Jesus chamou para Apóstolos “aqueles que Ele quis”, depois de passar a noite em oração. A Igreja viu nisso o chamado ao sacerdócio. É Jesus quem chama o jovem à vida sacerdotal, que não é fácil, que exige muitas renúncias, para ser todo de Deus, a serviço do Reino de Deus, para a edificação da Igreja e a salvação das almas.
A palavra vocação vem do latim vocare=chamar. Deus põe no coração do jovem este desejo de servi-lo radicalmente, indiviso, “full time” como diz o inglês.
Para discernir este chamado divino o jovem precisa, sem dúvida, de um bom orientador espiritual, um padre ou um leigo experiente para ajudá-lo. Penso que alguns sinais que indicam que um jovem tem vocação ao sacerdócio sejam esses:
– Ter vontade de entregar a vida totalmente a Deus, sem guardar nada para si; ser como Jesus, totalmente disponível ao Reino de Deus. Abraçar o celibato com gosto, oferecendo a Deus a renúncia de não ter uma esposa, filhos, netos, casa, etc. Jesus disse que receberá o cêntuplo.
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– Desejar trabalhar como Jesus pela salvação das almas, sem pensar em um projeto para a “sua” vida. Entregar a vida totalmente nas mãos de Deus. Ter o desejo de viver mergulhado em Deus.
– Gostar de rezar, de estar com Deus, de meditar sua Palavra, participar da Liturgia, pois sem isso não se sustenta uma vocação sacerdotal; o demônio tem muitas razões para tentar um sacerdote, aquele que lhes arrebata as almas.
– Amar a Igreja de todo o coração, tê-la como Mãe e Mestra; ser submisso aos ensinamentos do Magistério da Igreja. Ser fiel à Igreja e a seus pastores, nunca ensinando algo que não esteja de acordo com o Sagrado Magistério da Igreja, dirigido pelo Papa. Viver o que diziam os santos Padres: “sentire cum Ecclesia”, ou seja, sentir com a Igreja.
– Amar o Papa, os Bispos, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, os Sacramentos, a Liturgia e tudo o que faz parte da nossa fé católica. Desejar estudar teologia, filosofia e tudo o mais que o Magistério Sagrado da Igreja nos recomenda e ensina. Gostar de fazer meditações, retiros espirituais e uma busca permanente de santidade.
– Almejar viver como Cristo; ser “alter Christus”, um outro Cristo na Terra.
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– Desejar viver uma vida de penitência, na simplicidade, na pobreza evangélica, na obediência irrestrita aos superiores, aberto a todos por um diálogo franco. Ser tudo para todos.
– Estar disposto a obedecer sempre o seu Bispo ou seu Superior a vida toda, qualquer que seja a decisão dele sobre você.
– Estar disposto a dar até a vida pela Igreja, pelas almas e por Jesus Cristo.
Talvez eu tenha sido um pouco exigente; mas para aquele que deseja ser um Sacerdote do Deus Altíssimo, creio que não se pode pedir menos do que isso. A propósito, lembro a frase de Dom Bosco: “Não há maior graça para uma família do que um filho sacerdote”. Quem opta pela vida sacerdotal deve se entregar de corpo e alma a ela; não pode ser mais ou menos sacerdote, seria uma frustração para a pessoa e para Deus.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: cleofas.com.br
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