A Campanha da Fraternidade 2025 foi aberta no Mato Grosso do Sul com um evento realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. A iniciativa do Regional Oeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contou com a presença de dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência.
O evento teve início com a apresentação da Orquestra Indígena de Campo Grande, apresentando músicas do cancioneiro popular. Na mesa de abertura, o bispo de Naviraí (MS) e presidente do Regional, dom Ettore Dotti, agradeceu a presença de dom Ricardo no evento e destacou a importância de refletir sobre o tema proposto pela CF neste ano: a ecologia integral.
“A reflexão sobre esse tema deve se tornar necessariamente – e o mais rápido possível – uma preocupação de todos nós que habitamos esse planeta, chamado de Casa Comum”.
Três conferências aprofundaram a temática da Campanha da Fraternidade deste ano.
Ver e ouvir
O professor Telmo Pedro Vieira, da Universidade Federal de Santa Catarina e animador Laudato Si’, apresentou a primeira parte do texto-base da CF, que trata do Ver e ouvir.
Foram destacados os objetivos e motivações da campanha, informações sobre o aquecimento no Pantanal e dados do pódio da poluição do Brasil.
A partir do relatório-síntese do Painel Intergovernamental para o Clima da ONU, de março de 2023, sobre mudanças climáticas, o professor chamou atenção: “somos a última geração que pode salvar o planeta”.
Iluminar e discernir
Em sua conferência, dom Ricardo aprofundou o iluminar e o discernir, o segundo trecho do texto-base. Ele destacou que a CF deste ano “nos torna conscientes da importância de cuidarmos do meio ambiente e de fortalecer o compromisso com a ecologia integral”.
Recordando a aliança de Deus com seu povo, dom Ricardo disse que essa aliança “nos ensina que todos nós, seres humanos e criaturas, estamos interligados num grande propósito divino, onde cada vida tem seu valor e sua dignidade”.
Antes da terceira conferência, sobre o agir, o secretário executivo do Regional Oeste 1, padre André Márcio Nogueira de Souza, refletiu que a conversão que o Papa Francisco convida a perceber que a conversão ecológica “desemboca em propostas e ações”. Assim, convidou os presentes a agir a partir da realidade, incentivando iniciativas de cuidado com a casa comum que já acontecem, além de pensar em atitudes que podem ser tomadas no âmbito pessoal e comunitário.
Lixo zero
Sobre o agir, foi apresentada uma proposta que já é realidade em Mato Grosso do Sul, no Hospital São Julião, em Campo Grande (MS). O gestor ambiental no hospital, Bruno Maddalena, contou o processo de construção do projeto e os benefícios da coleta seletiva do lixo, da compostagem de resíduos orgânicos e do reaproveitamento de materiais.
Como proposta, ele sugeriu que a arquidiocese de Campo Grande adote as boas práticas do projeto e se torne a primeira diocese lixo zero do país, com o banimento de descartáveis nas comunidades, encontros e eventos.
Por Luiz Lopes Jr
Fonte: www.cnbb.org.br
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