ANO "A" - DIA: 28.06.2020
13º DOMINGO DO TEMPO COMUM (VERMELHO)
SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
Naquele tempo, Jesus disse aos seus Apóstolos: «Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará.
»Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou.Quem receber um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompense».
COMENTÁRIOS:
«Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem vos recebe, é a mim que está recebendo»
P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
Hoje, ao escutar da boca de Jesus: « Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. » (Mt 10,37) ficamos desconcertados. Agora bem, ao aprofundar um pouco mais, notamos a lição que o Senhor quer transmitir-nos: para o cristianismo, o único absoluto é Deus e seu Reino. Cada qual deve descobrir sua vocação —possivelmente esta é a tarefa mais delicada de todas— e segui-la fielmente. Se um cristão ou cristã têm vocação matrimonial, devem levar a cabo sua vocação consiste em amar a sua família tal como Cristo ama a Igreja.
A vocação à vida religiosa ou ao sacerdócio pede não antepor os vínculos familiares aos da fé, se com isto não faltamos aos requisitos básicos da caridade cristã. Os vínculos familiares não podem escravizar e afogar a vocação à que somos chamados. Detrás da palavra “amor” pode esconder-se um desejo possessivo do outro que lhe tira a liberdade para desenvolver sua vida humana e cristã; ou o medo a sair do ninho familiar e enfrentar-se às exigências da vida e da chamada de Jesus a segui-lo. É esta deformação do amor a que Jesus nos pede transformar em um amor gratuito e generoso, porque, como disse santo Agustín: «Cristo veio a transformar o amor».
O amor e a acolhida sempre será o núcleo da vida cristã, para todos e, sobretudo, aos membros de nossa família, porque habitualmente são os mais próximos e constituem também o “próximo” que Jesus nos pede amar. Na acolhida aos demais está sempre à acolhida a Cristo: «Quem vos recebe,também a mim me recebe» (Mt 11,40). Devemos ver, pois, a Cristo naqueles a quem servimos, e reconhecer igualmente a Cristo servidor em quem nos servem.
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