O desperdício que alimenta a fome
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, o Brasil registrou, em 2023, 64 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, sendo 8,7 milhões em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, fome.
“Os dados mostram que temos um percentual de 4,1% dos domicílios brasileiros que vivem em insegurança alimentar grave. Esse dado pouco mudou de 2018 para cá mostrando a importância de trabalharmos de forma coletiva, atacando os problemas estruturais que temos no Brasil e que impossibilitam que a fome desapareça de forma permanente”, explicou Maria Siqueira, diretora de Políticas Públicas e Projetos do Pacto Contra a Fome.
O desperdício de alimentos contribui para a fome uma vez que causa impactos ambientais, agravando a crise climática, e encarece ainda mais o preço dos produtos. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), de 8% a 10% da emissão global de gases de efeito estufa é consequência do desperdício de alimentos. Além disso, ⅓ das terras agrícolas do planeta são usadas para produção de alimentos que não chegarão ao prato.
Segundo levantamento do Pacto Contra a Fome em parceria com a consultoria Integration, todos os anos são jogadas no lixo 55 milhões de toneladas de alimentos em toda a cadeia, do campo ao prato. Destas, 47,9 milhões de toneladas se perdem antes de chegar ao consumidor. O mais recente relatório divulgado pelo PNUMA revela que cada brasileiro joga fora cerca de 94 quilos de alimentos ao ano.
“Pensando nesta realidade, uma das ações do Pacto Contra a Fome foi o desenvolvimento do Guia “Lugar de comida é no prato”, que trata do desperdício de alimentos e tem como objetivo reforçar a importância de evitarmos o desperdício não apenas como medida econômica, em casa, mas como uma iniciativa consciente que contribui para evitar a fome”, conta Maria Siqueira. A proposta é possibilitar que as pessoas não apenas consumam com consciência quanto saibam o que fazer para evitar as perdas em casa.
Sobre o Pacto Contra a Fome
O Pacto Contra a Fome é uma coalizão suprapartidária e multissetorial que atua para contribuir para a erradicação da fome e do desperdício de alimentos de forma estrutural e permanente. Tendo como missão contribuir para erradicar a fome até 2030 e ter todos os brasileiros bem alimentados até 2040, o Pacto atua sob três pilares: articulação, inteligência estratégica e incentivo.
Saiba mais sobre o Pacto Contra a Fome e cada um dos projetos em www.pactocontrafome.org
Fonte: www.cnbb.org.br
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