terça-feira, 8 de março de 2022

Para que serve o jejum? 6 razões para considerá-lo seriamente na vida cristã

Imagem referencial / Foto: Pixabay (Domínio Público)

REDAÇÃO CENTRAL, 14 mar. 17 / 08:00 am (ACI).- O jejum é algo poderoso e fundamental da vida cristã, porque não foi apenas pregado pelos Padres da Igreja e pelos santos, mas é um mandato de Deus e foi praticado pelo próprio Jesus.

Nesse sentido, o diácono Sabatino Carnazzo, diretor executivo e fundador do Instituto de Cultura Católica em Virginia, Estados Unidos, considerou que devemos tomar como “padrão” aqueles que “chegaram ao final da corrida e ganharam”, porque “foram homens e mulheres de oração e jejum”.

Portanto, o Grupo ACI compartilha 6 razões pelas quais todo católico deve levar a sério o jejum para melhorar a vida de fé.

1. Por que é escolher um bem maior

“É a privação do bem, para tomar uma decisão para o bem maior”, disse o diácono Carnazzo.

Além disso, destacou que o jejum costuma ser mais associado com a abstenção de alimentos, mas também pode ser a renúncia a outros bens, tais como confortos e entretenimentos.

2. Porque dá equilíbrio à vida espiritual

“Todo o propósito do jejum é colocar a ordem criada e colocar a nossa vida espiritual em um equilíbrio adequado”, afirmou o diácono Carnazzo.

Porque, “como criaturas corporais depois da queda”, é fácil deixar que as nossas “paixões” busquem os bens físicos e substituam a nossa inteligência.

De acordo com Mons. Charles Pope, um conhecido sacerdote americano em Washington D.C., “jejuar ajuda a dar mais espaço para Deus em nossas vidas”.

3. Porque é o primeiro passo para ter controle sobre si mesmo

“A razão pela qual em 2000 anos de cristianismo preferiram jejuar alimentos é porque a comida é como o ar. É como a água, é algo fundamental”, disse o diácono Carnazzo.

“Por isso, a Igreja diz para ‘se deter aqui, neste nível fundamental, e ganhar o controle lá’. É como o primeiro passo da vida espiritual”, acrescentou.

4. Porque é bíblico

O primeiro jejum foi ordenado por Deus a Adão no Jardim do Éden, quando Deus instruiu a Adão e Eva a não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2, 16-17), assinalou o diácono Carnazzo.

Além disso, esclareceu que esta proibição divina não era porque a árvore era ruim, mas o fruto estava destinado “a ser comido no momento correto e no caminho correto. Da mesma forma, abstemo-nos dos bens criados para que possamos desfrutá-los no momento certo e da maneira certa”.

Por outra parte, no início do seu ministério, Jesus se absteve de comer e beber durante 40 dias no deserto e, assim, “reverteu o que aconteceu no Jardim do Éden”, disse o diácono.

“Como Adão e Eva, Cristo foi tentado pelo diabo, mas ao contrário deles, permaneceu obediente ao Pai, revertendo a desobediência de Adão e Eva e restaurando a nossa humanidade”, acrescentou.

5. Porque é poderoso

São Basílio o Grande dizia que o jejum é “a arma de proteção contra os demônios. Nossos Anjos da Guarda realmente ficam com aqueles que purificaram suas almas através do jejum”.

Segundo o diácono Carnazzo, o jejum é poderoso, porque permite “deixar de lado este reino (criado), onde o diabo trabalha” e nos colocarmos em “comunhão com outro reino onde o diabo não trabalha e não pode nos tocar”.

6. Porque a Igreja pede

As obrigações atuais de jejum foram estabelecidas no Código de Direito Canônico de 1983.

“A Igreja estabelece limites claros, fora dos quais não é possível considerar que alguém esteja praticando a vida cristã. É por isso que violar intencionalmente as obrigações da Quaresma é um pecado mortal”, sentenciou o Diácono Carnazzo.

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