quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CNBB 73 anos: “Corpo vivo a serviço ao Evangelho e ao povo de Deus”, disse o secretário-geral em homilia



“Hoje elevamos ao Senhor um hino de ação de graças pelos 73 anos de fundação Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (…) Quero expressar essa alegria e o quanto me honra presidir essa Eucaristia”. Com esta frase o secretário-geral da CNBB, do Ricardo Hoepers, iniciou sua homilia na Santa Missa de aniversário da entidade, dia 14 de outubro. A celebração do aniversário da CNBB teve como inspiração o lema: “Testemunha de Esperança e Promotora da Vida”.

A missa, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB em Brasília, contou com a participação do Núncio Apostólico do Brasil, dom Giambattista Diquattro, arcebispo e bispo auxiliar de Brasília, dom Paulo Cezar e dom Antônio Aparecido de Marcos Filho, do arcebispo emérito de Brasília e prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida, o cardeal dom João Braz de Aviz, de colaboradores e assessores da conferência.

Dom Ricardo fez memória dos bispos presentes na criação da CNBB, em 14 de outubro de 1952, e retomou o trecho de uma fala de dom Geraldo Lyrio nos 70 anos da CNBB, em Aparecida: “A CNBB nasceu para que assim se expressasse a comunhão no episcopado brasileiro em vista da missão num momento em que o país passava por transformações”. Confira a íntegra da homilia no site da CNBB.

O secretário-geral da CNBB também lembrou dos encontros que prepararam a criação da CNBB nos regionais: “O encontro dos bispos e prelados da Amazônia, dos bispos do Nordeste, dos bispos do vale de São Francisco”. De acordo com dom Ricardo, forma iniciativas de grandes reuniões do episcopado para estudar os desafios da realidade e qual seria a resposta da Igreja a esses desafios.

Dom Ricardo disse que a mesma convicção que animou São Paulo, na primeira leitura do dia, animou os bispos brasileiros quando fundaram a CNBB: “Eles acreditaram que o Evangelho é capaz de transformar o Brasil, iluminando a vida pública, as relações sociais, a economia e a cultura”, reforçou.

“Durante sete décadas, a CNBB tem sido voz do Evangelho no coração do país, defendendo a vida, promovendo a justiça social, o cuidado com os pobres, a educação, a saúde, a ecologia integral e os direitos humanos. Foi assim nas grandes transformações do Brasil – na redemocratização, na Constituição, nas Campanhas da Fraternidade”, disse dom Ricardo.

Fotos: Fiama Tonha

“CNBB: corpo vivo a serviço do Evangelho”

O bispo auxiliar de Brasília, em referência ao Evangelho do dia, disse que a Conferência não é apenas uma estrutura ou escritório eclesial. “É um corpo vivo de serviço ao Evangelho e ao Povo de Deus”. Dom Ricardo disse que tudo o que é feito na CNBB – das reuniões e assembleias à produção de documentos – precisa brotar de um coração puro, que ama a Igreja e serve com humildade”.

“Na perspectiva da Palavra proclamada, a força da CNBB não está em seus números, nem eu sua influência institucional, mas na autenticidade evangélica de quem a compõe: fidelidade, dedicação e zelo de cada bispos que em sua Igreja Particular faz o Reino de Deus acontecer”, disse.

Dom Ricardo reforçou que é parte da missão da CNBB favorecer a comunhão e a participação na vida e nas atividades eclesiais das diversas categorias do povo de Deus – ministros ordenados, membros de Institutos de vida consagrada e leigos – discernindo e valorizando seus carismas.

“Ao celebrar estes 73 anos, renovemos o ardor da missão. Missão essa que será expressa mais uma vez nas Diretrizes que deverão ser aprovadas na próxima Assembleia em 2026”, reforçou.

Por fim, o secretário-geral da CNBB refirmou que a missão da CNBB é ajudar o Brasil a reencontrar o caminho da fraternidade, o novo nome da paz. “A CNBB, com sua tradição de diálogo e serviço, é chamada a ser sinal de unidade e esperança, num país ferido por desigualdades e polarizações”, concluiu.



Por Willian Bonfim

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