ANO "A" - DIA: 14.04.2023
SEXTA FEIRA DA PITAVA DE PÁSCOA (BRANCO)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! Sl 117(118),24
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus.
3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu uma roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.
8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.
11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIOS:
"Coloque o Senhor no centro de sua vida"
“Simão Pedro disse a eles: ‘Eu vou pescar’. Eles disseram: ‘Também vamos contigo’. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido e Jesus estava de pé à margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então, Jesus disse: ‘Moços, tendes alguma coisa para comer?’. Responderam: ‘Não’. Jesus disse-lhes: ‘Lançai a rede à direita da barca e achareis’. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: ‘É o Senhor!’” (João 21,3-7).
Mais uma vez, Jesus aparece aos Seus discípulos e, agora, aparece na figura de um pedinte às margens do mar de Tiberíades. Já O vimos como um jardineiro, como um peregrino e, agora, como alguém que pede algo para comer.
Pedro, ainda com o coração tomado pela dor de sua traição pela morte de Jesus, está incerto sobre a ressurreição e, por isso, ele toma a iniciativa de voltar a pescar. A pesca simboliza a missão; Jesus havia convidado os Seus discípulos a se tornarem pescadores de homens e não de peixes. Porém, a incerteza da ressurreição, a incerteza de que Jesus havia ressuscitado, faz com que toda e qualquer missão seja vã e, com isso, Pedro se esforça para voltar à normalidade da sua vida, mas falta-lhe algo.
Jesus precisa estar no centro de nossa vida, e a nós cabe lançar as redes na direção que Ele nos ordenar
A vida de Pedro já não é mais a mesma, mesmo que ele insista em retornar ao que ele era, Pedro já não é mais o mesmo, a pesca torna-se portanto um fracasso. Sem Cristo em nossa vida, todo trabalho é vazio. Quando Cristo não está presente, o resultado são as redes vazias.
E o amanhecer, no Evangelho de João, não é apenas o início de um novo dia, e sim o início de um novo tempo. E a razão deste novo tempo está ali de pé às margens, esperando pelos discípulos. Eles, porém, não conseguem perceber que Jesus está à espera deles. A decepção era tamanha, o fracasso que eles experimentaram na missão, por isso, eles não conseguem enxergar naquele homem de pé, na margem, o próprio Jesus.
Jesus estava à margem, não somente do lago, mas estava à margem da vida deles. Jesus não pode ficar à margem da nossa vida, Ele precisa estar no centro, por essa razão nós vimos que, em uma de suas aparições, Jesus entra e se coloca no meio deles, numa demonstração de que Ele deve estar no centro de nossa vida e não à margem.
Meus irmão, enquanto Jesus estiver à margem de nossa vida, a nossa missão será sempre infrutífera, sempre teremos dificuldade de reconhecê-Lo como o agente principal da nossa missão. Jesus precisa estar no centro de nossa vida, e a nós cabe lançar as redes na direção que Ele nos ordenar, pois o milagre de encher as redes sempre será realizado pelo Senhor.
O que nós precisamos é saber confiar nessa voz, essa voz que nos direciona, essa voz que nos diz. E João soube confiar na voz do Senhor, por isso, ele ouviu e reconheceu mais uma vez: “É o Senhor que fala conosco”.
Ali, a nudez de Pedro representa a sua falta de confiança. Por isso, meus irmãos, voltemos a confiar no Senhor, coloquemos o Senhor no centro, Ele não pode estar à margem da nossa vida. Acreditemos na ressurreição e façamos com que o Senhor nos leve novamente à missão, Ele é o centro da missão, Ele é o grande agente da missão.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da C. Canção Nova
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