ANO "C" - DIA: 07.03.2025
SEXTA FEIRA DEPOIS DAS CINZAS
— Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
— Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 14 os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?" 15 Disse-lhes Jesus: "Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIOS:
"Encontro definitivo"
“Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” (Mateus 9,14-15).
Encontro com Cristo
Irmãos e irmãs, dentro deste tempo da Quaresma, sexta-feira é dia penitencial, e não tem a diferença, não é? O tempo da Quaresma é penitencial, a sexta-feira também é um dia penitencial, mas que não se resume ao tempo da Quaresma. Todas as outras sextas-feiras do ano, tirando os dias de solenidade e também da oitava pascal, que se cair na sexta-feira não é penitencial. Mas o dia penitencial, sexta-feira é sempre, independentemente do tempo da Quaresma.
E nós nos colocamos diante desse Evangelho que nós escutamos no dia de hoje. Podemos dizer que chegamos no tempo em que o noivo nos foi tirado deste mundo, mas aguardamos já o encontro definitivo com o Senhor.
A pergunta dos discípulos de João Batista
Então, irmãos e irmãs, tendo chegado a essa conclusão, agora sim podemos participar da pergunta dos discípulos de João Batista. E que pergunta foi essa? Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os seus discípulos não? Por que razão?
Vejamos que existem diferenças de motivação entre o jejum dos discípulos de João Batista e dos fariseus, para também o futuro jejum dos discípulos de Jesus. Diferença de motivação.
Motivações para o jejum
A motivação do jejum dos discípulos de João Batista, irmãos e irmãs, era principalmente voltada ao arrependimento e preparação para a vinda do Messias. E esses discípulos terão contato com o Messias na primeira vinda neste mundo.
A motivação do jejum dos fariseus era cumprir a regra pela regra. Então, uma motivação para os discípulos de João Batista; e agora, outra motivação para o jejum dos fariseus, que é a regra pela regra. Nós, às vezes, caímos também nessa armadilha.
Quantas vezes nós também vivemos a Quaresma como uma regra pela regra, ou o jejum da sexta-feira como uma regra pela regra.
Mas vamos seguir aqui essa dinâmica das motivações, até porque, em relação aos fariseus, não eram perceptíveis as mudanças interiores; então, era regra pela regra, e era apenas exterioridade, tanto que Jesus os chamava de sepulcros caiados. Ele os chamava assim, e devemos ter cuidado porque, às vezes, esse grito é em relação a nós também. Talvez sejamos esses fariseus que Jesus chama de sepulcros caiados no Evangelho, ou seja, era bem enfeitado na aparência, então, era beleza assim por fora, mas, por dentro, estavam cheios de podridão. Aparentemente, uma figura de piedade, de piedoso, mas todo podre por dentro.
Jejum para os discípulos de Jesus
E nós, que somos discípulos de Jesus, jejuamos por qual motivo? Jejuamos, agora que o noivo nos foi tirado, porque queremos ser participantes daquela mesma alegria que motivava os discípulos enquanto estavam na presença do Mestre. Queremos ser participantes da alegria dos discípulos, participantes da alegria de fazer jejum por amor ao Mestre.
O jejum nos faz recordar, sobre as realidades mais essenciais e sobre o que realmente importa. Então, nos faz recordar que o essencial não é só o alimento para este mundo, mas o alimento para a vida eterna. Nós, que participamos da Santa Missa diariamente, recebemos esse alimento espiritual que impulsiona a nossa vida e nos faz crescer espiritualmente.
Sobre você, desça e permaneça a bênção do Deus Santo Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Edison Oliveira
Sacerdote da C. Canção Nova
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