Todas as vítimas assassinadas eram católicos que viviam na pobreza, não tinham sequer uma casa própria para dormir. A missão católica os acolheu com amor, dando-lhes o que podia.

Foto: Pixabay/Miguel Angel Castelan.
Nigéria (17/06/2025 15:09, Gaudium Press) Um massacre provocado por militantes acabou com a vida de quase 200 católicos no estado de Benue, na Nigéria. O covarde ataque ocorreu na noite da última sexta-feira, 13, quando um grupo terroristas incendiou as moradias temporárias na praça do mercado em Yelewata, na área do governo local de Guma.
Um ataque sangrento e cruel
De acordo com testemunhas, a polícia chegou a repelir os agressores no momento que tentavam invadir a Igreja de São José de Yelewata, onde até 700 católicos dormiam. Porém, os militantes se dirigiram até a praça do mercado da cidade e, usando combustível, incendiaram as portas do alojamento dos deslocados, onde mais de 500 pessoas descansavam.
Durante o ataque sangrento e cruel, os terroristas gritaram “Allahu Akhbar” (“Deus é grande”) e abriram fogo contra os católicos que ali dormiam. Os primeiros socorristas afirmaram ter se deparado com um verdadeiro massacre. No chão estavam espalhados dezenas de corpos carbonizados e quase irreconhecíveis de homens, mulheres e crianças.
Número de mortos ainda é incerto
O número de mortos ainda é incerto, as autoridades divulgaram inicialmente que 100 pessoas morreram neste ataque, que teve três horas de duração. Já a Diocese de Makurdi estima que o número de vítimas fatais seja de 200. Esse é apenas mais um dos ataques realizados por militantes terroristas que querem forçar esta comunidade inteira a deixar a região.
Em entrevista à Fundação Pontifícia ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, o Padre Ukuma Jonathan Angbianbee, descreveu como ele e outros deslocados escaparam da morte se jogando no chão do presbitério ao ouvir o som dos tiros. “Quando ouvimos os tiros e vimos os militantes, entregamos nossas vidas a Deus. Esta manhã, agradeci a Deus por estar vivo”.
Vítimas eram cristãos que viviam na pobreza
Todas as vítimas assassinadas eram “cristãos que viviam na pobreza, não tinham sequer uma casa própria para dormir. A missão católica os acolheu com amor, dando-lhes o que podia”, revela o coordenador da Comissão para o Desenvolvimento, Justiça e Paz da Diocese de Makurdi, Padre Remigius Ihyula.
Eles faziam parte de um grande grupo de deslocados internos acolhidos em uma Paróquia que cuidava deles, apoiando-os nas necessidades da vida cotidiana e oferecendo-lhes calor e carinho. “Estamos consternados, não temos palavras para expressar toda a nossa dor por este ato bárbaro de terrorismo”, lamentou o sacerdote. (EPC)
Fonte: gaudiumpress.org
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