Disse o Papa João Paulo II, em 15/10/1995:
“Na história dos Concílios, ele reveste uma fisionomia muito singular. Nos Concílios precedentes, com efeito, o tema e a ocasião da celebração tinham sido dados por particulares problemas doutrinais ou pastorais. O Concílio Ecumênico Vaticano II quis ser um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo. A essa reflexão impelia-a a necessidade de uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como “sinais dos tempos”, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus. Foi mérito de João XXIII não só ter convocado o Concílio, mas também ter-lhe dado o tom da esperança, tomando as distâncias dos “profetas de desventura” e confirmando a própria e indômita confiança na ação de Deus.
Graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época.
À distância de trinta anos, é mais do que nunca necessário retornar àquele momento de graça. Como pedi na Carta Apostólica Tertio milennio adveniente (n.36) entre os pontos de um irrenunciável exame de consciência, que deve envolver todas as componentes da Igreja, não pode deixar de haver a pergunta: quanto da mensagem conciliara passou para a vida, as instituições e o estilo da Igreja.
Já no Sínodo dos Bispos de 1985 [sobre o Concílio] foi posto um análogo interrogativo. Ele continua válido ainda hoje, e obriga antes de mais a reler o Concílio, para dele recolher integralmente as indicações e assimilar o seu espírito… A história testemunha que os Concílios tiveram necessidade de tempo para produzir os seus frutos. Contudo, muito depende de nós, com a ajuda da graça de Deus” (L’Osservatore Romano, 15/10/95).
Leia também:
Documentos promulgados:
1. Constituição Dogmática sobre a Igreja (Lumen Gentium).
2. Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum).
3. Constituição Pastoral sobre a Igreja e o mundo de hoje (Gaudium et Spes).
4. Constituição Dogmática Sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium).
5. Decreto sobre o Ecumenismo (Unitatis Redintegratio).
6. Decreto sobre as Igrejas Orientais Católicas (Orientalium Ecclesiarum).
7. Decreto sobre a Atividade Missionária da Igreja (Ad Gentes).
8. Decreto sobre o Munus Pastoral dos Bispos na Igreja (Christus Dominus).
Ouça também: As lições do Concílio Vaticano II
9. Decreto sobre o Ministério e a Vida dos Presbíteros (Presbyterorum Ordinis).
10. Decreto sobre a Atualização dos Religiosos (Perfectae Caritatis).
11. Decreto sobre a Formação Sacerdotal (Optatam Totius).
12. Decreto sobre o Apostolados dos Leigos (Apostolicam Actuositatem).
13. Decreto sobre os Meios de Comunicação Social (Inter Mirifica).
14. Declaração sobre a Educação Cristã (Gravissimum Educationis).
15. Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitates Humanae).
16. Declaração sobre as Relações da Igreja com as Religiões não-Cristãs (Nostra Aetate).
Autor: Prof. Felipe Aquino
Fonte:cleofas.com.br
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